Morte do Planejamento Urbano no Rio de Janeiro: a desfaçatez continua

Piada popular diz que quando se pensa ter chegado ao fundo do poço, há um alçapão e o buraco á ainda mais fundo. Depois da aprovação de duas leis urbanísticas perniciosas para o Rio de Janeiro, volta a famigerada “mais-valerá”, a irmã mais nova da igualmente má “mais-valia”, que há quase oito décadas assola a paisagem e a moral do Planejamento Urbano-Carioca. Os vereadores, em mais um episódio de “Vale tudo por Dinheiro”, no palco televisivo da Câmara comandado à distância pelo prefeito Eduardo Silvio Santos Paes, em novas canetadas, trouxeram a dita-cuja e outras insanidades para a lista de violações aos índices urbanísticos máximos aprovados pelo Plano Diretor em janeiro último. Infelizmente parece não haver nada a fazer além de enterrar o defunto Planejamento Urbano, que continua a apanhar depois de morto. Urbe CaRioca Vereadores aprovam em discussão final(Leia mais)

A cidade dos ‘puxadinhos’, de Roberto Anderson

Em artigo publicado originalmente no site “Diário do Rio”, reproduzido abaixo, o arquiteto Roberto Anderson aborda o fato de que, apesar de todos os questionamentos, o prefeito do Rio enviou à Câmara de Vereadores mais um projeto de lei de “mais valia”, o PLC nº 88/2022. “As mesmas irregularidades, produzidas por quem as comete na expectativa desse tipo de lei, poderão ser legalizadas”, afirma. Urbe CaRioca Roberto Anderson: A cidade dos ‘puxadinhos’ Link original A aplicação da chamada “mais valia” na Cidade do Rio de Janeiro vem de longe. Ainda como Distrito Federal, a cidade conheceu esse tipo de legislação com o Decreto nº 8.720, de 18 de janeiro de 1946 Em 2005, a Lei 4.176, de autoria do então Vereador Luiz Antonio Guaraná, proibiu a regularização de obras através do instrumento “mais valia” em algumas áreas da Barra da Tijuca(Leia mais)