Foto: Genilson Araújo – O Globo |
Se vai manter a palavra só o tempo dirá. A notícia foi publicada no Jornal O Globo – copiada abaixo – , confirmada por outra no Jornal do Brasil, outra no OG On Line, e divulgada na televisão.
Obs: Post atualizado no mesmo dia 29/01 com a matéria
Coluna Ancelmo Gois
Enviado por Jorge Antonio Barros – 28.1.2013 – 8h00m
O prédio onde funcionou o Museu do Índio no Maracanã, objeto de grande polêmica, não será mais derrubado, revelou a coluna de Ancelmo Gois de hoje. O governador Sérgio Cabral decidiu que “após a saída dos invasores” vai anunciar a preservação do imóvel. O governador, junto com Eduardo Paes, promete fazer o tombamento e restauro do local.
No sábado, a Justiça expediu liminar impedindo a demolição do antigo prédio do Museu do Índio, situado ao lado do Estádio do Maracanã. A decisão chegou às vésperas do encerramento do prazo dado pela procuradoria do estado para a desocupação do imóvel, prevista para esta segunda-feira. A liminar estabelece ainda uma multa de R$ 60 milhões para o caso de descumprimento da medida.
O lugar, como se sabe, funcionou como Museu do Índio até 1978, quando foi transferido para um sobrado, em Botafogo, tombado pelo Patrimônio. O prédio do Maracanã, de 1862, ficou muitos anos abandonado até ser ocupado por índios de várias etnias.
A decisão do governador e do prefeito atendeu à reivindicação de movimentos sociais, que apoiam a Aldeia Maracanã, onde os índios permanecem.
Além disso, em 26/01/2013 foi deferida liminar, em medida cautelar de urgência, que garante a posse aos índios que ocupam o local desde 2006. Não há menção ao patrimônio histórico edificado – o prédio em si. A demolição, portanto, está apenas suspensa: indiretamente. É o parece, conforme parte final da liminar.
“ DEFIRO a liminar para manter a autora na posse do imóvel, até o julgamento final da presente”.
“ DEFIRO a liminar para manter a autora na posse do imóvel, até o julgamento final da presente”.
Por óbvio, apenas os juristas poderão dizer se esta hipótese é correta.
Mais um fato chama à atenção: como é sabido, o prefeito não seguiu o parecer do órgão de patrimônio cultural e autorizou a demolição, expondo-se com uma canetada. Agora Cabral recua.
Tenha ou não sido motivado pela citada liminar, o padrinho deixou o afilhado político em situação vexaminosa. Ao insistir no bota-abaixo deixou uma casca de banana para quem verdadeiramente detinha o poder de decidir o destino do prédio: o prefeito da Cidade do Rio de Janeiro. E ele escorregou…
Esperamos que não venha o recuo do recuo… Pois cabe recurso à decisão do juiz,segundo também informou a imprensa.
As cartas de leitores do OG publicadas nas duas últimas semanas e a ótima charge de Chico demostram que a sociedade está mobilizada.