Vendo o Rio: faltou dizer

A notícia publicada neste sábado, no portal Tempo Real RJ informa que a Prefeitura do Rio agora dispõe de um terreno de 6.158,70 m², localizado entre a Avenida Salvador Allende e a Avenida Célia Ribeiro da Silva Mendes, na Barra da Tijuca, oficialmente integrado ao patrimônio da cidade pelo decreto nº 55408, publicado no Diário Oficial desta sexta-feira,  e que pode até ser colocado à venda, caso o prefeito Eduardo Paes decida transformar o ativo em um reforço financeiro. Omite que se trata de mais uma área pública – isto é, de toda a população, para ser usufruída seja como praça, parque, jardim. Espaço livre para ser apreciado, entrada de ar, luz e céu. O prefeito que se diz defensor do Meio Ambiente continua na saga oposta. Ocupar cada vez mais as áreas vazias existentes entre as construções, áreas assim(Leia mais)

Vendo o Rio – o privado se sobrepõe ao público

Cidade e Estado do Rio de Janeiro continuam a dilapidar o patrimônio público. É o que nos informa as duas notícias a seguir reproduzidas. Nada de novo. O velho recurso que nada adianta é prejudica a urbe carioca. Governo do estado vai mandar à Alerj pacote de imóveis que pretende pôr à venda Por Berenice Seara – Tempo Real RJ Link original A Prefeitura do Rio não é a única a planejar passar imóveis públicos nos cobres para dar uma folga aos combalidos cofres. O governo do estado também está preparando um pacote de terrenos e prédios que considera pouco utilizados e poderiam render um troco se vendidos às construtoras privadas. O terreno correspondente a 60% do batalhão da Polícia Militar no Leblon é só um dos que o governador Cláudio Castro (PL) sonha em pôr à venda. Embora este(Leia mais)

Vendo o Rio e Sempre o Gabarito – nenhuma novidade

O texto abaixo foi publicado nas redes sociais há um ano. Trata do desmonte das estruturas administrativas da Prefeitura do Rio de Janeiro ligadas ao planejamento urbano, licenciamento de obras, licenciamento ambiental e proteção do patrimônio cultural. Em paradoxo inaceitável, o desmonte se deu pela aglutinação dos setores responsáveis com atribuições e competência próprias, que passaram a se subordinar a um único órgão, todo-poderoso com poder de vida e morte urbanas ao sabor de interesses econômicos que se sobrepõem ao bom urbanismo O assunto já foi objeto de postagens neste blog. Continua atual. A repetição se dá porque o mesmo sistema continuará pelos próximos quatro anos. Mal terminada a contagem dos votos, anuncia-se a venda de imóveis próprios municipais e áreas públicas, conforme projeto de lei proposto pelo Executivo em março deste ano, dormitando na Câmara de Vereadores à espera(Leia mais)

Vendo o Rio: Urbanismo, Mercado Imobiliário e Gabaritos – O caso do Vasco

Nos próximos dias poderá ser aprovado por Suas Excelências, os vereadores do Rio de Janeiro, o Projeto de Lei Complementar – PLC nº 142/2023, que “Institui a operação urbana consorciada do estádio de São Januário no bairro Vasco da Gama, estabelece diretrizes urbanísticas para a área de abrangência delimitada na operação, permite a transferência do direito de construir, permite a construção elevada sobre o embasamento da sede náutica da lagoa, institui conselho consultivo e dá outras providências”, de autoria do Poder Executivo. Nesta análise vamos nos ater apenas ao PLC nº 142, lembrando que também está em tramitação a proposta para a construção de um autódromo em Guaratiba nas mesmas condições, ambos na vigência do novo Plano Diretor, a Lei Complementar nº 270 de 16/01/2024. Trata-se de uma aberração. De modo simplista, a proposta da Operação Urbana Consorciada – OUC*(Leia mais)

Vendo o Rio: Concessão do Jardim de Alah por 35 anos, a caminho

A Prefeitura do Rio deu início nesta terça-feira, ao processo de avaliação dos estudos para a concessão de uso do Jardim de Alah por 35 anos, conforme noticiado pelo jornal O Globo on line. A notícia informa que a licitação será lançada até setembro e, em troca de investimentos na revitalização, o vencedor da concessão poderá explorar espaço com bares, restaurantes, áreas para eventos e estacionamento subterrâneo. Inicialmente, a notícia sobre a possibilidade de trazer novo vigor à área abandonada há tantos anos parece providencial, sem deixarmos de lembrar que o Jardim de Alah é não somente de uma praça pública, mas também um bem tombado pelo Município desde 2001. Qualquer intervenção depende da aprovação do Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio Cultural da Cidade do Rio de Janeiro, o que é apenas um aspecto. O anúncio de que o(Leia mais)

Vendo o Rio, 2021 – mais um capítulo

Sob a justificativa de fazer caixa e “aliviar” os cofres públicos para fazer o pagamento do 13º salário dos servidores municipais, a Prefeitura novamente coloca em jogo prédios e terrenos públicos, vários com grande valor histórico e localizados em áreas nobres da capital. A pretensão inclui 45 imóveis, dos quais 28 já contam com autorização legislativa para que passem por licitação. Outros 17 ainda aguardam autorização dos vereadores. A lista inclui oito terrenos na Barra, que juntos somam uma área de 24,3 mil metros quadrados. O maior deles tem 5,2 mil metros quadrados e fica na Avenida das Américas. A notícia foi detalhada no jornal “O Globo” na versão online e impressa, conforme reprodução abaixo. Não é a primeira vez que isso ocorre (veja a seguir). Pelo contrário e mesmo sem relação com o pagamento do 13º salário. Em vários(Leia mais)

Vendo o Rio – Jardim de Alah: Atenção !

