MAIS SOBRE HOTÉIS E QUARTOS A MAIS

No início de fevereiro, em 04/02/2014, publicamos PACOTE OLÍMPICO E HOTÉIS: QUARTOS A MAIS. Hoje a newsletter Ex-Blog fez o seguinte comentário:
 

HOTÉIS: POR QUE A QUEDA DE OCUPAÇÃO NO CARNAVAL DO RIO 2014?

 1. (Flavia Oliveira – Negócios & Cia) Os hotéis do Rio tiveram 77,75% de ocupação média no carnaval. Foi quase 10 pontos percentuais menos que no ano passado (87,25%), informa a ABIH. Dos hóspedes 68% eram brasileiros. Na Barra, que concentra a maioria dos novos projetos de hotelaria, a retração beirou 15 pontos, caindo de 81,77% em 2013 para 67,54%, este ano.

 2. Por quê? A ABIH acha que é pelo aumento do número de leitos. Mas se for assim, como será fora da Copa/ JJOO? Mas… Será pelos preços? Será pela crise? Será pela violência? Será pelo trânsito? Será…? Cabe uma explicação para que o setor com a construção de hotéis à força de incentivos fiscais, não enfrente uma crise fora e depois dos grandes eventos”.

Luz e Forma


Nas análises que fizemos a respeito do assunto – as benesses urbanísticas concedidas ao mercado hoteleiro e, por conseguinte, ao mercado imobiliário e ao setor da construção civil, pelo conjunto de leis municipais conhecido por Pacote Olímpico 1 – sempre demonstramos preocupação com as consequências para a cidade de tantos índices urbanísticos especiais e isenções de impostos, sob a bandeira do momento: “Tudo é prá Olimpíada”, mesmo que – não o seja ou que não se justifique com tal argumento, como, por exemplo, a mutilação da Reserva Ambiental da Lagoa de Marapendi para a construção de um Campo de Golfe.

Querer eternizar os usos como as bondosas leis previram, sabe-se que é inviável, uma obrigação sobre a qual é impossível haver controle. ‘No popular’ é “conversa para boi dormir”.

Caso a oferta seja maior do que a demanda, ou o preço das diárias diminuirá, ou haverá uma enxurrada de pedidos de licença para transformação de uso, isto é, para que os edifícios sejam transformados em apart-hotéis, prédios residenciais, escritórios… todos com gabaritos de altura e taxa de ocupação do terreno maiores do que seus vizinhos sem benesses.

Curiosa é a questão dos impostos e taxas. Naquela hipótese os pagamentos liberados para a construção de hotéis – e apenas para esse uso e o exercício da atividade de hotelaria – deverão ser recolhidos aos cofres públicos ‘a posteriori’?

 

Imagem – tx.english-ch.com

 

 

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