SOU TIJUCANA “DA GEMA”

CrôniCaRioca

Uma declaração de amor ao bairro da Tijuca,
Rio de Janeiro, por Sonia Fragozo.

Blog Patota Carioca



SOU TIJUCANA “DA GEMA” 
Sonia Fragozo*

Venho de uma família de tijucanos: pai, mãe, avós paternos e maternos, tios, etc. Todos tijucanos de carteirinha.

Fui criada na Tijuca, onde estudei e fiz os amigos que me acompanham até hoje. Amigos de primário e ginásio – era como se chamava o ensino fundamental naquela época – Amigos da Tijuca. Sim, AMIGOS! Como Wanderléa, Roberto e Erasmo Carlos; Tim Maia e Jorge Babulina, hoje Ben Jor, todos originários da Tijuca que também é terra de Ivan Lins e Gonzaguinha, Aldir Blanc e Cesar Costa Filho, etc.

Bar Divino – Blog Patota Carioca


Podemos, com orgulho, afirmar que a Jovem Guarda teve o seu berço na Tijuca, no antigo Bar Divino, na Rua Haddock Lobo, esquina com a Rua do Matoso.




Ali se reuniam, para tocar e cantar Elvis, os “tremendões” que embalaram as tardes dos sábados da nossa Jovem Guarda.


Igreja São Francisco Xavier, 1583 – Portal Geo

Não temos praias, mas temos florestas, temos cascatas, praças, clubes e até serra, pertencemos à antiga freguesia do Engenho Velho – o primeiro engenho de cana de açúcar da região, posteriormente denominada de São Francisco Xavier do Engenho Velho, devido à construção, pelos jesuítas, da Igreja de São Francisco Xavier em 1583, de acordo com GERSON, Brasil, História das Ruas do Rio, 1965, p.442.



Site Paróquia São Francisco Xavier

E olha só… essa mesma Igreja, com mais de 400 anos, várias vezes reconstruída,  testemunhou fatos muito importantes em minha vida. Palco do casamento de meus pais em 1950, da comemoração de suas Bodas de Prata e ainda da celebração das missas de 7º dia dos dois – parece mesmo que eles escolheram iniciar e terminar sua caminhada juntos ali, na Capelinha dos Jesuítas. A Igreja ainda enfeita, com imponência, nossa paisagem, resistindo às agruras da modernidade e servindo de cenário para as histórias dos tijucanos de carteirinha, como eu.


Ah… e os bondes da Tijuca. Eram muitos e cruzavam todo o bairro. Enfeitados e barulhentos, no carnaval eram só alegria. Passavam lotados de bate bolas, tiroleses, piratas, havaianas e até gregos… Mas eu gostava mesmo era do bonde do Alto da Boa Vista – esse significava PASSEIO. Serpenteando a Av. Edson Passos, o bonde subia a serra, enquanto o vento fresco batia em nossos rostos ansiosos, até chegarmos à praça com a escultura do leão, pano de fundo de tantas fotografias de nossa de infância.

Bonde do Alto da Boa Vista – slideshare.net


    Ali brincávamos, corríamos, gritávamos e acabávamos por descansar aos pés da exuberância do leão talhado em mármore branco. Por falar em esculturas, a cultura sempre foi forte em nosso bairro. 

Colégio Santa Teresa – stateresa.com.br

        
Importantes e tradicionais colégios, públicos e particulares estão aqui localizados.  Cursei o ensino fundamental (primário e ginásio) no Colégio da Cia. Santa Teresa de Jesus, criado e dirigido pelas irmãs Teresianas, num casarão onde existiu o primeiro internato do Colégio D. Pedro II, em 1858.  Nossos uniformes com saia de lã “pied de poule”, blusa branca e gravata, deram lugar às calças jeans e as “T shirts” coloridas, mas a escola, ainda tradicional do bairro, continua contribuindo com o mesmo padrão de educação para crianças e jovens.

