O vai-e-vem do Jardim de Alah

Quem dera o projeto se fosse para nunca mais voltar. Urbe CaRioca Justiça volta a autorizar obras do projeto de revitalização do Jardim de Alah O MP tinha recorrido da decisão que autorizou o início dos trabalhos Por Ancelmo Gois – O Globo Link original O Consórcio Rio + Verde, vencedor da licitação municipal de revitalização do Jardim de Alah, entre o Leblon e Ipanema, obteve há pouco outra vitória na Justiça. O desembargador Sergio Seabra Varella, da 4ª Câmara de Direito Público do TJ do Rio de Janeiro, negou o pedido do Ministério Público para suspender a sentença que autorizou o início das obras. É que mês passado a juíza Regina Lucia Chuquer, da 6ª Vara de Fazenda do Rio, permitiu a retomada das intervenções. O MP então resolveu recorrer da decisão – que agora foi mantida. O consórcio(Leia mais)

Tirolesa: A Justiça é cega

Cientes da decisão proferida ontem pela Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça que derrubou o embargo à construção da tirolesa no Pão de Açúcar, com quatro votos favoráveis e um contrário à retomada do projeto, divulgamos a nota oficial publicada pelo Movimento Pão de Açúcar Sem Tirolesa. Urbe CaRioca Nota Oficial – Movimento Pão de Açúcar Sem Tirolesa Rio de Janeiro 10 de junho de 2025. Nós, do Movimento Pão de Açúcar Sem Tirolesa, lamentamos profundamente a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que não reconheceu o recurso especial interposto na Ação Civil Pública contra a instalação da tirolesa no Pão de Açúcar. Desde o início, sabíamos que essa luta não seria fácil nem rápida. Muitos desacreditaram, e ainda hoje há quem desconsidere a força de uma mobilização que já reúne mais de 52 mil assinaturas e mais(Leia mais)

Jardim de Alah: considerações de Sonia Rabello

Sonia Rabelo, professora e jurista De área verde a vitrine de concreto disfarçada de revitalização O jardim, cujo projeto prevê a sua mutilação e descaracterização, revela o total desprezo do governo municipal, e de uma elite midiática, pelos jardins e bens públicos tombados. Jardim histórico é JARDIM, inclusive com suas árvores e plantas exóticas, resultado de seu projeto paisagístico histórico, pois ali não é Mata Atlântica, (óbvio ululante…). É, sim, um jardim histórico paisagístico tombado, que será mutilado, e descaracterizado! Difícil de entender ou precisa desenhar? É assim nos JARDINS públicos no mundo afora, como no Central Park, no Hyde Park, no Parque do Flamengo, no Ibirapuera, nos jardins de Pequim, de Xian, Buenos Aires, de Mendonza, de Berlim, de Viena, nos inúmeros jardins de Paris, etc., etc., etc. Estamos nas mãos da Justiça: será que ela nos dará tempo(Leia mais)

Jardim de Alah: Justiça autoriza obra em meio à polêmica sobre concessão

A recente autorização judicial para o início das obras de revitalização do Jardim de Alah, na Zona Sul do Rio de Janeiro, reacende um debate fundamental sobre o equilíbrio entre requalificação urbana, interesses comerciais e a garantia de direitos coletivos. A decisão de ignorar o pedido de paralisação do Ministério Público levanta questionamentos sobre a transparência do processo, a participação efetiva da população local e o risco de mercantilização de um espaço público emblemático. A concessão à iniciativa privada, que permitirá a exploração econômica do parque por 35 anos, exige uma análise crítica dos impactos sociais e urbanísticos que podem advir da transformação de um bem coletivo em produto de consumo. Urbe CaRioca Justiça autoriza início das obras de revitalização do Jardim de Alah Parque entre Leblon e Ipanema tem 95 mil metros quadrados. O investimento total será de R$(Leia mais)

A Canetada: mais poder que Alah

Andréa Albuquerque G. Redondo O de Alah, o do Flamengo: análise e relato Os que acompanham este blog Urbe CaRioca conhecem a minha história profissional. Arquiteta da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Durante mais de três décadas trabalhei nos setores de licenciamento de obras civis particulares, participei da elaboração de leis urbanísticas, e atuei nos órgãos de proteção do Patrimônio Cultural edificado. No início da carreira limitava-me a analisar o potencial construtivo dos terrenos e aprovar a construção de edifícios, função a mim destinada. Orientada com a firmeza de Newton Machado, Luiz Carlos Velho e Vilma Muricy, entrei no mundo das leis que regem o uso do solo. Mais adiante, com Flávio Ferreira, Sérgio Magalhães, Luiz Paulo Conde, Evelyn Furquim Werneck Lima, André Zambelli, Sonia Rabello e dezenas de outros colegas, aprendi a olhar a cidade como um(Leia mais)

