Recreio dos Bandeirantes: com desordem e sem fiscalização

Mar de lixo na praia do Recreio depois de evento não autorizado pela Prefeitura /Foto: Reprodução

Neste domingo, a praia do Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste, mesmo sem a devida autorização pela Prefeitura, foi palco de um show que reuniu milhares de pessoas sob o escaldante calor do Verão carioca. E hoje, dia 16 de janeiro, o cenário constatado era desalentador, toneladas de lixo espalhado pela orla, garrafas de vidro e trabalho mais do que redobrado para os garis responsáveis pela manutenção do local.

Apesar do dia propício para o banho de mar e o lazer mais do que merecido, as atividades ilegais desamparadas pela falta de estrutura e fiscalização pelos órgãos competentes acarretam imensos transtornos para toda a população que transita pela região, seja ou não residente do bairro. Nesta segunda-feira, o prefeito Eduardo Paes publicou em sua rede social que o respectivo evento foi promovido por um grupo musical mesmo após o indeferimento à solicitação para a realização do mesmo.

Segundo o portal G1, a Secretaria Municipal de Ordem Pública do Rio (Seop) e a Guarda Municipal afirmaram que houve ações de ordenamento urbano e controle de trânsito no Recreio dos Bandeirantes ao longo do fim de semana. E que foram registradas 172 multas e 12 carros foram rebocados por estacionamento irregular. A Comlurb, empresa de limpeza urbana do Rio de Janeiro, afirmou que retirou 68 toneladas de lixo da Praia do Recreio no domingo. A empresa afirmou que multou um quiosque que fazia um evento musical, porque não removeu o lixo gerado.

Ainda que as atividades não tenham tido a sinalização positiva pela Prefeitura para a sua realização, isso não isenta as autoridades municipais no que tange à fiscalização de forma mais incisiva, sobretudo por parte da Seop diante de um evento não autorizado e que se estendeu por horas, gerando reflexos durante e após a sua ocorrência.

O episódio retrata, mais uma vez, a falta de responsabilidade de vários agentes presentes (e ausentes), a começar pela falta de ações de fiscalização para o impedimento do evento durante a sua ocorrência, o não respeito do grupo promotor das ações, confrontando-se com o indeferimento da Prefeitura e, por fim, mas não menor, falta de zelo com o espaço público pelos milhares de frequentadores presentes ao espetáculo dominical.

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