Artigo: GRANDES OBRAS DE MOBILIDADE NO RIO SEM PLANEJAMENTO, de Sonia Rabello

Ilustração – Afonso Carlos / CZN obtida em Motor Dream Uol

A Mobilidade Urbana continua na “ordem do dia”, ao menos na grande imprensa e nas promessas dos gestores públicos. Enquanto isso, a prática vem sendo outra, como demonstrou Reclamilda, engarrafada no Metrô justamente no dia de São Sebastião do Rio de Janeiro!

Crônicas e críticas bem humoradas à parte, o sério artigo de Sonia Rabello publicado originalmente em seu site no último dia 26 – reproduzido a seguir – nos informa sobre decisões tomadas de forma isolada, isto é, as obras “feitas sem que o Plano de Mobilidade da Cidade, ou mesmo da Região Metropolitana, estivesse pronto e publicado”.

A visão da jurista nos faz perguntar inevitavelmente o que a empresa que será contratada para elaborar o “plano” fará, por exemplo, diante das transtudocom suas pontes estaiadas caríssimas (e os novos gabaritos de altura a caminho), os BRTs que mal inaugurados já não atendem à demanda, o abandono da Linha 6 do Metrô substituída por uma das trans, o alongamento da Linha 1 do Metrô, ou a localização da nova rodoviária em São Cristóvão, – contestada na época em que seria apenas  uma instalação provisória no mesmo local, durante a Copa do Mundo e também analisada neste blog – e outros, várias ações questionadas por especialistas em engenharia de transportes e urbanistas, já consumadas.




O cientista social e escritor Guina Ramos já afirmou que o Transporte no Rio se dá pelo “método patético”. Vale observar que a troca dos trajetos BRT e VLT entre a Avenida Rio Branco e a Rua Primeiro de Março anunciada pelo sr. prefeito em atendimento à solicitação de alguns urbanistas, não será efetivada, como demostram os trajetos divulgados posteriormente pela Prefeitura e mídias. Se os métodos são ou não patéticos, o leitor melhor dirá. Quanto à falta de embasamentos técnicos para tais decisões, parece fato inegável.

Está mais do que na hora de sermos ‘uma cidade inteligente’, sem engarrafamentos.

Boa Leitura.
Urbe CaRioca
Internet

Sonia Rabello


26 | Janeiro | 2015


As mega obras de mobilidade do Rio foram feitas sem que o Plano de Mobilidade da Cidade, ou mesmo da Região Metropolitana, estivesse pronto e publicado.
  
Só agora foi divulgado pela Governo da Cidade a intenção de se fazer o Plano Municipal de Mobilidade. Isso pode ser conferido pelo site PMUS, divulgado esta semana, ainda incompleto. Pelas informações ali contidas, o futuro Plano será de 2016 em diante, quando o governo Paes já terá terminado!
Deduz-se, portanto, que todas as obras de mobilidade rodoviárias dos BRTs (Bus Rapid Transit) e BRS (Bus Rapid Service), a derrubada da Perimetral, as linhas de metrô, especialmente a L4 – modificada em seu plano original e contestada por mais de 26 Associações de Moradores da Cidade – , a retirada de linhas de ônibus comuns e até o recentíssimo anuncio da nova rodoviária da Cidade estão sendo feitos sem planejamento específico e integrado!
Para o futuro Plano de Mobilidade do Rio, o Governo Paes fez divulgar um edital para contrataçãode empresa que deverá elaborá-lo em dez meses. Nele, ainda serão pesquisados indicadores a serem ordenados para o futuro plano, devendo-se levar em conta as mega obras de intervenção feitas pelo Governo Paes nestes 6/8 anos, sem plano, a saber:


(…)

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