Pobre Jardim de Alah

Ontem publicamos o texto de André Decourt – Não só 130 árvores – sobre as construções que a Prefeitura aprovou para serem erguidas no Jardim de Alah, uma área pública, praça, espaço destinado a que população o usufrua. André menciona o artigo de Cora Rónai – Muito barulho para pouca árvore -, publicado no jornal O Globo do mesmo dia. Ao conhecer a opinião da respeitada jornalista, de imediato indaguei-me sobre qual seria a visão caso as construções fossem feitas na beira da Lagoa Rodrigo de Freitas, que lhe é tão cara, próximas do prédio onde mora, pois tombado o jardim também é. No caderno Opinião da mesma edição está o artigo de Franco Nascimento – Apenas Jardim de Alah – carregado de ironia e lugares comuns, tomados exclusivamente pela esperança de que que se resolva a questão social antiga(Leia mais)

Morro Dois Irmãos, estranhas asas

Há alguns meses notamos a presença de elementos estranhos no contorno no belíssimo Morro Dois Irmãos, interferência na paisagem vista dos bairros Lagoa, Leblon e Gávea. Na ocasião não encontramos referências a respeito na grande mídia, e acreditamos tratar-se de proteção provisória durante a realização de algum tipo de obra. Para desagradável surpresa, soubemos que os elementos nascidos na encosta com desenho semelhante a asas (do ângulo mostrado nas fotos acima) são permanentes, obra realizada pelo Governo Estadual, conforme explica a reportagem do último dia 27 de junho do jornalista Ítalo Nogueira, publicada na Folha online. Causam espécie o descaso para com a paisagem natural do Rio de Janeiro, o maior bem da cidade, com o patrimônio cultural protegido pelo instituto do tombamento em nível federal, a resposta da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico da Prefeitura isentando-se de(Leia mais)

Mais uma ato de vandalismo contra o patrimônio cultural

Em sua página no Facebook, o arqueólogo Claudio Prado De Mello denuncia mais um ato de vandalismo contra o patrimônio cultural, desta vez no Cemitério do Caju. Urbe CaRioca “Recebemos pelo Brigada do Patrimônio (21-98913-1561) a informação de que as concessionarias ligadas aos Cemitérios Históricos do Rio de Janeiro estão arrancando e quebrando todos os ornamentos e vasos de mármore Carrara dos cemitérios do Caju . Essas fotos foram enviadas pelo preservacionista Marcos Costa que relata que elas são do Cemitério de São Francisco da Penitência . Infelizmente, o Rio de Janeiro caminha no sentido oposto ao da preservação do patrimônio. Em 2022, fizemos inclusive um encontro com vias a elaborar o inventário do patrimônio cemiterial fluminense. Antes, em 2021 apresentamos ao MPF e ao MPE um relatório detalhadíssimo e alegando que os cemitérios não são tombados, declinaram e assim(Leia mais)

APACs – Tema de editorial hoje

As Áreas de Proteção do Ambiente Cultural -APACs são tema de editorial no Jornal O Globo. O veículo prega a sua preservação, ameaçada por um artigo do novíssimo novo-velho Plano Diretor, dispositivo legal que o Prefeito não usará, afirma, embora tenha tido o cuidado de não vetá-lo. Garante assim a possibilidade de adotá-lo ao sabor de futuros interesses, mudando de ideia como troca de camisa no Carnaval. Cabe dar os parabéns ao jornal carioca, lamentando, todavia, que a mesma atitude não tenha sido tomada no caso da violência que será cometida contra o Jardim de Alah, em vias de se tornar mais um Centro Comercial, ladeado por lojas vazias, calçadas abandonadas e mendigos largados ao longo de pedras portuguesas sujas e destruídas. É o urbanismo careca-cabeludo, como apelidado por este blog. (Abaixo do texto, links para os artigos citados). Urbe(Leia mais)

Prédio do antigo Automóvel Club, que venha a recuperação!

Após anos entre ao abandono e alvo de inúmeros questionamentos sobre o seu destino, uma joia do nosso patrimônio histórico, o prédio do Automóvel Club no Centro do Rio poderá finalmente ter a sua revitalização posta em prática. Segundo publicação no O Globo, um espaço para estudo sobre Inteligência Artificial será instalado no local. O espaço já passa por ações de renovação e a previsão é que a inauguração ocorra no próximo ano. Não é a primeira vez que se anuncia a recuperação da construção magnífica. É desejável que possa haver acesso do público para conhecer parte da história da nossa cidade. Que se realize em breve! Urbe CaRioca Em parceria com a prefeitura, Coppe vai instalar hub de inteligência artificial no Automóvel Club Por Felipe Grinberg — O Globo Link original Em parceria com a prefeitura do Rio, o(Leia mais)

Notícia sobre a obra para Tirolesa no Pão de Açúcar

A quem interessar, notícia recebida de um leitor deste blog sobre a ordem para paralisar as obras com vistas à instalação de quatro cabos entre o Pão de Açúcar e o Morro da Urca como parte do brinquedo conhecido como Tirolesa, entre outras intervenções construtivas – demolição ou construção de novos elementos. TIROLESA NO PÃO DE AÇÚCAR – Despacho-Decisão 01-06-2023 – íntegra Urbe CaRioca