Artigo: “PRESENTE” DO PREFEITO AOS CARIOCAS NOS 450 ANOS DO RIO: AUTORIZA DESMATAR SEU PARQUE SÍMBOLO!, de Sonia Rabello

Em 01/01/2015 a sensação térmica no Rio de Janeiro chegou a 50º C.
Tirinhas Guia Ecológico




Além de causar espanto pelo conteúdo em si o título contém um paradoxo: as expressões “árvores cortadas” e “para revitalização” juntas traduzem, possivelmente, uma ironia. Afinal, ‘revitalizar’ é ‘tornar a vitalizar; insuflar nova vida ou novo vigor em’ (Dicionário Houaiss). O subtítulo não traz alento: Como contrapartida, está previsto replantio de 3.082 mudas, não necessariamente dentro do espaço. Dentro ou fora ‘do espaço’, nem sempre contrapartidas são admissíveis. 

As últimas postagens sobre a mais recente proposta de ampliação da área construída na Marina da Glória, Parque do Flamengo, foram MARINA DA GLÓRIA, ÁRVORES AO CHÃO (20/12/2104), A ELITIZAÇÃO DA PAISAGEM PATRIMÔNIO DA HUMANIDADE, artigo deAntônio Guedes (11/12/2014) e MARINA VOLTOU. A DA ENSEADA. DA GLÓRIA. NO RIO. DE JANEIRO. (04/12/2014).

Reproduzimos a seguir o artigo de Sonia Rabello originalmente publicado no site www.soniarabello.com.br, no qual a professora e advogada questiona a ausência de consulta à sociedade e informa que “Sequer houve qualquer resposta à Federação de Associações de Moradores do Rio, até que a Presidente do IPHAN, em tempo recorde, autorizasse, por carta, o início das obras! Só então responderam que seria a Prefeitura que deveria realizar a consulta. O que não foi feito!”.

O programa de atividades previstas no projeto aprovado pelo IPHAN não foi divulgado, embora a notícia informe que o número de lojas será reduzido de 40 pra 24, sem mencionar dimensões.

Depois dos fogos de artifício, assim começou 2015. 

                  
Urbe CaRioca
blogoestado

SONIA RABELLO
Triste começo de 2015 e uma vergonha alheia imensa dos nossos governantes: vergonha por Lota, idealizadora do Parque do Flamengo

Nesta segunda-feira, dia 5, foi notícia de página inteira, no Jornal “O Globo”: “Marina menos Verde”! Nesta é afirmado que foi autorizado pela Secretaria Municipal (contra) de Meio Ambiente do Rio o corte de 298 árvores no Parque do Flamengo, no polêmico projeto para a Marina da Glória.

Como assim? Desmatar uma Unidade de Conservação? E a Secretaria aprovou? Com parecer de qual técnico? Ou foi por ordem de autoridade superior sem parecer técnico?

Teria o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) aprovado este desmando em área tombada e que tem o seu projeto original também tombado? Teria autorizado este corte de árvores em um Parque que é ponto de destaque no mapa enviado à Unesco para que o Rio recebesse o título de Paisagem Cultural Mundial?

Estariam enganado a Unesco, já que até hoje não foi encaminhado àquele órgão o plano de gestão da Paisagem Cultural Mundial?

(…)

Internet

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