              Vários são os colégios de importância ainda existentes na velha Tijuca, dentre eles está o tradicional Colégio Militar, de 1889, que em seu processo de modernização, abriu suas portas ao público feminino, introduzindo assim charme e delicadeza à antiga instituição.

portalfeb.com.br

   

                                                                                     

oglobo.com

                 Não se pode deixar de falar do famoso Instituto de Educação que, durante décadas, alimentou o sonho de tantas jovens em se tornarem normalistas – profissionais dedicadas à educação básica.  Infelizmente, apesar de a Escola ainda existir no bairro, o sonho da profissão parece ter saído dos anseios das jovens da atualidade.

                                               

      Como não se lembrar dos cinemas da Tijuca?  Nas primeiras décadas século XX, as salas de projeção proliferaram em nosso bairro que chegou a oferecer quase 10.000 lugares em cinemas. Só o lendário cinema Olinda, inaugurado em 1940, oferecia 3.500 lugares, segundo o livro “A segunda Cinelândia Carioca – cinemas, sociabilidade e memória na Tijuca”  de  Talitha Ferraz.

Nessa “pequena Cinelândia”, assisti a deliciosos filmes com Doris Day e Rock Hudson, me encantei com a história de My Fair Lady  e  até, levada por minha mãe, me emocionei com  nosso Mazzaropi em Zé do Periquito. 
                    
        Os cinemas emolduraram por muito tempo a popular Praça Saens Peña que centralizava o lazer do bairro.
Por conta deles – os cinemas -, algumas turmas de jovens se formaram ao longo dos anos, eram as “gangs” de nossa época.  Existia a “turma do Bob’s” composta de jovens de vários bairros que ali se reuniam para esperar as meninas saírem dos cinemas e a turma do Palheta formada pelos rapazes mais velhos que disputavam com a turma do Bob’s as mesmas meninas.


carlosadib.com.br


Com o passar dos anos, a Tijuca caiu nas teias da modernidade: ganhamos metrô, prédios altos, shopping, muitas lojas e… um crescimento desordenado foi ocupando as encostas que são muitas em nosso bairro.

www.marciollio.com

Perdemos em de qualidade de vida.

Com o ocaso de nossa Cinelândia, as salas de projeção passaram a fazer parte do Shopping… e a velha Praça perdeu a alegria dos domingos e das férias escolares.


         Nossa Praça, destruída com as obras do metrô, depois de longos anos dilacerada volta ao cenário totalmente remodelada, incorporando essa nova modalidade de transporte à rotina do bairro.

Praça Saens Pena, Tijuca
                Imagem: Imprensa RJ



E a Praça ganhou outro tipo de usuário. Trocou a garotada barulhenta dos finais de semana por nossos idosos, que ali se reúnem, todas as tardes, para jogar um carteado amigo. Ganhamos também a “rua das flores”, linda com suas barraquinhas floridas todos os dias e em todas as estações – não conheço outro bairro que dedique uma rua inteira ao colorido das flores.


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 Vários outros aspectos, menos pitorescos, foram sendo incorporados à vida dos tijucanos, aspectos do dito desenvolvimento: o caos no trânsito pelo excesso de carros, os maus tratos, pela falta de manutenção de nossas ruas e calçadas, buracos em nossas pedras portuguesas, bueiros que explodem e a insegurança do “ir e vir”. Mas nada disso é um privilégio do meu bairro.

         
        Muitos tijucanos saíram do bairro e, buscando a antiga qualidade de vida, desembarcaram na Barra da Tijuca. Será que acharam o que procuravam? Ou será que acabaram trocando “seis por meia-dúzia”? Ganharam a praia e perderam a facilidade do andar a pé e ter tudo pertinho, de conhecer os vizinhos, de olhar vitrines de rua, cumprimentar o jornaleiro… e se fecharam em redomas gradeadas.  Talvez alguns pensem ter ganhado em “status”, mas há controvérsias.  O que talvez nem todos saibam é que, fugindo de suas origens na Tijuca, acabaram por cair no local que originou o nome de nosso bairro…  é isso mesmo,  o nome TIJUCA vem do tupi –Ty-iuc,  significa lama , terreno alagadiço, pântano, fazendo referencia ao lado de lá da Serra, lado da Lagoa da Tijuca na Baixada de Jacarepaguá, por ser  uma terra alagadiça.

