TRAMBOLHOS JÁ VISTOS E À VISTA – BICICLETÁRIOS COM CHUVEIRO E OFICINA


Rua Maria Eugênia esquina com Rua Humaitá, Botafogo
Foto: Urbe CaRioca


Os caros leitores do blog conhecem a série “Trambolhos”, onde mostramos construções permanentes e temporárias que, em geral, obstruem áreas públicas seja impedindo a livre circulação de pedestres, causando impacto negativo sobre a paisagem urbana do Rio de Janeiro, além dos que chamamos de ‘provisório-permanente’, isto é, estruturas que deveriam permanecer no local durante curto espaço de tempo e que acabam por tornarem-se definitivas, tanto pela perenidade quanto pelas idas e vindas que caracterizam sua continuidade.


Foto: SAC – AMIGOS DE
 COPACABANA, jan. 2015



Nas imagens alguns exemplos: bancas de jornal que impedem a passagem nas calçadas, extensão de quiosques na orla marítima, cobertura de lona no Estádio de Remo da Lagoa, cobertura no Forte de Copacabana, na Avenida Atlântica







Há pouco a Prefeitura anunciou a intenção de instalar contêineres para guarda de bicicletas na cidade, com chuveiros para os usuários tomarem banho. e prestação de serviços de oficina. O que em princípio parece ser boa providência – incentivar o uso do transporte individual via as simpáticas “magrelas” – não deve sobrepor-se à qualidade do espaço urbano, nem áreas públicas serem transformadas em oficinas que, evidentemente, se alastrarão em volta dos contêineres. Os gestores públicos têm o dever de buscar solução adequada que não prejudique mais ainda nossa tumultuada paisagem urbana e os espaços urbanos que são de todos.

Por que não pequenos depósitos nas muitas lojas hoje vazias espalhadas pela cidade, que poderão até oferecer sanitários e banho aos ciclistas mediante pagamento módico, como no caso dos postos de salvamento da orla? Que a Prefeitura alugue os espaços ou proponha sua administração pela iniciativa privada!

E, antes de tudo, que crie ciclovias seguras em todos os bairros.


Croqui do projeto Estabike na Avenida Presidente Vargas – Divulgação



Convidamos os leitores a:

1 – Opinarem sobre a proposta dos bicicletários a serem instalados em áreas públicas;

2 – Enviarem fotografias de ‘trambolhos’ de toda natureza que atravanquem ruas, calçadas e praças para serem divulgadas neste blog, se possível propondo soluções para melhorar os espaços públicos.

Ao sr. prefeito, pedimos que providencie a redução do tamanho das bancas de jornal, hoje verdadeiras lojas construídas sobre as calçadas e praças do Rio, paredes para propaganda, mobiliário urbano destituído de qualidade arquitetônica, a maior parte implantada inadequadamente, impeça a propaganda exacerbada nos quiosques da orla e a apropriação de espaços públicos além do previsto no elegante projeto original desses. Se foi possível retirar muitos cartazes do Rio, estas medidas serão também viáveis.

A Cidade Maravilhosa e os cariocas agradecerão.

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NOTA – COMENTÁRIOS DE LEITORES RECEBIDOS ATRAVÉS DAS REDES SOCIAIS:
1.     Um dos filmes mais lindos que vi, foi Ladrões de Bicicleta. Declaro publicamente minha paixão por elas. Que venham, porém, com ciclovias exclusivas, interligadas ao metro, trens, e que acabem com desvairios de permissões para transporta-las dentro!
2.     Adoro bicicleta… Usei na Inglaterra também enquanto lá morei, mas acho dispensáveis esses trambolhos e desperdício com dinheiro público (o meu $$ contruindo-os). Sempre cada pessoa cuidou da sua bike, aqui e em qualquer lugar. Onde existem?
3.     Não vai virar refúgio de morador de rua? Será seguro utilizar?
4.     Se tiver segurança, manutenção, e fiscalização pode ser interessante, mas essas três coisas que mencionei, existem?
5.     Certamente será mais um trambolho, igual a estas “arquiteturas” que têm surgido ultimamente invadindo praças e outros espaços públicos!
6.     Nenhuma cidade que visitei, todas bike friendly, tem uma mostruosidade dessas.

7.     Feiíssimo!
Rua Voluntários da Pátria em frente à Cobal do Humaitá
Foto: Site Sonia Rabello
Foto: SAC – AMIGOS DE COPACABANA, jan.2015

Evento da Heineken – março/2013 . A cobertura saiu e voltou
diversas vezes desde então, e está no local desde antes da
Copa do Mundo, em junho/julho – 2014.
Foto: SOS ESTÁDIO DE REMO

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