Metrô do Rio: as gambiarras continuam

Não bastando a Linha 1 espichada “pra Olimpíada” pelo prefeito Pinóquio junto com seus então aliados Sérgio Cabral e Lula pré-prisões (decisão perniciosa que gerou o aproveitamento de licitações proibidas e o inexplicável “bacalhau” na Estação General Osório), a Estação Gávea – que deveria ser ligada diretamente a Botafogo via Jardim Botânico e Humaitá), depois de parali$ada (= dinheiro público rasgado), volta à Berlinda. Podemos rebatizá-la de Estação Bumerangue.

A reportagem de Luiz Ernesto Magalhães publicadano jornal O Globo esclarece porque o apelido faz sentido. Este blog pergunta se os passageiros serão corajosos o suficiente para entrar nos elevadores de alta velocidade com capacidade para 30 pessoas e percorrerem 52 m na vertical.

Urbe CaRioca

Metrô da Gávea: após remover água que encobria obra, estado retoma detonações para concluir estação

Intervenções ainda devem levar três anos até que estação que faltava da Linha 4 seja entregue à população

Por Luiz Ernesto Magalhães — O Globo

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Sem água. Técnicos trabalham no espaço onde está sendo construída a estação — Foto: Ernesto Carriço / Divulgação do Governo do Estado

Mais de oito anos após ser encoberta por 60 milhões de litros de água, a estrutura do que será a futura estação do Metrô da Gávea está finalmente seca. A medida faz parte das intervenções necessárias para concluir a conexão entre as estações de São Conrado e a futura estação da Gávea, que fazem parte da Linha 4 do serviço metroviário. Paralisada em 2016, a obra foi retomada em agosto deste ano, com o processo de esvaziamento do canteiro de obras. A previsão é abrir a estação para o público em julho de 2028.

— Conseguimos concluir o esvaziamento dois meses antes do previsto. A partir desta semana, retomamos as detonações em rocha. Falta abrir 60 metros de túnel, e esse processo deve levar cerca de 11 meses. Isso é necessário porque ainda teremos que retirar o equivalente a 140 mil toneladas de pedras. Nessa etapa, em paralelo, serão instalados trilhos e outras estruturas da futura estação — explicou a secretária estadual de Transportes e Mobilidade Urbana, Priscila Sakalem.

Segundo a secretária, quando for entregue, a expectativa é que a estação receba até 20 mil pessoas por dia. Ela explicou que o processo de esvaziamento foi acompanhado por técnicos, que não detectaram qualquer risco no esvaziamento.

— A retomada do projeto é um exemplo concreto de que a vontade de realizar supera qualquer obstáculo. Estamos olhando para a frente, garantindo que o metrô continue a ser um vetor de transformação do Rio de Janeiro. Construímos um acordo jurídico sólido, capaz de retomar as obras com segurança, transparência e respeito ao dinheiro público — disse o governador Cláudio Castro.

Nesta quinta-feira, o próprio governador acionou o início das detonações em rocha que vão concluir o túnel do metrô da Gávea.

O acordo para término da estação Gávea foi celebrado em abril deste ano. Um dos documentos assinados é um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Por ele, a operadora da Linha 4 desistiu de explorar o serviço, repassando a operação para o MetrôRio, que se compromete a investir R$ 600 milhões na obra. Em contrapartida, o contrato de exploração da linha será estendido por mais dez anos, até 2048.

O projeto que está sendo desenvolvido, porém, é diferente daquele que foi concebido originalmente. Inicialmente, a ideia era que todas as seis estações da Linha 4 — Jardim Oceânico, São Conrado, Gávea, Antero de Quental, Jardim de Alah e General Osório (onde se integra com a Linha 1) — fossem conectadas. No entanto, isso exigiria a retomada de outra frente de obras, que abriria caminho sob o solo com uma máquina conhecida como tatuzão, o que não vai acontecer. Com isso, o passageiro que estiver na Gávea e quiser seguir em direção a Ipanema, e vice-versa, terá que ir até São Conrado e fazer uma baldeação.

Assim como em outras obras do metrô, o que mantém a estação sem água são bombas de sucção. Desligar as bombas e deixar que a água subisse foi uma solução provisória, adotada em agosto de 2016, durante a gestão do então governador Luiz Fernando Pezão. Na época, o governo do estado enfrentava uma grave crise financeira que levou à interrupção de uma série de projetos, além de denúncias de que a construção da Linha 4 do metrô havia sido superfaturada em R$ 3,7 bilhões.

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