No último dia 9 de junho, divulgamos a carta do leitor André Decourt de Amorim Costa, publicada no jornal O Globo, na qual relatou a construção de uma estrutura para a instalação de uma lanchonete na aleia principal do Cemitério São João Batista, cujo portão é bem cultural tombado pelo município.
“Trata-se de uma lanchonete de uma das franquias de mate e salgados, construída no meio do cemitério e bloqueando túmulos de vários militares mortos na Guerra do Paraguai, ou seja, os primeiros enterros no cemitério no século XIX”, destaca o leitor.
As fotos acima foram tiradas nesta terça-feira, dia 13 de junho, e mostram a incoerência de uma incompreensível construção de tal natureza em uma espaço silencioso que acolhe com dignidade aqueles que por ali passam para homenagear os seus entes queridos. Sem dúvida, deve haver lugar nos salões junto à entrada que comporte esse pequeno estabelecimento.
Nota: Durante a preparação desta postagem fomos surpreendidos com a notícia de que o Prefeito pretende demolir a construção, uma declaração alvissareira entre tantas barbaridades urbano-cariocas sem solução e até incentivadas, como as leis da ‘mais-valia’ e um Plano Diretor que não serve para nada. Parabéns, prefeito, e aproveitamos para dizer que o ‘mal’ do seu tweet se escreve com ‘u’ e não com ‘l’. E que as leis urbanísticas que o sr. aprova fazem mal ao Rio de Janeiro. Com ‘l’. Respeitosamente.
Urbe CaRioca
Nesta quarta-feira, o prefeito Eduardo Paes publicou em uma rede social que se em 48 horas a estrutura não for demolida, a Prefeitura executará a medida.
Se não demolir em 48hs, a prefeitura vai lá e faz! E multa pesada. É uma mistura de desrespeito, burrice, mal gosto com falta de civilidade e empatia. 🤬😡 pic.twitter.com/JZPQe9FdKz
— Eduardo Paes (@eduardopaes) June 14, 2023