CAMPO DE GOLFE: OS BURACOS JÁ VENCERAM, MAS O DEBATE PROSSEGUE

No programa têm-se a notícia de que a Fase 1 – devastação da parte interna e terraplanagem -, está concluída;
e de que a Fase 2 – na parte mais protegida,
junto à orla da lagoa – pode começar a qualquer momento. 
DEVASTAÇÃO
Campo de Golfe sobre área de reserva ambiental – No canto direito, abaixo, o trecho mais importante da APA, a ser eliminado.

No último dia 08 o Programa Tema Livre da Rádio Nacional, promoveu um debate sobre o inacreditável Campo de Golfe que será construído em área de reserva ambiental, a Área de Proteção Ambiental – APA Marapendi.



Participaram do programa a coordenadora da ONG Eco Marapendi, Vera Chevalier, a bióloga Thayana Fascomy e o jornalista Bruno Carelli, ambos do Coletivo Resistência Popular Zona Oeste 2,  além do arquiteto Pedro da Luz Moreira, do Instituto dos Arquitetos do Brasil.



PARA EXPLICAR O CASO DO CAMPO DE GOLFE DITO OLÍMPICO,
APENAS MANOBRA PARA BENEFICIAR O MERCADO IMOBILIÁRIO
Desenho: Urbe CaRioca



Portanto, muito embora esteja tudo decidido pela Prefeitura, e não se tenha notícias sobre a atuação do Ministério Público, nem de ações na Justiça contrárias à instalação do campo, à interrupção da reserva, e à eliminação de parte da Avenida Prefeito Dulcídio Cardoso que contorna a margem norte da Lagoa de Marapendi (neste trecho ainda uma via projetada), a polêmica prosseguiu, ao menos neste encontro promovido pelo Tema Livre, cujo link está abaixo.



Além da menção à última reunião do CONSEMAC, a documentos que podem ser consultados na página do Facebook ‘Golfe para Quem?’, e à matéria do Globo Esporte divulgada neste blog, os participantes esclarecem que pretendem levar o caso à imprensa internacional.


O caso do Hotel Hyatt, também mencionado, foi tratado no post PACOTE OLÍMPICO 2 –  O HOTEL HYATT E A APA MARAPENDI.



Quanto ao comentário do presidente do IAB sobre a necessidade de implantação da Avenida Prefeito Dulcídio Cardoso (via 2), cabe lembrar que a decisão de levar o Campo de Golfe até a à margem da Lagoa, como explicado em PACOTE OLÍMPICO 2 – O CAMPO DE GOLFE E A APA MARAPENDI, inviabiliza definitivamente que a avenida seja concluída.


Enquanto isso, a cidade de Búzios está disposta a receber partidas de golfe e já se prepara para tanto…




DEFESA DA RESERVA EM OUTROS TEMPOS

Para ampliar a polêmica, conforme divulgamos no blog na última sexta-feira no dia 23/01/2014 foram exonerados dos cargos de chefia os responsáveis pela Coordenadoria de Conservação e Proteção Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SMAC, equipe cuja seriedade no trabalho é referência, composta por técnicos que defendiam a manutenção da área de reserva ambiental nas margens da Lagoa de Marapendi.



A reserva será eliminada pelo malfadado Campo de Golfe, ou melhor, por aqueles que o aprovaram: o Prefeito – hoje, ironicamente, presidente do grupo C-40 – e sua bancada de Vereadores. Se quiser, o alcaide ainda pode reverter ao menos parte da ‘barbaridade urbano-carioca’: é possível restaurar o desenho da Avenida Prefeito Dulcídio Cardoso e manter a integridade da reserva ao longo da Lagoa Marapendi. Seria um sinal de respeito à coisa pública e ao Meio Ambiente na cidade que hoje comanda.  

URBE CARIOCA




NOTAS

1 – Em 14/02/2013 a Rádio Nacional promoveu outro debate sobre o assunto, mediado por Luiz Augusto Gollo, que contou com a presença do urbanista Pedro da Luz, do geógrafo Jorge Borges, da historiadora Mariana Bruce, e da bióloga Denise Silveira. O link está aqui.

2 – Posts anteriores sobre o caso do Campo de Golfe

06/10/2013 – EXTRA! CAMPO DE GOLFE: APRESENTAÇÃO SOBRE O “LICENCIAMENTO AMBIENTAL” NO PRÓXIMO DIA 08

17/10/2013 – CAMPO DE GOLFE: CONSEMAC, A REUNIÃO QUE NÃO OUVE NEM RESPONDE

27/11/2013 – UM CAMPO DE GOLFE ÀS MARGENS DA LAGOA RODRIGO DEFREITAS

05/12/2013 – CAMPO DE GOLFE E CONSEMAC – A REUNIÃO QUE NÃO HOUVE NEM OUVIU AINDA PODERÁ ACONTECER


13/12/2013 – CAMPO DE GOLFE E CONSEMAC: SEM ESPERANÇA – OS BURACOS VENCERAM (CrôniCaRioca de uma morte consentida e aprovada em lei. Uma sentença).

 

Última homenagem a uma parte da APA Marapendi, ao Parque Ecológico, às áreas públicas, e às áreas antes protegidas por lei, situadas em volta da Lagoa de Marapendi, ceifadas antes mesmo de serem oferecidas aos cariocas.
Imagem: Internet

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