        Acabamos por constatar que temos fortes raízes dessa origem tijucana, mesmo quando passamos para o lado de lá do Maciço.
  
E olhem o que escreveu nada mais nada menos do que José de Alencar – aquele da Iracema – a virgem dos lábios de mel, a Machado de Assis – de Bentinho e Capitu, apresentando Castro Alves – o do Navio Negreiro.
“Felizmente estava eu na Tijuca. O senhor conhece esta montanha encantadora. A natureza a colocou a duas léguas da Corte, como um ninho para as almas cansadas de pousar no chão. — Aqui tudo é puro e são. O corpo banha-se em águas cristalinas, como o espírito na limpidez deste céu azul. — Respira-se à larga, não somente os ares finos que vigoram o sopro da vida, porém aquele hálito celeste do Criador, que bafejou o mundo recém-nascido.” 

 (Carta de José de Alencar à Machado de Assis apresentando Castro Alves; 18 de fevereiro de 1868).
Somos sim, “tijucanos da gema”, temos o amarelo ouro da gloriosa época da aristocracia da nobre Tijuca, talvez por isso tenhamos a fama de bairristas e conservadores e … POR QUE, NÃO?



*SONIA FRAGOZO é arquiteta e ‘Tijucana de Carteirinha’.

Comentários:

  1. Ola, Sonia
    Tambem sou tijucana de carteirinha, nasci e sempre morei em torno da Praça Saens Pena.
    Fiz o primário no Santa Terezinha de jesus, ginasio no Paulo de Frontin e normal no Instituto de Educação.
    A igreja São Francisco Xavier fez parte da minha infancia e fiquei muito triste quando a sua cupula caiu e a partir dai, toda a igreja passou por uma reforma radical que alterou compleamente sua planta original. Voce selembra dela antes da reforma? Poracaso teria fotosdo interior? Ja fui procurar la na igreja e não consegui.

  2. Sóniamiga

    Foi através do Sérgio Reboucas que cheguei aqui. E ainda bem. Do lado de cá do Atlântico que nos separa mas também nos une, leio a tua crónica e lembro-me da Tijuca que eu conheci quando fui pela primeira vez ao Brasil, em 1954. Tinha então treze anos. O Rio de Janeiro era a capital e nas praias as raparigas (vocês dizem moças…) começavam a usar o biquíni, que era .proibido aqui em Portugal pela ditadura do Salazar.

    Ao Brasil voltei, mais uma, e outra e outra vez e muitas vezes mais. No Brasil, Terra de Santa Maria e de Vera Cruz, pude sentir-me simultaneamente português e brasileiro. Até na… "malandrice". Segui a Copa 2014 e sofri; mas a vida não é só futebol.antes pelo contrário. O teu País vai acordando, mas tem de acordar de vez. E por hoje já é texto demasiado. Fica com o teu Tijuca, que ficas bem; mas acorda o teu Brasil – que ficas muito melhor! .

    Espero-te na minha Travessa para ver quem eu sou e o que consigo escrever sem dar muitos erros de ortografia…

    Qjs = queijinhos = beijinhos e até rimam

    O convite para visitar a minha Travessa é extensivo às tuas Amigas e Amigos. Serão muito bem vindos e não pagarão bilhete de ingresso, muito menos impostos ou taxas…

  3. A crônica é muito interessante e aborda com muita propriedade a Tijuca como bairro. Eu também sou tijucano há mais de 4 décadas e frequento a Tijuca há 60 anos. Um dos aspectos que também julgo interessante destacar é que a Tijuca é um dos berços do samba do Rio de Janeiro, onde têm sua sede algumas das principais agremiações carnavalescas que abrilhantam o nosso carnaval e também é o bairro com maior número de associações luso-brasileiras (doze), sendo um bairro onde a maioria de seus habitantes tem ascendência portuguesa, sendo considerado um verdadeiro bairro luso-brasileiro.

