Sonia Rabello – OBRAS PÚBLICAS INACABADAS SÃO IMPREVISIBILIDADES PLANEJADAS: BANCO CENTRAL E UFRJ


METROS QUADRADOS BORBULHAM, ou
A DONA DE CASA SABE MAIS
Outro exemplo prova que a lei não poderá ser aplicada:
o volume maior escapa dos limites do volume menor.
A dona de casa sabe o que os vereadores não sabem.
Ilustração de Nelson Polzin, criada em 2012 especialmente para o artigo sobre o novo gabarito do Banco Central.



A notícia sobre a paralisação de diversas obras federais (O Globo 30/03/2015) e o artigo de Sonia Rabello a respeito publicado em seu site no mesmo dia nos remetem a um posts de junho/2012, quando comentamos que estava em vias de ser aprovada uma nova lei urbanística que mudaria – pela segunda vez em pouco tempo – os parâmetros construtivos para o terreno onde seria construída a nova sede do Banco Central, mudança que desconsiderou – de novo – os critérios para edificar fixados antes pela norma que criou a Área de Proteção e Cultural para os bairros da Saúde, Gamboa e Santo Cristo (em especial a altura máxima de 11,00m).

Para quem quiser recordar ao som do Samba do Soho, de Tom Jobim, o post de 05/06/2012 foi GABARITOS, SEMPRE ELES – A VEZ DO BANCO CENTRAL, e em 19/06/2012 divulgamos artigo de nossa autoria publicado no O Globo, em contraponto à opinião desse jornal, com o título SEMPRE O GABARITO. O post leva no título o mote do artigo: SEMPRE O GABARITO – Banco Central, Gamboa, Zona Portuária.


Abaixo, as considerações de Sonia Rabello, que incluem as obras paralisadas também na Cidade Universitária da UFRJ, na Ilha do Fundão.


Boa leitura.

Urbe CaRioca


Internet


Sonia Rabello


O artigo de hoje do jornal “O Globo”, sobre os “Esqueletos de prédios públicos federais” no Rio, só pode ser fruto da costumeira imprevisibilidade planejada. Lamentável!
Mas, de todos, chama a atenção – além da dramática situação dos hospitais do Andaraí e de Bonsucesso – o caso do que seria a nova sede do Banco Central, no Porto, e dos prédios da UFRJ no Fundão. E por quê?

Por dois motivos: no caso do Banco Central, este blog publicou exaustiva e criticamente a falta de planejamento, do BC, nos anos de 2011/2012 de fazer ali uma mega obra, bilionária, para não só transferir a área do “meio circulante”, conforme publicado, mas também toda da área administrativa do Banco, atualmente funcionando, e muito bem, em um equipadíssimo prédio na Avenida Presidente Vargas.

Não fosse só o desperdício do BC de querer fazer mais uma “obrinha” para as funções administrativas já tão bem localizadas e acomodadas, o banco sabia de duas coisas; o local do Porto, onde pretendia construir, era uma área com arqueologia importante, área de trapiches.

Dizem que a caixa forte do Banco, para ser construída, teria de destruir importante arco de pedra, enterrado, de um dos trapiches mais importantes da antiga área portuária.

O caso foi parar no IPHAN e também sob investigação do Ministério Público Federal. Não eram fatos nem irrelevantes, nem muito menos desconhecidos, a não ser pela incompetência (vamos chamar assim…) de se planejar esta obra.

Gabarito fora da lei – Como se isso não fosse o suficiente, o BC queria um gabarito fora da lei para construir seu prédio.

(…)

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