O que viu vovó ? Vovó viu o quê?

Andréa Albuquerque G. Redondo Etimologia, eu quero uma pra escrever! Parodiando IDEOLOGIA, de Cazuza Jabuticaba nasce na jabuticabeira. Pera, na pereira. Maçã, na macieira. Goiabeira dá goiaba, bananeira dá banana em cacho. “A uva nasce na uveira, vovó”. Eu antevia a afirmação a interromper a aula de português, na voz da menina dourada que comia uvas da cor dos seus olhos. Uvas verdes, porém, doces e maduras. Os olhos curiosos brilhavam enquanto ela pensava, entretida com os frutos ovoides – por que não ‘uvoides’? – cuidadosamente divididos ao meio e ao longo, longus, no sentido longitudinal para evitar engasgos. Enquanto a pergunta não vinha eu me indagava por que a uva nasce na videira. Ah, a língua! Não a que sente o sabor da uva, mas, a que falamos e ouvimos em terras lusófonas. Se respondo que a uva é(Leia mais)

Um Conto CaRioca-Leblonense, de Cleia Schiavo Weyrauch

Cleia Schiavo tem brindado este blog com artigos sobre a cidade e crônicas inspiradoras. Abaixo, mais uma de suas estórias bem-humoradas que ficam para a História do nosso Rio de Janeiro. Urbe CaRioca Um Conto CaRioca-Leblonense, ou, A Estória de uma Lagartixa Feliz Nota fúnebre – Francisquinha 2019-2023 Francisquinha, minha lagartixa de estimação, morreu estupidamente com a chinelada que levou de uma ajudante nova, que não sabia do papel afetivo que ela exercia em minha vida. Certamente já teria uns quatro anos de idade quando seu o tempo de vida previsto pelo Google é de oito anos. Faz três anos, creio, que ela apareceu. Viveu fartamente à custa da minha despensa. Chegou a caminhar com dificuldade frente o peso adquirido! Mas, teve filhos e netos que passeavam durante a madrugada em toda a minha cozinha. Uma alegria só! No início(Leia mais)