  4. Quem morou na Tijuca na época boa, jogou pelada na praça do Leão no Alto e na Quinta da Boa Vista…Estudou no ADN, Instituto Lafayette, Orsina da Fonseca e Antonio Prado Junior…..Desfilou no 7 de setembro junto com o Colégio Militar e Pedro II…Frequentou o Robin Hood no Alto……Foi para a Barra tomar batida de coco no Oswaldo….Pegou carona no 233 de bicicleta para ir para a Barra……Fez churrasco na Floresta da Tijuca…Namorou as meninas do Instituto de Educação, etc

  5. OLA SONIA, TUDO BEM!!!!!
    GOSTARIA DE FAZER UMA PERGUNTA?
    POR QUE O TIJUCANO e especial, ele pode ir para o Leblon, Ipanema, Barra, Copa, Urca, Roma, Espanha, USA, Paris. qualquer lugar do mundo. Ele sera sempre TIJUCANO. Um abraço

  6. Sônia
    Grato pela oportunidade de relembrarmos nosso querido bairro.Nasci em Vila Isabel, mas moro na Tijuca há 50 anos e na infância e juventude frequentei muito a Tijuca. Estudei e trabalhei na Tijuca. Hoje, casado com uma tijucana, tenho cinco filhos e seis netos tijucanos. Permita-me, não como correção ao seu trabalho, mas como adendo, lembrar de alguns colégios : São José -Internato e Externato (onde estudei), Batista Brasileiro e Shepard, Santos Anjos,Regina Coeli, Menino Jesus, Veiga de Almeida, Paiva e Souza, Sacre Coeur de Jesus, Santa Marcelina…e grandes empresas : Souza Cruz, Fábricas de Tecidos (Isabel, Botafogo, Corcovado, das Chitas…PARABÉNS…CONTINUE, a Tijuca merece VOCÊ.

  7. Olá Paulo,
    Claro que me lembro de você como Paulinho, era assim que a sua e a minha mãe chamavam.Você tem um irmão Rodrigo e vocês moravam na Conde de Itaguaí , numa vila linda que existe até hoje. Nossas mães eram muito amigas mesmo e mamãe sentiu muito a falta da Marília. Incrível você me achar aqui no blog – essa rede é fantástica, mesmo. Que bom ter gostado do texto, ele me mostrou o quanto sou Tijucana. Adorei esse reencontro de tantos anos. Um grande abraço.

  8. Sonia

    Não sei se voce vai se lembrar de mim, nossas mães eram muito amigas e se casaram no mesmo dia na Igreja São Francisco Xavier, uma logo após a outra. Minha mãe se chamava Marília e meu pai Ivo. Frequentei muito a casa de seus pais, estive afastado da Tijuca e agora voltei e espero não sair mais. Adoro a Tijuca e achei lindo o seu texto. Foi muito bom reencontrar voce. Um grande abraço. Paulo Borba

  9. Oi Sônia. Nasci em Rocha Miranda (1970), mas com 1 ano de vida, mudei para Vila Isabel, onde moro até hoje… A Tijuca sempre fez parte da minha vida carioca de ser… Lembra do Café Palheta, dos Cinemas América e Carioca? Meu padrinho de batismo (morador de Copacabana)sempre fazia questão de me trazer de volta para um café no Palheta… E a Paróquia Santo Afonso (é onde eu trabalho há 7 anos)? Obrigada pelo belo texto e maravilhosas lembranças. Um abraço, rejanebv1970@hotmail.com

  10. Cara Xará Sonia:
    Adorei rever a Tijuca através do seu artigo.Sou CAJUTI(quem nasce na Tijuca,dado ao nome em contrário) e aprendi o Hino da Tijuca feito por minha professora de Canto do Orsina da Fonseca,muito lindo!Realmente a Tijuca foi,e ainda é no nosso coração tudo isso e muito mais.Bons tempos aqueles,que poucos desfrutaram a ponto de repassar este amor ao que foi bom para muitos, como sinônimo de bem viver…um garde abraço e o muito obrigada.Sônia Maria Brandão.

