Fechado desde 2017, o Teatro do Jardim Botânico deverá reabrir as portas para um novo público no segundo semestre do ano. O espaço funcionará como um centro de arte, cultura, música, entretenimento e educação voltado com atividades e conteúdos para crianças de 0 a 3 anos, depois de 4 a 8 anos, e, por fim, de 9 a 12 anos. A programação da Ecovilla Ri Happy – novo nome que será dado ao local também terá foco na natureza e na sustentabilidade.
Urbe CaRioca
Teatro do Jardim Botânico, fechado há cinco anos, reabrirá como espaço infantil
Por Ludmilla de Lima — O Globo
O Jardim Botânico ganhará de volta o seu teatro, só que em novo formato. Fechado em 2017, o espaço, que homenageava o maestro Tom Jobim e contava com 378 lugares, será reaberto no segundo semestre deste ano com um centro de cultura e entretenimento, com pegada na sustentabilidade, voltado para o público infanto-juvenil. O lugar ganhará o nome de Ecovilla Ri Happy: o projeto é uma parceria das empresas Alegria e Aventura – referência no mercado do teatro musical -, que venceram o edital lançado em março pelo Jardim Botânico, com o grupo Ri Happy. O investimento na adaptação do lugar é de R$ 4,8 milhões, e a inauguração está prevista para novembro.
O projeto é elaborado com foco em crianças de 0 a 12 anos. A programação incluirá espetáculos teatrais e de música e também oficinas criativas, cursos e atividades recreativas.
– Será mais do que um teatro: vai ser um grande hub de arte, cultura, educação e brincar, com foco no público infanto-juvenil – destaca Luiz Calainho, diretor de Negócios e Marketing da Aventura. – O projeto é dividido em três segmentos, com atividades conteúdos para crianças de 0 a 3 anos, depois de 4 a 8 anos, e, por fim, de 9 a 12 anos. Teremos oficinas de jardinagem, espaço para compartilhamento de brinquedos e de leitura, e palco para espetáculos musicais, de teatro e shows. Será um lugar único, e dentro do Jardim Botânico, um dos mais importantes parques do mundo, com mais de 200 anos.
Calainho afirma que, em novembro, será aberta a sala de espetáculos: a proposta, que ainda será levada à família do maestro da Bossa Nova, é batizá-la de Tom Jobim. A partir de janeiro de 2023, começará a funcionar a área educacional e didática na Ecovilla.
– No ano que vem a gente inaugura toda a programação de workshops, cursos e palestras. Haverá um braço social para que o espaço seja conectado com escolas públicas e comunidades – conta Calainho.
A ideia é também que o local seja acessível a pessoas com deficiência: os espetáculos terão o acompanhamento de intérpretes de Libras e narração para crianças cegas ou com baixa visão. A Ecovilla terá ainda uma loja conceito da Ri Happy, empresa varejista de brinquedos.
-Queremos que a Ecovilla Ri Happy se torne um local de confraternização das famílias – diz Ronaldo Pereira Junior, CEO do Grupo Ri Happy.
O Teatro Tom Jobim foi aberto em 2008. Pelo seu palco, passaram artistas como Adriana Calcanhotto e Egberto Gismonti, e produções como “Hamlet”, com Thiago Lacerda. Ele foi construído e era administrado pela Associação de Cultura e Meio Ambiente (ACMA), dirigida por Paulo Jobim. Em 2017, o fim do prazo de cessão do espaço e a dificuldade de conseguir patrocínios para a sua manutenção levaram Jobim a entregar o teatro ao Jardim Botânico.
-É importante resgatar e devolver ao público um espaço de tanto potencial, no coração do nosso corredor cultural – afirma Ana Lúcia Santoro, presidente do Jardim Botânico.