Cidade das Artes – ou da Música – ‘será sinônimo de Rio’

O prédio concebido como Cidade da Música foi idealizado em 2013, na gestão do prefeito César Maia, com o objetivo de dotar o Rio de Janeiro de um equipamento urbano de primeira linha destinado a ser o principal pólo de cultura no Rio e sede da Orquestra Sinfônica Brasileira. Para tanto, convidou para ser autor do projeto o arquiteto francês Christian de Portzamparc, especialista no assunto.

Seu sucessor – e agora novamente prefeito do Rio, também em terceiro mandato da mesma forma que seu mentor, mudou o nome do local para Cidade das Artes, mais abrangente, por certo, e, talvez, para retirar da memória coletiva a paternidade da obra, que, de início, se recusava a concluir, até ser obrigado.

Eis que surge uma boa notícia.

O ator Marcelo Serrado, nomeado como diretor artístico da Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, pretende dar vida ao lugar que ultimamente abrigou atividades estranhas à sua vocação. A indicação, segundo a presidente da Riotur, Daniela Maia, se deu pela pluralidade de Serrado. Em suas redes sociais, o ator afirmou que tem planos para colocar em prática logo que a pandemia acabar. “Começando aqui na Cidade! Faremos coisas lindas depois da pandemia para a cultura do Rio”, escreveu.

A Cidade das Artes é um complexo cultural público criado para abrigar múltiplas atividades artísticas. Na matéria abaixo, publicada no O Globo, o novo diretor revela a sua intenção de dar especial atenção à música: “Quero uma escola de musicais”, disse.

A medida reflete uma volta às origens, pois o equipamento urbano, conforme já citado, nasceu como Cidade da Música.

Vida longa à Música e às Artes. Que a ideia produza bons frutos para a nossa tão combalida cidade.

Nota: no final da postagem, links para textos anteriores a respeito do edifício.

Urbe CaRioca

Marcelo Serrado, o novo diretor artístico da Cidade das Artes: ‘Será sinônimo de Rio’

Publicado na coluna do Ancelmo Gois – O Globo – 22.de janeiro de 2021

Marcelo Serrado, 53 anos, carioca, ator, autor e produtor é o novo diretor artístico da Cidade das Artes, indicado pela gestão de Eduardo Paes. Aqui, ele fala um pouco de suas atenções para o lugar. Vamos ouvi-lo:

“Uma gestão democrática, plural e com diversidade. É assim que idealizamos a gestão da Cidade das Artes, priorizando o acesso da população, com uma programação de qualidade, múltipla e que se comunique com os cariocas, fluminenses e visitantes.

Músicos recém formados, cantores líricos, que não têm espaço para mostrar seus trabalhos, agora terão o lindo teatro de câmara, com 438 lugares, que será um local de apresentação para novos talentos que saem das escolas de música.

Quero uma escola de musicais. A Cidade das Artes dará oportunidade para os jovens da periferia que pretendem estudar, se aperfeiçoar, buscando a profissionalização desta linguagem de espetáculo.

Uma ópera por ano, musicais, dança e shows na Grande Sala, um teatro com mais de 1 mil lugares, equipado e com estrutura técnica. Vamos mostrar nesse palco, além de artistas consagrados, novas equipes criativas e técnicas da cena teatral e das artes. A melhor acústica da América Latina e a quinta acústica do mundo, esses artistas vão usufruir disso.

A Cidade das Artes será sinônimo de Rio: talento, acesso, diversidade e pluralidade.”

Leia também:

Guggenheim, Cidade da Música e Museu do Amanhã, dois pesos e duas medidas

Guggenheim, Cidade da Música e Museu do Amanhã, um Postzitivo com ressalvas

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *