LAGOA RODRIGO DE FREITAS – COMUNICADO DO MOVIMENTO S.O.S. ESTÁDIO DE REMO


O Provisório Permanente foi título de um artigo de João Mauro Senise publicado no Jornal O Globo, reproduzido no Urbe CaRioca em 20/08/2012 na postagem ARTIGOS – ‘O Exemplo Londrino’ e ‘O Provisório Permanente.

O Exemplo Londrino, sobre o legado dos Jogos Olímpicos realizados na Inglaterra em 2012, é de autoria do arquiteto Luiz Fernando Janot.

Vista de como ficará o Estádio de Remo da Lagoa para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, segundo o Dossiê de Candidatura. (Página EGP-Rio) 



O parágrafo acima abre a postagem LAGOA RODRIGO DE FREITAS – O REMO E OS TRAMBOLHOS PROVISÓRIOS PERMANENTES publicada neste blog em 15/10/2014, introdução para o assunto principal: a possibilidade de ser construído um grupo de arquibancadas sobre o espelho d’água da referida lagoa, conforme consta da página do Escritório de Gerenciamento de Projetos do Governo do Rio de Janeiro (EGP-Rio).
No mesmo tema, recebemos o documento transcrito abaixo, de autoria do Movimento SOS Estádio de Remo, que expõe aspectos relacionados aos objetivos previstos com as “intervenções e obras de adequação do Estádio de Remo para a Olimpíada” conforme o caderno Sports Client Brief de outubro/2001. Embora sem detalhar o resultado da reunião do último dia 18 realizada no Palácio Guanabara, o texto indica que aqueles objetivos podem não ser atingidos.
Enquanto isso, a estrutura do trambolho provisório-permanente sobre a laje superior da arquibancada nova continua instalada, provavelmente aguardando os novos eventos do final de 2014.
Urbe CaRioca
Estádio de Remo da Lagoa, segunda arquibancada.
Festas e eventos provisórios permanentes pós- Copa do Mundo.

Foto: Urbe CaRioca – setembro 2014

No Brasil, documento oficial da Olimpíada “não é para ser levado a sério”…

O dia 18 de novembro de 2014 foi um dia triste para o Remo brasileiro.

A comunidade do Remo carioca esteve em reunião no Palácio Guanabara para apresentação das intervenções no Estádio de Remo da Lagoa a fim de adequá-lo para as competições de remo e canoagem dos Jogos de 2016.
No tocante ao Legado esportivo no local, a comunidade do remo nutria certa esperança pela realização dos objetivos estabelecidos pelo próprio Comitê Rio-2016 para recuperação do Estádio de Remo para o esporte.
Estes objetivos podem ser encontrados na pagina 5 do documento “Rio 2016 Lagoa Rowing Stadium – Sports Client Brief” elaborado pelo Comitê Rio-2016 em língua inglesa para o Comitê Olímpico Internacional (COI):

Conforme divulgado neste documento em outubro de 2011, o resultado das intervenções e obras de adequação do Estádio de Remo para a Olimpíada visará:

1) Transformar o Estádio de Remo da Lagoa em um complexo esportivo estado-da-arte para o treinamento desportivo e para a pesquisa de remo do Brasil. Ele também deverá tornar-se o principal local de aprendizagem, com instalações para a educação, a formação de gestores e treinadores desportivos, a pesquisa científica aplicada e a identificação de talentos.
2) Deixar instalações desportivas legadas projetadas como instalações de treinamento estado-da-arte para os atletas do Brasil e de outros países da América do Sul.
3) Tornar o Estádio de Remo da Lagoa um verdadeiro ícone brasileiro para remo competitivo e para uso comunitário, mostrando o Rio através de sua arquitetura e sendo uma ferramenta de transformação para a juventude.

Neste triste dia 18 de novembro, no entanto, em reunião com representantes do governo do Estado, a comunidade do remo carioca tomou conhecimento, estarrecida, que este documento do Rio-2016 simplesmente “não é para ser levado a sério”. Até por não ter sido escrito originalmente em nossa língua, mas diretamente na língua inglesa, entende-se agora que é um típico documento “para inglês ver”… Este fato é grave.

Conforme pode ser observado na pagina 187 do documento acima mencionado, no qual consta o cronograma de construção preferencial, o documento emitido pelo Rio 2016 é a primeira obrigação a ser cumprida por qualquer comitê organizador de Jogos Olímpicos. E ele realmente constava no cronograma, em outubro de 2011, mas, sabemos agora, “só para inglês ver”.
Como pode um comitê organizador jogar por terra, tão irresponsavelmente, a imagem de seu próprio País?

O Remo brasileiro precisa para o seu desenvolvimento que os objetivos de transformação estabelecidos pelo Rio-2016 para o Estádio de Remo sejam efetivamente cumpridos e que os cinemas sejam transferidos para outro local. O remo precisa da água, cinemas não!

Mas o governo do Estado do Rio de Janeiro, dono da área, não pensa assim. Mesmo com uma Olimpíada chegando, acha conveniente não abalar os negócios gerados no interior do Estádio de Remo…

É um escândalo!

                                                                                             Movimento SOS Estadio de Remo

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