CLUBE FLAMENGO – FORA AS ÁRVORES, INDAGA-SE: E OS OUTROS IMPACTOS?

A notícia já tem quatro dias, mas deve ser comentada aqui, na sequência das várias postagens sobre a construção de uma arena esportiva no terreno onde fica o Clube Flamengo, bairro do Leblon (o local está na confluência dos bairros da Lagoa, Leblon, Jardim Botânico e Gávea). Trata-se de uma reportagem exibida no telejornal da TV Record que pode ser vista no link abaixo:

No último dia 17/09 publicamos ARENA DO CLUBE FLAMENGO É AUTORIZADA, quando reproduzimos notícia divulgada na imprensa, post que teve bastante repercussão.

Em consulta ao andamento do Processo nº 06/370139/1984 (Av. Borges de Medeiros, 997 – Lagoa, Rio de Janeiro), que trata do assunto, verificamos que o mesmo fora encaminhado ao Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (antiga Secretaria Extraordinária de Patrimônio Cultural) em 08/09, ou seja, antes da autorização informada pela Coluna Ancelmo Góis, do jornal O Globo. É a última tramitação que o site oficial mostra.

Uma vez autorizada a construção da Arena McDonald’s para 3.500 lugares, o processo deveria ter sido encaminhado ao órgão licenciador para a emissão da respectiva licença.

Este post não entra no mérito das várias questões apresentadas no vídeo que está na reportagem acima pelos que contestam a construção da arena: são temas que envolvem inúmeros aspectos técnicos e as questões devem ser respondidas por especialistas.

As imagens, entretanto, são bastante esclarecedoras quanto ao porte da construção e a interferência que resultará na paisagem da cidade que, naquele ponto, caracteriza-se por espaços abertos com visadas livres praticamente em todo o entorno, espaços esses que serão empachados e obstruídos por um enorme volume extemporâneo e fora de lugar.  

Para além da polêmica recente sobre o corte de árvores, isto é, “árvores-fora”, pergunta-se:

Onde está o processo?

Os órgãos responsáveis pela proteção do Patrimônio Cultural foram ouvidos, por ser o local entorno da Lagoa Rodrigo de Freitas e do Jockey Club Brasileiro, bens tombados municipais?

Foram avaliados os outros impactos urbanísticos como, por exemplo, sobre o trânsito e a paisagem urbana (volumetria e altura da construção, em especial)?

Porque a animação não mostra o volume da construção do ponto de vista do passante para que se conheça sua real dimensão?

Terá sido a licença concedida em outro processo?

Urbe CaRioca

Site da Prefeitura do Rio, 27/09/2016

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *