Há três dias, o Informe Gloriano publicou a nota abaixo, a respeito dos eventos públicos simultâneos realizados no bairro da Glória. As visões e o opiniões a respeito variam, conforme comentários na postagem original em redes sociais.
Urbe CaRioca
Nota Pública – Sr. Prefeito Eduardo Paes

O Informe Gloriano manifesta profunda insatisfação com os eventos simultâneos autorizados para hoje e com a repetição constante desse cenário, que há meses transforma a Glória em um ambiente caótico, incompatível com a rotina de um bairro residencial.
Desde sábado, atividades com som excessivo na região dos clubes náuticos já afetavam os moradores. Hoje, ainda de madrugada, por volta de 5h30, um trio-elétrico em volume extremo acordou todo o bairro e seguiu até cerca de 13h. Em sequência, um evento musical na Praça Paris manteve o ruído contínuo, enquanto a Praça Marechal Deodoro recebia outra atividade sonora. Somaram-se ainda uma roda de samba na Praça Edson Cortes, um bloco clandestino e diversos outros focos de barulho, resultando em um dia inteiro de perturbação, desordem e aglomerações.
A situação tornou-se especialmente grave na Escola Deodoro, onde ocorria a prova do ENEM. Alunos realizaram uma avaliação decisiva sob forte poluição sonora, comprometendo concentração e desempenho — cenário absolutamente inaceitável.
Os moradores da Glória não são contrários à realização de eventos e reconhecem sua importância para a cidade. O que falta é equilíbrio. Não há justificativa para a sobrecarga imposta a um bairro com menos de 9 mil residentes e infraestrutura limitada, submetido, em um único dia, a feiras, sambas, blocos, corridas, festas em praças e bares operando acima do volume permitido. É um desequilíbrio que compromete descanso, ordem urbana e qualidade de vida.
É urgente que a Prefeitura revise sua política de autorizações, considerando a capacidade do bairro. Concessões sem avaliação de impacto penalizam diretamente quem vive aqui, sendo indispensável também reavaliar a efetividade do 1746, cuja fiscalização raramente ocorre nos momentos em que o problema se manifesta.
A Glória pode ser vibrante sem comprometer o direito ao repouso. Trata-se, acima de tudo, de uma questão de saúde pública — que exige empatia, sensibilidade e respeito.
