Sempre o gabarito, 2024 – parte 4: a vez da rua

A série “Sempre o Gabarito”, iniciada com o título “Vendo o Rio”, ainda no tempo em que Cabral aportou aqui (não o navegador), tal como os gabaritos, não para de crescer. Temos também a linha do tempo dividida em Pré-Olimpíada – PO, impulsionada pelo mote PA – Pra Olimpíada, e a atual Pós-Olimpíada – POa. A benesse para o consulado americano não é a primeira. Luiz Paulo Conde suprimiu uma faixa da Avenida Presidente Wilson em nome da segurança. É o alegado para justificar a nova manobra. No Centro, deu-se espaço público, área livre, impedida ao acesso, desimpedida a visão, ainda rua, entretanto. Agora é diferente, como aponta o Projeto de Lei Complementar nº 161/2024. Para quem vende tantas praças, jardins, terrenos de escola, o ar, as alturas, usos, tipologia e a paisagem, o que é uma ruazinha? Urbe CaRioca  (Leia mais)

A história dos parques da Zona da Leopoldina, Zona Norte do Rio de Janeiro, de Hugo Costa

Neste artigo, o geógrafo Hugo Costa faz uma detalhada análise sobre o histórico de ocupação da Zona da Leopoldina, a criação de seus parques que “tentavam contrapor a realidade de ausência de áreas de lazer para a população” e a realidade atual do Parque Ary Barroso, “único refúgio verde de meio milhão de cariocas, (…)  ocupado com prédios do poder público, sendo outra parcela considerável da área ocupada por um estacionamento para os funcionários destes prédios públicos e até para um ferro velho de carros abandonados”. Urbe CaRioca A história dos parques da Zona da Leopoldina, Zona Norte do Rio de Janeiro Hugo Costa A história dos parques da Zona da Leopoldina, Zona Norte do Rio de JaneiroOs famosos campos de futebol disputadíssimos nos finais de semana não existem mais. As calçadas internas ao parque estão parcialmente destruídas ou consumidas(Leia mais)

Licenciamento de hospitais em Botafogo confrontam o Plano Diretor

Publicado na página “Desordem Urbana em Botafogo e Adjacências” “Embora o novo Plano Diretor recentemente aprovado tenha mantido a proibição de novos hospitais em Botafogo, a Prevent Senior conseguiu licenciar dois novos hospitais no bairro. As licenças foram concedidas através da excrescência da lei chamada de “Mais Valerá”, onde por meio de um determinado valor a ser pago, se licencia o que se quer mesmo contrariando a legislação edilícia vigente. Um hospital na Rua General Polidoro e outro na Avenida Pasteur.”

Sempre o Gabarito, 2024 – parte 3: Rio Design, Rio Sul, e Ipanema

A saga “Sempre o Gabarito” continua. O anúncio de lançamento do prédio que será construído na Rua Prudente de Morais nº 1050, em Ipanema, na Zona Sul da Cidade – mencionado no post “Sempre o Gabarito, 2024” -,  informa que serão 41 unidades, um apartamento por andar. Caso preveja andares de garagem, cobertura e pavimento de uso comum, o prédio equivalerá ao tamanho do complexo formado por torre e shopping  Rio Sul. A título de comparação e para melhor ilustrarmos a questão, seguem as dimensões verticais dos prédios mais altos da cidade, não considerada a Baixada de Jacarepaguá, que contou com desenho urbano e gabaritos de altura com outro padrão: Torre do Rio Design Leblon, 30 andares+ três andares de lojas e um pavimento de uso comum. Total : 34 pavimentos. Torre do Rio Sul, 40 andares + 4 andares(Leia mais)

Sempre o Gabarito, 2024 – Parte 2

Na última semana, tivemos a notícia da substituição de um edifício relativamente novo, inaugurado em 2001, a ser demolido, por um espigão que promete ser um dos mais altos de Ipanema, com 19 unidades, cada uma com aproximadamente 300 m², uma por andar. O empreendimento nada mais é do que a continuação do constante movimento de renovação urbana (muitas vezes sinal de atraso) ao qual a cidade é submetida. Natural ao longo dos séculos, com a procura e crescimento das áreas urbanizadas, também propiciado pelos avanços tecnológicos, o processo transformou-se em indústria. Agora, ratificando a questão, a jornalista Lu Lacerda publica que moradores do bairro criaram o abaixo-assinado “Temos direito ao sol: embargo imediato dos espigões de Ipanema”, para pedir o embargo da construção dos três prédios com quase 80 metros de altura, com a justificativa de que eles vão fazer(Leia mais)

Sempre o Gabarito, 2024

Há alguns dias foi noticiada a substituição de um edifício relativamente novo, inaugurado em 2001, a ser demolido, por um espigão que promete ser um dos mais altos de Ipanema, com 19 unidades, cada uma com aproximadamente 300 m², uma por andar. O empreendimento nada mais é do que a continuação do constante movimento de renovação urbana (muitas vezes sinal de atraso) ao qual a cidade é submetida. Natural ao longo dos séculos, com a procura e crescimento das áreas urbanizadas, também propiciado pelos avanços tecnológicos, o processo transformou-se em indústria. A indústria da construção civil, ao menos no Rio de Janeiro, é alimentada pelo aumento desenfreado do potencial construtivo dos terrenos. É o que explica a ampliação sem limites da mancha urbana na Baixada de Jacarepaguá e adjacências (Guaratiba que se cuide) e a demolição de prédios altos para(Leia mais)

Cadastro de interessadas/os na disciplina: Planos Diretores Municipais

O objeto da disciplina contempla: Leitura em profundidade e análise crítica do novo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Sustentável do Município do Rio de Janeiro (Lei complementar nº 270, de 16/01/2024), mapeando as suas aberturas, possibilidades e ameaças, tendo como ponto de referência a noção de direito à cidade. Analisar peças legislativas posteriores à edição do Plano Diretor, que buscaram deflagrar a sua aplicação Analisar peças legislativas que tramitaram paralelamente ao Plano Diretor, apesar de tratarem de matérias que este também abordava (Reviver Centro, Reconversão de imóveis e outras). Desenvolver a leitura e análise acima referidas tendo em conta o contexto político emergente a partir da eleição, em outubro de 2024, de uma nova gestão municipal e composição da Câmara de Vereadores, para o período 2025-2028 As aulas serão ministradas na Cidade Universitária, Edifício Jorge Machado Moreira das 13h às(Leia mais)

Iphan inaugura a ‘Esquina do Patrimônio’ em novo espaço cultural do Centro do Rio

O Centro do Rio de Janeiro abriga uma diversidade de expressões artísticas, arquitetônicas e sociais que refletem a evolução da cidade ao longo dos séculos. Nesse contexto, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) inaugura nesta quinta-feira, dia 10 de outubro, a Esquina do Patrimônio, localizada no térreo do Edifício Docas de Santos, que abriga a sede da Superintendência do Iphan no estado. Aberto ao público, o novo espaço cultural promete ser um ponto de encontro para fomentar o diálogo sobre a importância da preservação do Patrimônio Cultural, por meio de eventos, exposições e atividades de educação patrimonial. A inauguração da Esquina do Patrimônio será marcada pela abertura da exposição “Um Rio de Patrimônios: Permanências e Transformações da Cidade do Rio de Janeiro”, realizada pelo Instituto 215, com patrocínio do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de(Leia mais)

Triste e real retrato do Rio de Janeiro

Caros leitores do Urbe CaRioca, O texto abaixo trata de uma das mazelas da nossa cidade a população de rua e de mendigos que não para de crescer. Não se deve atribuir o fato à pandemia de Covid-19. Certamente às várias crises econômicas, à malversação de verbas públicas, a prioridades equivocadas dos gestores públicos. A escrita impactante nada mais reflete do que a realidade. As fotografias foram feitas na Zona Sul. bairros Ipanema e Leblon. O mesmo ocorre em Botafogo, Copacabana, Glória e Centro, pelo menos. Há notícia de que chegou à Miami carioca, a Barra da Tijuca. Em tempo de eleições municipais e à apresentação de lados coloridos do Rio de Janeiro, cumprimos o doloroso dever de mostrar outro aspecto. Evitamos filmetes sobre assaltos. Estão disponíveis nas redes sociais diariamente. Só os governantes não veem. Andréa Albuquerque G. Redondo(Leia mais)

Gambiarra à vista ( mais uma), por Atilio Flegner

Neste artigo, Atilio Flegner, coordenador do movimento “Metrô que o Rio precisa”, Ex-Membro do Conselho de Transportes da Prefeitura do Rio de Janeiro e Ex – Coordenador de Gestão de Rede de Ônibus da Prefeitura do Rio de Janeiro aborda, mais uma vez, a forma através da qual o metrô no Rio de Janeiro vem sendo administrado e expandido ao longo dos anos. O autor destaca o gasto milionário de recursos públicos, sem resultados efetivos e, em grande parte, simplesmente desperdiçados, a exemplo  do prolongamento da Linha 1 até General Osório, sem uma zona de manobra em profundidade não adequada, o que acarretou na construção de uma segunda General Osório, paralela à primeira, que hoje encontra-se sem uso. “Mais de R$300 milhões se foram nessa brincadeira”, afirma, acrescentando outros diversos casos repudiáveis. “Agora, 2024, dez anos de abandono das obras(Leia mais)