Despejo de esgoto no Jardim de Alah

Na manhã desta sexta-feira, o Urbe CaRioca registrou os reflexos do lançamento de esgoto no Jardim de Alah. Ainda que hoje o cenário possa ter relação com as fortes chuvas e a ressaca na orla do Rio de Janeiro, o fato, apesar de impressionar e causar questionamentos, infelizmente não é incomum. Pelo contrário, caracteriza-se pela recorrência, uma vez que há anos tal cenário é observado na região. Em 2018, conforme matéria publicado no O Globo, por exemplo,  um vídeo postado em rede social denunciava grande volume de esgoto in natura sendo despejado no canal do Jardim de Alah, já próximo à Praia do Leblon. O autor da gravação, o advogado Heitor Wegmann, ex-presidente da Associação de Moradores e Amigos do Jardim Botânico, afirmou que os detritos acabaram seguindo o caminho da Lagoa Rodrigo de Freitas, já que o canal está(Leia mais)

Informe APSA – Número de imóveis para alugar no Rio de Janeiro é o maior dos últimos cinco anos

“Estudo mensal da APSA mostra que a vacância média de junho chega a 20,3%, dobro da taxa ideal e segue aumentando desde o início da pandemia, quando estava em 14%. A taxa ideal é de 8 a 10%. Alguns bairros já ficam com valores mais baixos devido ao aumento do estoque”. Recebemos regularmente informes sobre a situação do mercado imobiliário no Rio de Janeiro. Desta feita consideramos pertinente divulgar o relatório de junho/2021 sobre a vacância de imóveis para aluguel que, crescente há cinco anos e já considerada alta antes do início da pandemia de Coronavírus, continua a aumentar em dois bairros da Zona Sul (Catete e Leme) e, embora com redução, permanece muita alta no Leblon (19,4% por vários meses seguidos), Flamengo (14,1%), Ipanema, (15,9%) e Laranjeiras (14,9%). O cenário se apresenta justamente quando a Prefeitura anuncia o programa(Leia mais)

No Porto Maravilha, a moradia é à bangu, de Pedro Jorgensen

Neste artigo, publicado originalmente no site “À beira do urbanismo”, o arquiteto e urbanista Pedro Jorgensen Jr aborda a Operação Urbana Consorciada Porto Maravilha e a falta de planejamento efetivo ao que se refere à questão da moradia e a formação de novos bairros residenciais na região. “Seriam necessários não apenas uma estratégia condizente com o tamanho da área e as incertezas da economia – a onda de choque da debacle global de 2008 não era, como se viu, uma simples marolinha -, mas também um plano urbanístico digno desse nome e, o que é decisivo, uma gerência de projeto com reconhecido saber e larga experiência em desenvolvimento urbano”, destaca. Urbe CaRioca No Porto Maravilha, a moradia é à bangu Publicado originalmente no site “À beira do urbanismo” Não é de hoje que critico a OUC Porto Maravilha por não(Leia mais)

“Rio, a Reinvenção da Paisagem”

Nesta terça-feira, dia 27 de julho,  como parte da programação cultural paralela ao UIA2021RIO, a Casa Museu Eva Klabinno promove o encontro “Rio, a Reinvenção da Paisagem”, com a participação, entre outros,  da professora e jurista Sonia Rabello com o tema “Área Portuária e Movimentos de Proteção”. A proposta do evento é a criar uma reflexão sobre as transformações urbanísticas, culturais e paisagísticas da cidade do Rio de Janeiro, do final do século XIX às primeiras décadas do século XXI O encontro terá transmissão através do Canal Eva Klabin no YouTube. Confiram a programação aqui.

Monumento abandonado no Santos Dumont

26 de julho de 2021  – Julio Reis Assunto – Monumento abandonados no Santos Dumont Publicado originalmente no SOS Patrimônio   Rio ladeira abaixo Passeando de bike pelo aeroporto Santos Dumont neste sábado, 24 de julho de 2021, me defrontei com este que é um dos mais belos monumentos públicos da cidade. Abandonado, transformou-se em depósito de carrinhos de camelô além de ter já algumas placas de bronze roubadas e outras em processo de retirada conforme podemos ver pessoalmente. Enquanto isso a guarda municipal ocupadíssima em suas rodas de conversa e papo do what´s up. Onde foram treinados, não foram informados que cerca é para isolar e não para se depositar materiais? Triste, abandonada e desprezada cidade por aqueles que deveriam zelar por ela.  

Poda radical na Praça Paris, de Roberto Anderson

Neste artigo, publicado originalmente no “Diário do Rio de Janeiro”, o arquiteto Roberto Anderson comenta sobre uma grande confusão que se formou, na última semana, com a poda radical executada pela Prefeitura nos arbustos da Praça Paris. “Talvez não tenha havido suficiente informação prévia, que mostrasse a moradores e usuários que aquilo que parecia destruição, era na verdade uma poda. Sem esse cuidado, sim, eles se transformariam em árvores. Tal poda segue a arte da topiaria, que busca dar formas geométricas aos arbustos de praças e jardins. A Praça Paris é uma das poucas no Rio de Janeiro a dispor desse tipo de ajardinamento”, destaca. Urbe CaRioca Roberto Anderson: Poda radical na Praça Paris Publicado no Diário do Rio de Janeiro em 22 de julho de 2021 Nesta semana, uma grande confusão se formou com a poda radical executada pela(Leia mais)

Congresso mundial de arquitetos anuncia “Carta do Rio”

O que esperar das cidades do futuro? Quais são as propostas e, mais do que isso, as iniciativas que devem ser colocadas em prática para a promoção de cidades que garantam vida digna aos seus habitantes e respeito ao meio ambiente? Estas respostas estão na “Carta do Rio”, documento apresentado na última quinta-feira, dia 22 no UIA2021RIO (27° Congresso Mundial de Arquitetos), que encerrou sua programação nesta data após reunir palestrantes que estão entre os principais pensadores e praticantes da arquitetura na atualidade, além de pesquisadores e cidadãos preocupados e envolvidos na resolução dos problemas enfrentados a níveis locais, regionais e globais. Urbe CaRioca   27º Congresso Mundial de Arquitetos – UIA2021RIO Carta do Rio de Janeiro “Todos os mundos, um só mundo, Arquitetura – Cidade 21″  Clique aqui para baixar versão pdf Reunidos no 27º Congresso Mundial de Arquitetos(Leia mais)

Elefantes Brancos Olímpicos – Há ou não?

Mais de cinco anos após os Jogos de 2016 no Rio, finalmente uma parte importante do Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, vai se tornar um legado para a cidade. Na manhã desta quinta-feira, o prefeito Eduardo Paes anunciou a desmontagem do Parque Aquático e da Arena do Futuro (Centro Olímpico de Handebol), que vão se transformar em quatro escolas municipais, a um custo estimado de R$ 78,8 milhões, incluindo a construção. As unidades serão instaladas em Santa Cruz, Campo Grande, Rio das Pedras e Bangu, cada uma com capacidade para 245 alunos. Além disso, a Prefeitura do Rio anunciou que vai fazer uma licitação para conceder as Arenas 1 e 2, o Centro de Tênis, o Parque Público e Live Site à iniciativa privada. A promessa, se for cumprida, é mais do que providencial e bem-vinda.(Leia mais)

Mostra Rio Desaparecido reúne filmes sobre as transformações urbanísticas da cidade

Publicado originalmente no jornal “Extra” O Museu Virtual Rio Memórias e a Cinemateca do MAM se uniram para promover a Mostra “Rio Desaparecido”, em paralelo ao UIA 2021 – 27º Congresso Mundial de Arquitetos. Os filmes estarão disponíveis para serem vistos até o dia 20 de julho na plataforma Vimeo do MAM e os debates serão realizados nos dias 19, 20 e 21, com transmissão simultânea nos canais no youtube do mamrio e do riomemorias. “A ideia é que as imagens em movimento de um passado que ainda não era ruína possam dialogar com o tempo presente, evidenciando as transformações urbanas ocorridas até aqui e como queremos caminhar para o futuro”, revela a diretora e curadora do Museu Virtual Rio Memórias, Livia de Sá Baião. Serão exibidos três documentários, um deles inédito, e haverá debates com historiadores, arquitetos e cineastas(Leia mais)

Todos os mundos, um só mundo, de Sérgio Magalhães

Publicado originalmente no Estadão Sérgio Magalhães * No mundo majoritariamente urbano, a boa cidade é condição para o desenvolvimento. A pandemia pôs em evidência a interdependência entre economia, política, sociedade, planeta e cidade. Caiu por terra a convicção muito difundida de que a cidade dependeria do crescimento econômico para ser melhor e menos desigual. De fato, a cidade é receptiva, mas também é ativa em relação aos diversos fatores constituintes da vida em sociedade. Emerge uma outra convicção, a de que não haverá desenvolvimento sem cidades ajustadas às exigências contemporâneas. Há pouco mais de um ano, em entrevista ao Le Monde, o centenário filósofo francês Edgar Morin sugeriu a possibilidade  das forças do bem sairem vitoriosas no pós-pandemia, ainda que hoje sejam fracas e dispersas. E que, nessa situação, quando o improvável pode acontecer, é sadio tomarmos o partido da(Leia mais)

Reviver Centro: Agora depende do setor privado

O Prefeito da Cidade do Rio de Janeiro sancionou nesta semana o plano urbano Reviver Centro, conjunto de decretos e um projeto de lei que abrangem uma série de incentivos fiscais e edilícios, além de permissões de novos usos na área central, para promover a construção de moradias e modificações em prédios comerciais, convertendo estes em edifícios de uso residencial ou misto. A nova legislação prevê ainda o uso do instrumento da Operação Interligada, questão polêmica incluída no Projeto de Lei Complementar encaminhado ao Legislativo, amplamente discutida por este blog (veja ao final) com objetivo de dinamizar reconversões de prédios comerciais para residenciais e produzir soluções de habitação social através da simultânea liberação de gabaritos de altura em outros bairros. Empreendedores que executarem novos empreendimentos e projetos de retrofit no Centro poderão se beneficiar da aquisição de potenciais construtivos na(Leia mais)

Tropecei, quase morri: malditas calçadas!, de Joaquim Ferreira dos Santos

Da mesma forma que a qualidade das ruas é uma preocupação constante para quem dirige, o estado das calçadas é alvo de atenção para todos que têm o costume de caminhar em seu dia a dia. No Rio, infelizmente, é comum observarmos calçadas mal conservadas que dificultam a passagem, sobretudo para quem possui alguma condição especial que prejudique a locomoção. Apesar disso, muitas pessoas desconhecem que a responsabilidade pela manutenção das calçadas existentes defronte aos imóveis e terrenos é do proprietário desses ou, conforme o caso, do respectivo Condomínio. Também devemos recordar que, conforme análises publicadas neste blog, a culpa não é da pedra portuguesa. Por outro lado, a conservação das demais áreas públicas como, por exemplo, praças e canteiros centrais, permanece de responsabilidade do Poder Público, ou seja, da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Esta deve dar(Leia mais)