  11. Cara Sonia Fragozo. Acabo de ler o seu interessante artigo sobre a Tijuca. Bairro onde nasci e sempre morei. Meu primeiro passo, fotografado por meu pai foi na Praça Saens Peña. Estudei no La-fayette e ao sair iamos até o Divino. Conheço tudo que você falou. Inclusive as reuniões na Jaceguai 27. Fui diretor de diversos clubes e Administrador Regional da Tijuca em 82. Só não sou saudosista. Tenho foto em frente ao Cinema Olinda. Semanalmente ia aos cinemas da Tijuca. Assisti ao primeiro festival da Metro. Só que nem tudo eram flores. A falta dágua era uma constante. Eu morava Rua Conde de Bonfim próximo à Carmela Dutra. Constantemente rebentavam o asfalto e ficavam os trilhos e os dormentes feito dentes rindo de nós. Os bondes eram muito barulhentos. Quando asfaltavam a sua depois de muito tempo em obras, a fumaça do asfalto invadia tudo. Tenho mil histórias de cada pedaço. Saudações. Reinaldo Leal – RL@reinaldoleal.com

  12. Maravilha de texto … fiz uma viagem no tempo e com saudades me lembro dessa época de ouro da nossa Tijuca. Éramos felizes e talvez não soubessemos, mas tivemos o privilégio de viver nesse tempo e conhecer tudo isso que você relatou acima. Parabéns pelo texto e obrigada por nos lembrar de uma época maravilhosa!

  13. maravilhoso, a foto tambem da replica do Metro Tijuca que encontra-se em Conservatoria ( propriedade do tijucano Ivo Raposo Jr ), me fez voltar a minha adolescencia de Praça Saens Penna ,e indo a Conservatoria fui fazer uma visita . Sensacional , me fez ficar com os olhos marejados pois foi EMOCIONANTE .
    A TIJUCA , e' o único bairro do Rio de Janeiro que possui GENTÍLICO- TIJUCANO.
    Portanto ser CAJUTI ou TIJUCANO , não é para qualquer um
    Eu , sou TIJUCANO ate' hoje.
    Vivo ha 63 anos na General Roca
    PARABENS PELO BLOGS

  14. Olá, Sonia
    Emocionada à meia-noite, com tantas recordações maravilhosas!! Sinto muito orgulho em dizer que sou brasileira, carioca e tijucana da gema!!! De repente, até nos conhecemos de vista, já que tijucanos sempre se conhecem e reconhecem…Dizem que saimos da Tijuca e a Tijuca não sai de dentro da gente – pura verdade!!!Estou há 3 anos na Lagoa pra ficar perto da minha filha, mas nasci e vivi na Tijuca por 58 anos e ainda trabalho lá.Vou fazer circular esse email aos meus amigos e vou visitar o blog de vocês.Quem sabe, ajudo a engrossar esse "caldo tijucano".
    Rejane Maurell (rcruz51@ig.com.br)

  15. Adorei rever a minha antiga Tijuca através dos seus olhos!
    Atualmenta moro em Ipanema, mas o meu coração de ex normalista
    do Instituto de Educação ainda é tijucano…
    Parabéns!!!

  16. Parabens CUMPRIIIIIIIIIIIIIIDA. Sou, como você bem sabe tijucano
    também e concordo com tudo o que descreve. Beijo Grande do Ze Luiz.

  17. Aos amigos queridos que tem prestigiado esse blog e lido o meu texto sobre a Tijuca, muito obrigada. Quem sabe esse não seja um estímulo para fazer algo que sempre gostei – escrever. Afinal cursei o "clássico" no Colégio Lafayette , na Tijuca , É CLARO !!!!!

  18. Querida Sonia ,
    Adorei a crônica e li várias vezes.
    Apesar de não morar na Tijuca, foi neste bairro que cresci, estudei no Colégio Cia de Sta. Teresa de Jesus, frequentei os cinemas, paquerei e, enfim, vivenciei tudo como uma tijucana.
    Tenho várias amigas de infância até hoje, cuja amizade teve seu início em tão querido bairro.
    O tempo foi passando e desde a minha infância frequento a Barra da Tijuca,pois era o passeio preferido de meus pais e, assim como eles, fui me rendendo aos encantos das praias e avenidas que na época ainda não eram urbanizadas. Fui me apaixonando pelo local e moro aqui há muitos anos e sou admiradora deste bairro, mas confesso que a Tijuca ainda mora no meu coração.
    Bjs, Sonia São José.

