ENTÃO É POSSÍVEL TER AS OLIMPÍADAS SEM O GOLFE!

O Globo

É o que foi sugerido em artigo publicado no Jornal The Guardian no último dia 24, do qual transcrevemos a ementa:


“Um artigo publicado com destaque na edição desta quinta-feira no jornal britânico The Guardian sugere que o Brasil deveria cancelar a realização de diversos esportes nas Olimpíadas do Rio de 2016 – sobretudo os de elite, como tênis, golfe, iatismo e hipismo – e realizar um evento mais barato e enxuto”.


Depois do pito internacional – repetido ontem pelo vice-presidente do COI -, a hipótese lançada pelo jornal britânico é alvissareira para o Meio Ambiente da Cidade do Rio de Janeiro. Sem o Golfe dito “olímpico“, a Área de Proteção Ambiental – APA Marapendi ficará íntegra e a avenida que circunda a lagoa de mesmo nome poderá ser concluída!


Em outro trecho com o subtítulo ‘Coragem que faltou a Londres’ o colunista do The Guardian acrescenta:


“Eu acredito que o Rio ainda tem tempo para mostrar a coragem que faltou a Londres em 2005 [ano em que a capital britânica foi escolhida para sediar os Jogos de 2012]. Londres gabou-se de que sediaria os ‘Jogos do Povo’. Mas acabou capitulando à grandiosidade do COI, construindo um novo estádio, em vez de usar o de Wembley, e elevando seu orçamento de US$ 4 bilhões para US$ 13 bilhões”, escreve Jenkins.

“O Rio poderia fazer justamente o oposto. Ele poderia receber o mundo com quaisquer estádios e arenas que sobraram dos Jogos Pan-Americanos de 2007 e se amparar na televisão para [levar os Jogos aos] demais.”

“Se fizer isso daí, em vez de ser abusado por atraso e incompetência, esta cidade magnífica teria o mundo comemorando sua ousadia e sua coragem.”


Para ler o artigo na íntegra o link está AQUI.


Ainda no dia 24/04 o Globo Esporte comentou a notícia do The Guardian. Segundo a reportagem,
“O inglês visitou o Rio recentemente e diante da sensação de desespero dos organizadores com o ritmo das obras questionou a real necessidade da construção de grandes arenas, com risco de virarem elefantes brancos. Jenkins propôs o abandono de algumas modalidades, como as que serão disputadas em Deodoro, esportes de elite e o futebol:

– Eles poderiam abandonar Deodoro, programada para eventos como rugby, canoagem slalom e moutain bike. Poderiam cancelar esportes de elite do COI, como tênis, vela, golfe e hipismo, assim como um absurdo segundo torneio de futebol apenas dois anos depois da Copa do Mundo. Poderiam talhar arenas e estádios na capacidade que eles podem oferecer atualmente e contar aos oficiais dourados do COI, patrocinadores e VIPs que não haverá apartamentos luxuosos, limusines e pistas exclusivas, apenas camping na praia de Copacabana – escreveu Jenkins em sua coluna no jornal.”

Para ler o artigo do Globo Esporte na íntegra o link está AQUI.


A jurista Sonia Rabello traz outros aspectos sobre o tema conforme artigo em  sua página da web que tem o título “Água no Golfe?“, cuja leitura também é imprescindível.


Com a palavra os gestores da cidade sobre a incrível proposta, redentora da Reserva Ambiental e promotora da redução de gastos públicos. Seria uma boa notícia para ser levada ao C40.


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NOTA: V. reportagem de hoje sobre previsões no dossiê de candidatura aos JO 2016, não realizadas – OG 30/04/2014. 

Reserva Ambiental às margens da Lagoa de Marapendi,
Barra da Tijuca, Rio de Janeiro

Área de Proteção Ambiental de Marapendi
FOTO: Urbe CaRioca, março 2014

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