Sempre o Gabarito – Presente de Natal. De: Prefeito Para: Zona Sul

Muito retratado por suas belezas, o charmoso bairro de Ipanema pode perder (literalmente) parte de sua luz natural. As licenças para a construção de dois mega edifícios no bairro, com quase 80 metros de altura e capazes de estender suas sombras às areias da praia mais emblemática da Zona Sul do Rio, foram liberadas novamente pela Prefeitura do Rio. As obras só foram possíveis após a chamada “lei dos puxadinhos” ( Lei Complementar nº 274/2024), que permitiu, entre outros pontos, a mudança no gabarito (altura) de prédios em partes da cidade. No entanto, uma legislação anterior determina que imóveis não podem fazer sombra na orla.

Urbe CaRioca

Prefeitura libera a construção de prédios que podem fazer sombra na Praia de Ipanema

Berenice Seara – Tempo Real RJ

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Simulação feita por urbanistas de como ficariam os dois prédios, com mais de 80 metros de altura, cuja construção foi novamente liberada pela Prefeitura do Rio – Reprodução

As licenças para a construção de dois mega edifícios em Ipanema, com quase 80 metros de altura e capazes de estender suas sombras às areias da praia mais emblemática da Zona Sul do Rio, foram liberadas novamente pela Prefeitura do Rio.

A polêmica veio à tona em agosto, quando as licenças foram inicialmente concedidas.

Os construtores do Vista Ipanema, na Rua Prudente de Morais, e o Alma Ipanema, na Rua Visconde de Pirajá, usaram como base a Lei Complementar 274/2024 (conhecida como Lei dos Puxadinhos) — que permitiu a mudança de gabarito em alguns pontos da cidade.

Urbanistas e moradores do bairro, por sua vez, acusam os projetos de descumprirem legislação anterior, que proíbe a construção de imóveis que façam sombra na praia. Fizeram uma campanha nas redes sociais e um abaixo-assinado em protesto. Em novembro, as obras foram embargadas.

Um mês depois, porém, já estão de novo liberadas.

Consultada para saber o que mudou no projeto, que deu margem à concessão das licenças, a Secretaria municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico respondeu por meio de nota:

“Informamos que o embargo e a liberação posterior da obra cumprem as regras da legislação em vigor na cidade do Rio de Janeiro. Os projetos têm sido licenciados segundo as normas urbanísticas e ambientais municipais aplicáveis”, diz o texto.

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