NO MEIO DO CAMINHO TINHA UM TRAMBOLHO


IPANEMENSES E TIJUCANOS, UNI-VOS

CONTRA A FEIURA, E LEMBRAI-VOS: LINHA 1  LINHA 4! 
CrôniCaRioca
LE CROISSANT D’IPANEMÁ
Panoramio – Foto: Marcelo Carneiro


O assunto já esteve na imprensa impulsionado pelo espantoso “croissant”, apelido que recebeu a cobertura de um dos acessos do Metrô à Estação General Osório, em Ipanema. Na ocasião, vários outros trambolhos foram lembrados pela mídia escrita em papel, on line, e nas redes sociais.


Pena que na época não surgiu a campanhaIpanemenses, uni-vos contra a feiura“!


O “croissant” foi o campeão da fealdade, quase empatado com a inexplicável estrutura próxima das Avenidas Francisco Bicalho e Presidente Vargas – no Trevo dos Marinheiros. Esta, para completar o mau gosto, à noite fica roxa, um marco permanentemente carimbado de Quaresma!


FORA DE ESCALA
 Página: Sidney Rezende

O MESMO, ILUMINADO POR ALGUM ‘ILUMINADO’, DE ROXO!
Blog Amantes da Ferrovia



Agora vem aí mais um horror: a cobertura de acesso à estação da rua Uruguai da Tijuca, assustadora antes de ficar pronta, é verdade. Mas… Será que melhora? Impossível. Salvo se o leitor gostar do caminhão de concreto mais abaixo.



Acesso à Estação do Metrô na Rua Conde de Bonfim:
Parece um caminhão-cegonha que estacionou na Tijuca.
Será que ficará igual à da montagem abaixo? O caminhão vestido…

O CAMINHÃO DE CONCRETO
Futura estação do metrô na Rua Uruguai, na Tijuca – 
Divulgação
Imagem: Globo On Line – notícia de 19/01/2011 


Ouvi o seguinte comentário: “Um arquiteto que projeta esse andaime como marco de estação de metrô só pode odiar sua Cidade! E a Prefeitura… Autorizou isso no passeio? Ai do pobre cidadão se resolver ‘ enfeitar’ sua calçada… Cadê, pelo menos, os arquitetos tijucanos”?


Tem razão o comentarista. A hora é esta: “Tijucanos, uni-vos contra a feiura“!


Lembrei-me do caso de duas amigas que, visitando Paris, ficaram paradas em frente a uma loja esperando  o ônibus que as levaria para um passeio. O dono da loja foi até à calçada e pediu que elas se retirassem porque estavam atrapalhando a visão – pelos transeuntes – da sua vitrine – dos produtos, portanto! – , e que prejudicariam as vendas!



CADÊ A LOJA QUE ESTAVA AQUI? O JORNALEIRO COMEU!
Imagem: Internet

CADÊ A CALÇADA QUE ESTAVA AQUI? A BANCA COMEU!
Imagem: Blog Carlos Emerson Jr.



Aqui, entre os trambolhos de toda natureza estão bancas de jornal, enormes e desproporcionais aos espaços tampam lojas e letreiros sem a menos cerimônia. O francês não poderia mandar que elas – as bancas – se retirassem!



Internet



Pelo menos os abrigos nos pontos de ônibus, são bonitos. Pena que em alguns casos ocupem quase toda a calçada, imprensados entre o meio-fio e as grades instaladas na frente dos edifícios. E em outros a transparência dos vidros tenha sido eliminada. Como sempre, a feiura da propaganda, a invenção que se sobrepõe a tudo. Somos marquetingue-addicts, parece! Não mais se vive sem ela!




DO JEITO QUE VAI DEMORAR PARA IR DA BARRA AO CENTRO,
ATÉ A PETULA CLARK VAI DORMIR NO METRÔ, SENTADA OU EM PÉ



Mesmo sendo este papo sobre as feiuras do Metrô, fora a parte estética vale recordar o erro grosseiro de abandonar tanto a conclusão da Linha 2 quanto a construção da Linha 4 (Centro-Barra via Botafogo, Humaitá e Jardim Botânico), e esticar a Linha 1 rebatizando-a de 4: desrespeito à população carioca e aos que mais precisam do transporte público.







