Tirolesa: A Justiça é cega

Cientes da decisão proferida ontem pela Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça que derrubou o embargo à construção da tirolesa no Pão de Açúcar, com quatro votos favoráveis e um contrário à retomada do projeto, divulgamos a nota oficial publicada pelo Movimento Pão de Açúcar Sem Tirolesa. Urbe CaRioca Nota Oficial – Movimento Pão de Açúcar Sem Tirolesa Rio de Janeiro 10 de junho de 2025. Nós, do Movimento Pão de Açúcar Sem Tirolesa, lamentamos profundamente a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que não reconheceu o recurso especial interposto na Ação Civil Pública contra a instalação da tirolesa no Pão de Açúcar. Desde o início, sabíamos que essa luta não seria fácil nem rápida. Muitos desacreditaram, e ainda hoje há quem desconsidere a força de uma mobilização que já reúne mais de 52 mil assinaturas e mais(Leia mais)

Jardim de Alah: considerações de Sonia Rabello

Sonia Rabelo, professora e jurista De área verde a vitrine de concreto disfarçada de revitalização O jardim, cujo projeto prevê a sua mutilação e descaracterização, revela o total desprezo do governo municipal, e de uma elite midiática, pelos jardins e bens públicos tombados. Jardim histórico é JARDIM, inclusive com suas árvores e plantas exóticas, resultado de seu projeto paisagístico histórico, pois ali não é Mata Atlântica, (óbvio ululante…). É, sim, um jardim histórico paisagístico tombado, que será mutilado, e descaracterizado! Difícil de entender ou precisa desenhar? É assim nos JARDINS públicos no mundo afora, como no Central Park, no Hyde Park, no Parque do Flamengo, no Ibirapuera, nos jardins de Pequim, de Xian, Buenos Aires, de Mendonza, de Berlim, de Viena, nos inúmeros jardins de Paris, etc., etc., etc. Estamos nas mãos da Justiça: será que ela nos dará tempo(Leia mais)

Sempre o gabarito: velhas novidades

Uma disputa silenciosa — mas feroz — tomou conta dos bastidores da política de urbanismo carioca. Em meio à aprovação da nova Lei dos Puxadinhos, uma única emenda conseguiu desagradar o prefeito Eduardo Paes a ponto de ser vetada: a autorização para construir um espigão de 30 andares em terreno originalmente reservado para escola ou creche, na Barra da Tijuca. Proposta pelo veterano vereador Jorge Felippe, o “jabuti” causou confusão até entre aliados e reacendeu o debate sobre os limites da negociação política no Legislativo municipal. O veto, anunciado por Paes em um grupo de mensagens com vereadores, revela um jogo de forças onde até a minoria tem poder para mandar — e onde a pressão por aprovações compromete, mais uma vez, o planejamento urbano da cidade. A desfaçatez do prefeito e dos vereadores é ilimitada. Mais-Valia, Mais-Valerá, Jardim de(Leia mais)

O ZeitGeist, a Arquitetura brasileira e a Ordem do Mérito Cultural, de Sérgio F. Magalhães

Após anos de deterioração e mais de seis de obras, a restauração do Palácio Capanema, antigo Ministério de Educação e Saúde e, posteriormente, Ministério da Educação e Cultura, foi concluída em parte e inaugurado em cerimônia que agraciou com honrarias vários representantes pela difusão da cultura brasileira. A análise atenta do arquiteto Sérgio Ferraz Magalhães, ex-Secretário Municipal de Habitação e ex-Presidente do IAB-RJ, é oportuna: resgata os nomes dos responsáveis pelo projeto inovador, autores do belo espaço onde outros foram lembrados. Talvez fosse o caso de se criar a Ordem ao Mérito especial e específica para os que ergueram o espaço que nesta semana abrigou políticos, músicos, atores de teatro, cinema e televisão. Justa homenagem a arquitetos, então jovens pioneiros, que levaram o nome do Brasil mundo afora através desta e de outras realizações de reconhecida importância.  Urbe CaRioca O(Leia mais)

Abaixo-assinado: Revitalizar sem descaracterizar o Jardim de Alah

O Jardim de Alah, na Zona Sul carioca, não precisa deixar de ser um jardim, para ser bem cuidado. Não precisa de concreto, restaurantes e lojas. O local é patrimônio da cidade! Uma liminar suspendeu qualquer intervenção no local até que o projeto seja autorizado em todas as instâncias. Pelo que foi mostrado até aqui, há várias não conformidades com a legislação sobre o tema. Siga @jardimdealahoficial Assine pela preservação do Jardim de Alah Urbe CaRioca O problema Abaixo assinado para revitalizar sem descaracterizar o Jardim de Alah e contra o modelo de concessão, proposto pela Prefeitura, que não protege o patrimônio público ambiental e cultural e que não se preocupa com o impacto negativo na vizinhança. O modelo de concessão atual, de 35 anos, permite lotear o Jardim de Alah para lojas, quiosques, restaurantes e eventos. Permite edificações permanentes, sem definir altura máxima(Leia mais)

Quando eu era criança, 2019 – O Beco da Tamandaré *

CrôniCaRioca *Artigo publicado neste blog em 12 de outubro de 2019. Quase seis anos depois, as leis urbanísticas continuam em franca modificação, sempre com o objetivo de aumentar o potencial construtivo dos terrenos no município do Rio de Janeiro.   Beco (Dicionário Houaiss) – subst. masculino – 1 rua estreita e curta, por vezes sem saída; ruela – 2 Regionalismo: Ceará. m.q. esquina Chamávamos o lugar de Beco. Ruas nem tão estreitas nem tão curtas aos olhos de uma menina pequena, saídas havia. Quatro entradas, portanto, quatro saídas. Beco, ainda que diferente. Nos anos 1950 e 1970, Zona Sul da Cidade Maravilhosa, a relação dos moradores com as ruas, por certo menos intensa do que na Zona Norte, ainda era rica. O espaço formado pelas vias internas do conjunto de três edifícios, que ainda existe no bairro do Flamengo, era meu e de(Leia mais)