  19. Querida Sonia, um belo texto; parabéns. Acho que você está se perdendo como arquiteta; deveria ser escritora ou, no mínimo, repórter…..

    Eu frequento muito a Tijuca, mas sou carioca da gema, pois nasci em Vila Isabel. Que, alais, fica pertinho da Tijuca…

    Bjs

    A. C. Matheus

  20. Sonia:
    Que lindo!!
    Fiquei emocionada!!
    Tb sou Tijucana de carteirinha e como muitos, tenho um apartamento na Barra da Tijuca, mas nunca consegui me mudar para lá, definitivamente… Barra para mim, é programa de fim de semana.
    Criei minhas filhas na Tijuca e agora, meus netos tb são tijucanos.
    Tb brinquei muito com elas na Praça Xavier de Brito e daqui a pouco, lá estarei com os netinhos.
    O Divino era bem na esquina do colégio onde cursei o ginásio, o Paulo de Frontin.
    Tenho muitas saudades da nossa praça nos velhos tempos e em especial, dos nossos cinemas, mas como o mundo muda, agora moro em frente ao Shopping Tijuca.
    Parabéns pelo resgate!! Chorei de saudades!!
    Bjs, Denise

  21. A todos os amigos, obrigada pelos comentários e, mais uma vez, parabéns à Sonia por ter despertados tantas lembranças boas. Zezé, acho que seus irmãos também irão gostar. Quem sabe passa o link para eles? Monica, já estou esperando a sua crônica. Bj para todos, Andréa

  22. Sonia Fragozo: Adorei!! Pelas lembranças que você me suscitou mas também por descobrir esta sua faceta?!! Vou ficar esperando pelas próximas…

  23. Gostei muito da cronica, das fotos e das lembranças que o artigo me trouxe.
    Nasci na Tijuca, aprendi a nadar no Tijuca Tenis Clube, estudei na nEscola Prudente de Moraes e tambem andei muito de bodinho na Praça Xavier de Brito. Eu ia brincar no parque do Colegio Batista, que era pertinho de onde eu morava, na rua Clovis Bevilacqua.
    Minha mae se formou em professora no Instituto de Educaçao e meu pai foi nadador pelo Tijuca Tenis Clube, onde ganhou varias medalhas.
    So tenho lembranças boas
    Maria Jose

  24. Parabéns Sonia! Que belo retrato do bairro, passado e presente que vai manter viva a memória do bairro. Quem sabe, consiga seguidores para que se faça a memória afetiva e colorida de toda esta cidade que já foi maravilhosa e bairro por bairro volte á ser assim.
    Obrigada por partilhar sua bela memória!

  25. Adorei o texto, Sonia!
    Relembrei minha infância e juventude através de sua crônica, quando passeava nas charretes da praça Xavier de Brito , ia a memoráveis festas juninas e frequentava a "Cinelândia " Da Saens Pena.
    Tive (e ainda mantenho) muitos amigos tijucanos daquela época .
    Obrigada por ter me feito recordar de uma época tão feliz!

  26. Olá amiga, que crônica bem escrita, parabéns! Para quem bem te conhece, não esperaríamos menos… amei a composição, as fotos, suas palavras. Beijos. Uma verdadeira declaração de amor pelo bairro da Tijuca, com um pouco tom de saudosismo, porém muito poético e uma verdadeira aula de história dessa cidade.

  27. Bravo Sonia Fragozo – com Z – que além de distinta pelo nome, também o é pela essência e pela excelência, já que tijuca e de carteirinha. Como conhecí toda a turminha, Seu Calí, Dna. HIlda e os meninos, além da predileta do lar, eternamente sem rumo e portanto sem bússola, folgo, não só, por ter privado da alegre e encantadora companhia de todos mas também de vê-la e revê-la novamente nas terras da Tijuca e, com isso, novamente minha visinha. Lindas lembranças que me remeteram aos dias de Araras e da Professor Lafayette Cortes. Nossa terra tem palmeiras mas tem muitas histórias também e devemos deixa-las grafadas.

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