Um dos textos a respeito foi Mais Metrô 11 – Linha 1, Estação N. S. da Paz e Linha 4. Há muitos outros.


Quanto a esse aspecto, o Blog se esgoelou, Miguel Gonzalez explicou, Reclamilda ensinou, e de nada adiantou. As obras prosseguem, inclusive quanto à ampliação da Estação General Osório cujo projeto chegou a ser questionado: os dois níveis, as distâncias a serem percorridas, fazer baldeação para seguir em frente, o enorme custo, etc.


A Estação, hoje terminal da Linha 1 – a mesma que ficou superlotada no Carnaval -,  foi fechada a assim permanecerá por 10 meses! Obra que não existia por ser desnecessária no projeto original e que foi “inventada” devido à decisão do governo estadual de fazer um puxadinho na Linha 1! Árvores e mais árvores ao chão!



Charge – Latuff 2011
Internet




Agora só relaxando, como diria a famosa ministra. O Tatuzão vai entrar em ação – não, não é o Fuleco (cruzes!) é outro tipo de bicho, importado. Aliás, os Fulequinhos serão chineses, sabia? Indústria nacional que é bom…


Quanto a mim, pretendo usar o Metrô da Linha 1 espichado, renomeado, lotado, elitista geograficamente, mesmo com a companhia pedindo para depois que ficar pronto a gente não use transporte público (!!!). Não é isso o que diz a placa?


ENQUANTO NÃO FICA PRONTO, UTILIZE OS TRANSPORTES PÚBLICOS (!)
E QUANDO FICAR PRONTO, NÃO UTILIZE?
Imagem: Skyscrapercity


Aviso logo: que ponham paramédicos e ambulâncias nas estações porque com o sufoco, logo desmaio, igual aos dos sofridos usuários da Linha 2. Ninguém conta na imprensa, mas minha amiga que usa, sempre vê, até grávidas!



Adiante, três outros exemplos de trambolhos cariocas.



E durma-se com tantos trambolhos desses!!!




GAIOLA
Acesso do metrô no Largo do Machado, com entrada gradeada
Foto Danilo Magalhães em Portal Vitruvius

PARENTE PRÓXIMO DO ARROXEADO
Panoramio
TAMBÉM EM IPANEMA
Skyscrapercity

  1. TRAMBULHÃO
    Ora,ora… como é bonita a alegria dos cariocas que adoram fazer refeições no passeio junto ao AMARELINHO e demais bares da Cinelândia, obrigado passantes, com deficiencias ou não, a caminharem na pista de rolamentos pavimentada com paralelepípedos.
    Um bela demonstração da descontração como os cariocas curtem a DESCOM-POSTURA.

    http://i1.r7.com/data/files/2C92/94A4/2EC2/8A9F/012E/CAD1/CD15/04CB/amarelinho_interna.jpg

  2. Carla, obrigada pelo comentário. De tudo o que anda por aí (ou melhor, fica parado…) gosto do modelo dos abrigos nos pontos de ônibus. Até esses conseguiram estragar com propaganda no lugar indevido ou má localização em calçadas estreitas. É uma pena, sei que a cidade é enorme e as dificuldades, muitas. Mas acho que as brigas de egos prejudicam muito, assim como a falta de humildade em reconhecer que algo ficou péssimo e mandar substituir. Fora, é claro, outras estranhezas que certamente há e a gente nem sonha. Acho que devferia haver alternativas, por exemplo, mobiliário urbano específico para as áreas preservadas. bj

  3. Não adianta, não existe criatividade, quando existe um protótipo, se espalha logo pelos arredores como opção unica. Não interessa se nada ver com o entorno. É esse e acabou. Fim de papo!

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