A cidade vendida: a legislação urbana do Rio é moeda de troca no poder municipal

As leis urbanísticas da Cidade do Rio de Janeiro tornam-se mais perniciosas a cada mandato do Prefeito Eduardo Paes. Quando parece que nada de pior pode surgir, sai uma novidade da cartola do Prefeito dos Gabaritos altos. O Urbe CaRioca tem vergonha e desesperança em relação ao futuro da cidade, sitiada, abandonada, suja, perigosa, antro de assaltantes, pivetes, moradores de rua drogados e com problemas mentais.

Cada metro quadrado livre aguarda seu momento de ser ocupado por índices construtivos a maior. Áreas verdes, parques e jardins públicos são transformados em áreas cimentadas, lojas, bancas de jornal gigantescas, painéis luminosos disfarçados de bancas de jornal, camelôs invasores e oficiais.

Parquinhos nas Zonas Norte e Oeste são migalhas diante da desfaçatez geral.

Incentiva-se construções maiores e mais altas, pisos impermeáveis, aumento de áreas de sombra, o verde e os espaços substituído pelo cinza do concreto. Mais-valia e Mais-Valerá em reedições infinitas, às seguintes sempre são mais prejudiciais do que as anteriores.

O medo grassa. Seja nos bairros ditos formais ou nas favelas / comunidades que crescem há mais de um século sob o beneplácito das autoridades e justificadas por falsas premissas. Por exemplo, tolerância em face de problemas sociais (jamais resolvidos intencionalmente ou não) que alimentavam currais eleitorais e, além disso, passaram a abrigar a criminalidade que sufoca moradores de bem seja por aceitação, interesse, receios ou falta de opção.

Ah, meu Rio. A continuar assim, não há beleza natural – nosso maior bem – que resista e se imponha sobre tantas mazelas.

Não há Madonna ou Lady Gaga que compense a tristeza por perdas diárias, grades e equipamentos de segurança que teimam em ser eficientes.

É evidente que as leis urbanísticas e a permissividade não podem ser responsabilizadas por todos os problemas. A contribuição é, no entanto, expressiva.

Nem o Pão de Açúcar foi poupado.

Urbe CaRioca

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