Além da Urbe CaRioca: ponte em Petrópolis, condenada

A iminente renovação do contrato de concessão da BR-040 entre o Rio de Janeiro e Juiz de Fora reacende uma preocupação estrutural crítica em Petrópolis: a segurança da Ponte do Arranha-Céu, localizada em Itaipava. Apesar de condenada por laudo técnico e recomendada para demolição, a ponte permanece em uso diário, expondo a população a um risco potencial de colapso. O caso evidencia um descompasso preocupante entre o reconhecimento técnico do perigo e a morosidade das ações institucionais, refletindo falhas de articulação entre o poder público e as concessionárias envolvidas. Neste contexto, a mobilização da associação Unidos por Itaipava (UNITA) ganha relevo, ao exigir a antecipação das obras de substituição da ponte — previstas apenas para 2028 — como uma medida emergencial de segurança viária e responsabilidade pública. Urbe CaRioca UNITA cobra antecipação da nova ponte do Arranha-Céu e alerta para(Leia mais)

Contratação temporária para Guarda Municipal do Rio desafia Constituição e pode criar milícia paralela, de Antônio Sá

A segurança pública é um dos pilares do Estado Democrático de Direito e, por isso mesmo, deve ser tratada com seriedade, responsabilidade e absoluto respeito às normas constitucionais. No entanto, o Projeto de Lei Complementar nº 13/2025, apresentado pelo Executivo do Município do Rio de Janeiro, propõe a criação de uma Força de Segurança Armada (FSA) no âmbito da Guarda Municipal, com previsão de contratação temporária de agentes armados por até seis anos, em flagrante afronta à Constituição Federal e à jurisprudência consolidada do Supremo Tribunal Federal (STF). A proposta vai além de uma simples reorganização administrativa: representa uma ameaça concreta à legalidade, à eficiência e à estabilidade institucional da segurança pública municipal. Neste artigo, Antônio Sá, Ex-Subsecretário de Assuntos Legislativos e Parlamentares do Município do Rio de Janeiro, analisa os dispositivos centrais do projeto e seus riscos jurídicos e(Leia mais)

Jardim de Alah: Justiça autoriza obra em meio à polêmica sobre concessão

A recente autorização judicial para o início das obras de revitalização do Jardim de Alah, na Zona Sul do Rio de Janeiro, reacende um debate fundamental sobre o equilíbrio entre requalificação urbana, interesses comerciais e a garantia de direitos coletivos. A decisão de ignorar o pedido de paralisação do Ministério Público levanta questionamentos sobre a transparência do processo, a participação efetiva da população local e o risco de mercantilização de um espaço público emblemático. A concessão à iniciativa privada, que permitirá a exploração econômica do parque por 35 anos, exige uma análise crítica dos impactos sociais e urbanísticos que podem advir da transformação de um bem coletivo em produto de consumo. Urbe CaRioca Justiça autoriza início das obras de revitalização do Jardim de Alah Parque entre Leblon e Ipanema tem 95 mil metros quadrados. O investimento total será de R$(Leia mais)

Mais valia – a desfaçatez pela enésima vez

Irá à sanção do prefeito, mais uma vez, a fatídica Mais Valia acompanhada de sua prima-irmã, Mais Valerá. Agora, a lei que contraria as leis vem acrescentada de novas barbaridades urbano-cariocas. Aguardemos o desfecho. Urbe CaRioca Câmara do Rio aprova projeto que prorroga ‘Lei dos Puxadinhos’ Votação desta terça-feira (13) garantiu a ampliação do prazo para aqueles que pretendem se adequar à lei que regulariza obras ilegais mediante pagamento de taxas. Projeto segue para sanção do prefeito. Por Raoni Alves, André Coelho Costa, g1 – Link original Os vereadores do Rio de Janeiro aprovaram em segunda discussão, por 36 a 9, um projeto de lei que pretende mudar regras urbanísticas da Cidade. Na prática, a Câmara do Rio autorizou a ampliação da chamada ‘Lei dos Puxadinhos’, que regulariza obras ilegais mediante pagamento de taxas ao município. A proposta apresentada pela(Leia mais)

Geógrafo Hugo Costa cria mapa interativo da violência no Rio

“Qual é a chance de ser assaltado no seu bairro?” Essa pergunta, que muitos cariocas se fazem diariamente. Cansado de ver sua região marcada por estatísticas alarmantes e pela falta de atenção do poder público, o geógrafo Hugo Costa transformou indignação em ação: criou um mapa interativo que revela as áreas com maior risco de roubo no Rio de Janeiro. E os dados são tão impactantes quanto a realidade nas ruas. Urbe CaRioca Geógrafo cria mapa com as chances de uma pessoa ser roubada no Rio de Janeiro O mapa interativo foi criado pelo geógrafo carioca Hugo Costa, morador da zona da Leopoldina que criou a ferramenta cansado de ver os crimes na região. Por Leandro Resende – CBN A chance de uma pessoa ser assaltada em Bonsucesso, na Zona Norte do Rio de Janeiro, é seis vezes maior que(Leia mais)