A ABERTURA DOS JOGOS OLÍMPICOS RIO 2016 FOI LINDA

Gazeta Esportiva

É indiscutível. A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016 foi linda. Irretocável.


Se um ou outro aspecto não agradou a um ou outro espectador, isto é normal. Se gosto não se discute, havia um pouco de tudo, para todos os gostos. Cores, ritmos, texturas, luzes, músicos e personagens variados, celebraram um Brasil que é variado, de raízes e tradições culturais tão diversas!

Sim, de quase tudo, um pouco.

Dos ritmos indígenas e africanos ao samba, à bossa nova, à MPB e ao funk.



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Dos povos que formaram o nosso estavam lá índios, portugueses, africanos, libaneses, japoneses… Houve quem sentisse falta dos italianos. É verdade, fizeram falta. Quem sabe foram escolhas impostas pela limitação do tempo, ou teríamos, além dos italianos, alemães, sírios, turcos, judeus de todas as partes do mundo, e até pomeranos!

Por que Maracatu e não Bumba-Meu-Boi? Faltou o nosso rock? E o Brasil-Colônia? Por que não reis e princesas?  Por que aquele apresentador e não outro? Aquele cantor? Cantora? E o…? Os triciclos eram meio “naive”… Dois discursos ruins, um discurso maravilhoso…

Comentários pró e contra sempre haverá. Importa o conjunto. Foi espetacular, um alento!

Precisávamos de um alento. E veio um lindo alento. Não se preocupem os pragmáticos: o show de ontem não nos cegará para a realidade de hoje e do amanhã. Foi bom respirar beleza em meio a tantas dificuldades diuturnas vividas no Brasil, no nosso Estado do Rio, e na Cidade do Rio de Janeiro.

Seria extemporâneo discutir agora se o Brasil estava em condições econômicas confortáveis ao almejar a candidatura; se o dinheiro gasto deveria ter sido mais bem empregado em favor de cariocas e brasileiros reduzindo nossas enormes carências, necessidades primárias mal atendidas no eterno e precário trinômio saúde-educação-segurança, ou em mais moradia, saneamento e infraestrutura de um modo geral; se precisávamos de tantas arenas, de um campo de golfe inexplicavelmente construído sobre um Parque Ecológico, e de um velódromo novo; por que mudaram o trajeto da Linha 4 esperada há décadas para ligar o Centro à Barra da Tijuca, substituída por um caminho “olímpico” privilegiando áreas mais favorecidas da cidade? Porque não aproveitar a injeção de recursos e concluir a Linha 2, o que tanto beneficiaria os moradores da Zona Norte?

Muitos questionaram, tentaram mudanças, mas, está feito. De nada adianta chorar o concreto derramado. Ficam os questionamentos para análises futuras e teses sobre o desenvolvimento urbano do Rio de janeiro .

A festa maravilhosa que fez voar o 14 Bis unindo o talento de Santos Dumont com a tecnologia do século XXI, o Maracanã cantar, e atletas dançarem como nunca se viu, revelou o óbvio: quando há desejo e vontade política é possível realizar, o Brasil é capaz.

Que não esperem outras Olimpíadas para concretizar a despoluição das nossas águas – Baía de Guanabara, complexos lagunares e bacias hidrográficas. Que não esperem outros eventos para investir na educação de crianças e adolescentes – caminho único efetivamente transformador para o crescimento pessoal, profissional, e inserção de todos na sociedade.

A festa foi realmente linda.

Urbe CaRioca


Globo Esporte


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