Contribuintes arcarão com custos milionários para a retirada de estrutura no Gasômetro ?

Ontem, terça-feira, foi publicada a notícia de que o Clube do Flamengo, ao que tudo indica, teria que assumir a responsabilidade de arcar com a transferência de uma megaestrutura pertencente à CEG e à CEG-Rio no que diz respeito à viabilidade do terreno destinado à construção do seu estádio, na região do Gasômetro, no Rio. O custo dessa operação estaria estimado em aproximadamente R$ 100 milhões.

De imediato, nos indagamos. Será que o prefeito Eduardo Paes vai pagar? Isto é, nós, os contribuintes? Será que o prefeito Eduardo Paes dará continuidade a essa insanidade?

A resposta veio célere. Sim. Sem respirar, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, foi às redes sociais esclarecer que o Flamengo não precisará arcar com custos, afirmando que a Prefeitura assumirá a questão. Do nosso bolso, mais dinheiro público ainda será carreado para o Clube Flamengo, uma construção desnecessária, inadequada, prenúncio de caos e insegurança aumentados na região.

Urbe CaRioca

Eduardo Paes diz que Flamengo não precisará arcar com custos de retirada de estrutura no Gasômetro

De acordo com o atual prefeito, o município será responsável pelos gastos da remoção de megaestrutura de gás

O Globo – Link original

Área do antigo Gasômetro, ao lado do Terminal Gentileza, onde Flamengo quer construir seu estádio — Foto: Márcia Foletto

O Prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, foi às redes sociais na noite desta terça-feira esclarecer que o Flamengo não precisará arcar com custos de aproximadamente R$ 100 milhões referentes à retirada de uma megaestrutura pertencente à CEG e à CEG-Rio, no Gasômetro. No local, o rubro-negro planeja construir o seu estádio.

— Estão me fazendo defender o Flamengo mais do que eu gostaria: que fique claro que esse não é o custo desta transferência e quando ela acontecer será de responsabilidade da prefeitura do Rio, que sabe que essa estrutura não pode estar em uma área que já vem recebendo tantos edifícios residenciais. Está em nossos planos há tempos! O Flamengo terá seu estádio novo ali no Gasômetro com toda a qualidade e segurança que a região exige e merece. Ponto final! — escreveu o prefeito na rede social Threads.

Mais cedo, o blog de Ancelmo Gois noticiou que as empresas ligadas à Naturgy notificaram a Agência Reguladora sobre o impasse.

Má notícia para o novo estádio do Flamengo: remoção de megaestrutura de gás pode custar R$ 100 milhões ao clube

Empresas responsáveis pela distribuição de gás na cidade do Rio notificaram agência sobre riscos à operação caso infraestrutura seja removida pelo Rubro-negro

Por Nelson Lima Neto – O Globo

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Não são boas as notícias para o Flamengo em relação à viabilidade do terreno destinado à construção do seu estádio, na região do Gasômetro, no Rio. Ao que tudo indica, caberá ao Rubro-negro a responsabilidade de arcar com a transferência, veja só, de uma megaestrutura pertencente à CEG e à CEG-Rio, companhias que integram a multinacional Naturgy, concessionária de gás encanado, que atualmente ocupa parte da área. O custo dessa operação está estimado em aproximadamente R$ 100 milhões.

Em 30 de agosto, as empresas notificaram a Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio (Agenersa) sobre o impasse. Informaram que o imóvel situado na Av. São Cristóvão, nº 1.200, integra o terreno do futuro estádio, apesar das cessões de uso acordadas com o governo do Estado do Rio.

Elas destacam que o “imóvel em questão abriga galpões, depósitos, laboratórios e gasodutos em suas proximidades, além de uma Estação de Regulagem e Medição, responsável pelo fornecimento de gás para grande parte das zonas Norte, Sul e do Centro da cidade do Rio de Janeiro, atendendo cerca de 400 mil consumidores”.

Ao tomar ciência da situação, a Agenersa estabeleceu um prazo de sete dias, a partir de 11 de setembro, para que as concessionárias apresentem relatórios detalhando “o custo estimado para a realocação da Estação de Regulagem e Medição, dos laboratórios e demais instalações ainda em operação no local”, assim como o tempo necessário para essa transferência.

Informalmente, representantes das empresas iniciaram diálogos com membros da Prefeitura do Rio para esclarecer como foi conduzido o processo de desapropriação do terreno e quem assumiria os novos custos. Imediatamente, foi informado ao município que os relatórios devem indicar uma despesa adicional em torno de R$ 100 milhões para a remoção de toda a estrutura. As análises definitivas devem ser concluídas ainda nesta semana.

Sobre quem arcará com os custos, as concessionárias foram informadas de que essa responsabilidade será do Flamengo. Em um dos anexos do contrato de compra e venda do terreno, está previsto que caberá ao clube o pagamento das despesas extras. A cláusula, entretanto, não especifica um limite.

Preocupação extra

Ao narrar a situação à Agenersa, a Naturgy informa que as estruturas para distribuição de gás na cidade do Rio já podem ser demolidas pelo Flamengo caso seja emitida a emissão de posse. Dizem também que o município cometeu um equívoco ao informar, em edital, que as áreas estão desocupadas.

“Nas intermediações desse terreno passa também um gasoduto que transporta gás natural canalizado para grande parte desta cidade, o que poderá gerar riscos de acidentes e desabastecimento de gás em toda a região da grande Tijuca, Zona Sul e Centro da cidade, caso não seja realizada a manutenção devida em dias de jogos. Os gasodutos são de alta pressão, e a sua remoção, além do risco de gerar a interrupção do serviço de distribuição de gás, apresenta grandes riscos para os próprios funcionários das peticionantes”, diz documento produzido pela concessionária.

 

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