Publicado no O Globo desta semana, matéria destacando que o Flamengo e a Caixa Econômica Federal estão em fase de negociações para a construção de um estádio na região do Gasômetro, na Zona Portuária do Rio. O clube expressou interesse em adquirir o terreno avaliado em R$ 250 milhões. Ainda não há um projeto definido para o estádio e outras fontes de receitas, como um shopping, um prédio comercial e edifício garagem. Embora linhas de crédito não tenham sido discutidas, ficou acertado que haverá uma próxima reunião para dar continuidade às negociações, com a sugestão de apresentar um termo de compromisso sobre as intenções do clube. O terreno e o potencial de construção pertencem ao FGTS, administrado pela Caixa.
Diantes das articulações entre clube e a Caixa, vale questionar se de fato, a Cidade precisa de mais um estádio, na região do Gasômetro, parte do projeto olímpico para a Região Portuária que seria destinada à construção de residências. Causa ainda mais estranhamento construir mais um estádio próximo ao Maracanã, ao São Januário (do clube Vasco da Gama e também em vias de ser ampliado) e também do não tão longe Engenhão. Além disso, o terreno em questão localiza-se em uma área não ligada aos transportes de massa. Existirá uma estrutura para tornar, de fato, o projeto viável na prática?
Urbe CaRioca
Flamengo e Caixa se reúnem e avançam em negociações para construção de estádio no Gasômetro
Terreno é administrado pelo banco e foi avaliado em R$ 250 milhões
Por Geralda Doca — O Globo
O Flamengo e a Caixa Econômica Federal deram início às negociações sobre a construção do estádio no time na região do Gasômetro, na zona portuária do Rio. O presidente do clube, Rodolfo Landim, e o vice-presidente de Fundos de Investimento da Caixa, Sérgio Bini, além de advogados e assessores, participaram de uma reunião, na quarta-feira, no escritório do banco na região, para tratar do assunto.
O Flamengo demonstrou interesse em comprar o terreno, que pode ser pago à vista ou parcelado, de acordo com pessoas que participaram do encontro.
O terreno foi avaliado em R$ 250 milhões, mas ainda não há projeto pronto sobre o tamanho do estádio e outros tipos de investimentos que podem agregar receitas, como shopping, prédio comercial, edifício garagem, dentre outros.
A situação financeira do Flamengo atualmente, destacou um participante do encontro, é boa. A expectativa é que o time feche este ano com faturamento de R$ 1,3 bilhão com direitos, bilheteria, patrocínio e marketing.
Durante a reunião, o time demonstrou a intenção de vender uma fatia dos negócios para atrair investidores internacionais e nacionais, e fazer parcerias na construção do estádio e exploração de outras atividades na região, de acordo com participantes.
Na reunião, não se discutiu linhas de crédito para construir o estádio, mas foram discutidas várias possibilidades de negócios, contou um interlocutor. Ficou acertado que o Flamengo e representantes da Caixa marcarão uma nova reunião para dar continuidade às negociações.
Foi sugerido ao time apresentar um documento, um termo de compromisso sobre as intenções do Clube. Esse documento daria segurança às partes envolvidas.
O terreno e o potencial de construção, denominado Cepac (Certificado de Potencial Adicional de Construção) pertencem ao FGTS. A Caixa é administradora do Fundo.
O novo presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, disse ao GLOBO em novembro que pode prosseguir com o projeto de construção do estádio do Flamengo se o negócio for rentável para o banco.
O banco começou a realizar os estudos em meados do ano passado e uma das primeiras conclusões foi de que a instituição não poderia doar o terreno, considerado valioso.