O Jardim de Alah é bem tombado municipal desde 2001. Qualquer intervenção depende da aprovação do Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio Cultural da Cidade do Rio de Janeiro. O que causa estranheza a este Urbe CaRioca – e nem deveria mais causar – é a repetição sem fim das mesmas justificativas apresentadas para venda ou cessão de determinados espaços públicos: a manutenção dos mesmos. Exemplo recente é a construção do futuro Museu do Holocausto no Morro do Pasmado. O que aguarda o Jardim de Alah? Abaixo, notícia publicada no jornal “O Globo” nesta semana. Urbe CaRioca Sem dinheiro, prefeitura vai entregar Jardim de Alah à iniciativa privada A ideia é ocupar a área com restaurantes e outros empreendimentos comerciais, mas moradores se opõem Gustavo Goulart – 07/08/2019 Matéria publicado originalmente no jornal “O Globo” RIO – A prefeitura divulgou o termo(Leia mais)

Vendo o Rio, 2018 – o terreno da antiga Cia. Ferro-Carril Jardim Botânico

Enquanto este Urbe CaRioca preparava um post com o título As Cidades Precisam Respirar, surge uma notícia desalentadora. O Governo Estadual vendeu um terreno situado no bairro do Flamengo, limítrofe com o Catete, que receberá um empreendimento residencial. A surpresa não foi tão grande, considerando decisão do então governador Sérgio Cabral em 2012 de colocar vários imóveis Próprios Estaduais à venda – o governo precisava fazer caixa – medida que comentamos em algumas das nossas postagens mais lidas (Vendo o Rio no Estado – Estudo de Caso – Botafogo, Quartel da PM, a Enorme Pequenez, e Adeus, Terreno do Batalhão, Adeus, Praças em Botafogo). Mas, o enorme terreno no Flamengo não estava na primeira listagem, e torcíamos para o assunto ser esquecido! Trata-se do imóvel onde existiu a garagem de bondes da região, que mais tarde, se a memória não falha, abrigaria(Leia mais)

VENDO O RIO, VENDO APACs. TROCO POR CEPACs.

Este blog imaginava que, iniciando-se um novo governo municipal na cidade do Rio de Janeiro, as tentativas de cancelar Áreas de Proteção do Patrimônio Cultural, as APACs, retornassem. Não cria, entretanto, que fosse tão rapidente. Mas o foi, como está mostrado no post de quarta-feira: PRESSÃO PARA ACABAR COM AS APACs. DE NOVO. Não é necessário produzir mais um Poeminha da Especulação Imobiliária. Vários dos escritos durante os oito anos do governo anterior continuam atuais, ao menos no que diz respeito ao patrimônio histórico e cultural, que pode estar, mais uma vez, ameaçado. Curiosa e infelizmente, o novo prefeito pode trocar as APACs por CEPACs, que ironia! Temos um versinho pronto! Como escreveu Sonia Rabello em Rio sem Outorga Onerosa não pode fazer Operações Urbanas, “CEPAC parece ser uma sigla quase mágica, e estaria aí para permitir arrecadar milhões, talvez bilhões.(Leia mais)

VENDO O RIO, VERSÃO 2016 – PARTE 2

Com um comentário de Roberto Anderson, e mapas dos terrenos à venda Imagem divulgada na rede FB em 28/02/2016 Em VENDO O RIO, VERSÃO 2016 comentamos que a “Prefeitura quer colocar à venda quinze imóveis do município”, por medida de economia, conforme  noticiário do último sábado. O Projeto de Lei nº 1710/2016 que ‘AUTORIZA A ALIENAÇÃO DE IMÓVEIS DO PATRIMÔNIO MUNICIPAL QUE MENCIONA’, de autoria do Poder Executivo, está disponível no site da Câmara de Vereadores. Em relação aos imóveis tombados situados no bairro da Gamboa, atrás do conjunto Cidade do Samba, transcrevemos o comentário do arquiteto Roberto Anderson, um defensor do Patrimônio Cultural do Rio de Janeiro: GALPÕES DA GAMBOA À VENDA Dois galpões situados no bairro da Gamboa, Zona Portuária da cidade, remanescentes dos três que existiam no antigo Pátio Ferroviário da Marítima, estão à venda pela Prefeitura. É impossível(Leia mais)

VENDO O RIO, VERSÃO 2016

“Prefeitura quer colocar à venda quinze imóveis do município- Projeto enviado à Câmara diz que se trata de medida de economia” é o que diz o jornal de hoje. Trata-se do Projeto de Lei nº 1710/2016 que ‘AUTORIZA A ALIENAÇÃO DE IMÓVEIS DO PATRIMÔNIO MUNICIPAL QUE MENCIONA’, de autoria do Poder Executivo. SOTHEBY’S IN RIOIlustração: NELSON POLZIN Não é a primeira vez que tal medida é adotada pelo governo municipal, bem como pelo governo estadual, como já divulgado pela grande imprensa e comentado neste blog em diversas postagens (v. lista abaixo com artigos, “poeminhas” e paródias). 23/05/2012 – VENDO O RIO – QUARTEL DA PM E BIGORRILHOS 29/05/2012 –  QUARTEL DA PM, A ENORME PEQUENEZ 01/06/2012 – QUARTEL DA PM, UM BOM COMBATE 21/06/2012 – VENDO O RIO – POEMINHA DA ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA 03/07/2012 – VENDO O RIO, NO ESTADO – ESTUDO DE CASO: BOTAFOGO 22/08/2012 –(Leia mais)