Vista de como ficará o Estádio de Remo da Lagoa para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, segundo o Dossiê de Candidatura. (Página EGP-Rio) |
As arquibancadas que a Prefeitura / Comitê Rio 2016 pretende construir sobre o espelho d’água da Lagoa Rodrigo de Freitas – alegada a necessidade para os Jogos Olímpicos devido às provas de remo e canoagem – continuam a gerar discussões.
Comentamos o assunto na postagem de 15/10/2014* LAGOA RODRIGO DE FREITAS – O REMO E OS TRAMBOLHOS PROVISÓRIOS PERMANENTESe, em 12/02/2015 em LAGOA RODRIGO DE FREITAS, AINDA OS TRAMBOLHOS E OS JOGOS.
Trecho do post de 12/02/2015
‘Na postagem anterior mais recente mencionamos o projeto para a construção de arquibancadas sobre o espelho d’água da poluída Rodrigo de Freitas, conforme constava da página do Esc. de Gerenciamento de Projetos do Governo do Rio de Janeiro (EGP-Rio). No mesmo tema, cerca de um mês depois transcrevemos o comunicado do movimento S. O. S. Estádio de Remo que pode ser conhecido AQUI.
No início de janeiro/2015 o jornal O Globo divulgou uma nota segundo a qual “Depois de muita polêmica foi reduzido de dez para quatro mil lugares o projeto de construção de uma arquibancada temporária sobre o espelho d’água da Lagoa, palco de competições de remo e canoagem durante as Olimpíadas. Nos Jogos anteriores, estas competições eram afastadas. No Rio, elas se darão num dos cartões-postais da cidade”.
Pode ser um caso típico de “retirar o bode da sala”. Por outro lado, a notícia de que as obras estarão prontas em daqui a 8 meses, também divulgada pela imprensa, não menciona porte da construção nem características de projeto, embora a ilustração da reportagem seja idêntica à anterior.’
Vista do espelho d’ água a partir do Estádio de Remo da Lagoa Rodrigo de Freitas, paisagem que será obstruída pelas arquibancadas que se pretendo construir “prá Olímpíada”. |
Na última sexta-feira foi um dos itens lembrados em ENTRE BANCOS, PLACAS, TRAMBOLHOS, UFAs E REMOÇÕES… DE PESSOAS, neste blog, quando mencionamos o toldo que se eterniza sobre a arquibancada mais baixa (segundo bloco do Complexo do Estádio de Remo da Lagoa, reconstruído com altura superior à permitida), contrariando as normas urbanísticas e de proteção do patrimônio cultural da cidade que protegem a ambiência da Lagoa, bem tombado em nível municipal e federal.
Coincidentemente, um dia após, o jornal O Globo informou que uma liminar da Justiça Federal proibiu a referida construção, decisão que “tem caráter preventivo e impede que as intervenções comecem até que sejam sanadas todas as dúvidas a respeito das medidas de proteção ao patrimônio e ao meio ambiente” segundo a reportagem.
Abaixo estão os links para a proposta de ação civil pública do MPF com pedido de liminar, e a decisão da 29ª Vara Federal do Rio de Janeiro (arquivos pdf).
Agradecemos à AMAJB pela gentileza do envio desses documentos ao blog, para divulgação.
Urbe CaRioca
PROPOSTA DE AÇÃO CIVIL PÚBLICA DO MPF (cópia da inicial)
*NOTA
Em 19/10/2014 a imprensa (OG) publicou reportagem ampla sobre o projeto para construir arquibancadas sobre o espelho d’água da Lagoa Rodrigo de Freitas e informou que o caso estava sendo questionado pelo MPRJ.