Sabe-se que empresários querem instalar uma “RIO EYE” na Enseada de Botafogo, defronte ao Pão de Açúcar, Morro da Urca, Morro do Pasmado, banhada pela Baía de Guanabara.
Uma “EYE” do Rio, AI! Do RIO!
Depois de RODA-GIGANTE GIGANTE NA PRAIA DE BOTAFOGO, publicado em 10/01/2014, tivemos notícia sobre a negativa do Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio Cultural ao pedido, divulgada aqui em 05/02/2014 – RODA-GIGANTE NA ENSEADA DE BOTAFOGO É VETADA.
Em seguida convidamos os leitores do blog para enviarem sugestões sobre uma nova localização do equipamento – já adquirido pelos empresários interessados, conforme noticiário da época. As respostas vieram como está listado em ONDE A RODA-GIGANTE DEVE SER INSTALADA?.
Entre as sugestões, o seguinte:
Em seguida convidamos os leitores do blog para enviarem sugestões sobre uma nova localização do equipamento – já adquirido pelos empresários interessados, conforme noticiário da época. As respostas vieram como está listado em ONDE A RODA-GIGANTE DEVE SER INSTALADA?.
Entre as sugestões, o seguinte:
· Zona Portuária, pela vista da Baía de Guanabara
· Parque de Madureira
· Guaratiba, nas proximidades do terreno onde seria construído o Campus Fidei
· Taquara, próximo à Estação de BRT que será inaugurada
· Praia de Ramos, no lugar da estrutura metálica abandonada
· São Cristóvão, nas proximidades da Quinta da Boa Vista
Agora o veto é oficial. Após alguns meses de silêncio da mídia, segundo notícia na imprensa o Conselho de Patrimônio Cultural manifestou-se contrariamente ao trambolho na Enseada tombada e sugeriu a instalação na Zona Norte do Rio, do mesmo modo que as ideias recebidas pelo Urbe CaRioca.
Parabéns aos Conselheiros e também à Associação de Moradores e Amigos de Botafogo – AMAB, incansável na defesa do bairro.
Entretanto, vejamos o que disse o empresário, também conforme a mesma reportagem jornalística (grifo nosso):
Técnicos do Conselho Municipal de Proteção ao Patrimônio Cultural consideraram que o equipamento “causaria impacto visual na paisagem”. O parecer sugeriu que a roda panorâmica fosse levada para a Zona Norte. Ainda cabe recurso no próprio conselho. A decisão, portanto, não é definitiva.
— Fui pego totalmente de surpresa. Já investimos mais de R$ 6 milhões, e a roda está num galpão em Brasília. Vou falar com o prefeito para saber o que mudou em relação ao que havíamos conversado. Pensei que o projeto já estivesse adequado aos parâmetros da prefeitura — disse Sávio Neves, um dos três sócios da empreitada e presidente do Trem do Corcovado.
Em relação à sugestão de levar o projeto para a Zona Norte, o empresário não pareceu interessado. E citou o exemplo da London Eye, que recebe 15 mil visitantes por dia.
Há que ter atenção aos desdobramentos.
Basta lembrar que o Conselho também se pronunciou contrariamente à demolição do Antigo Museu do Índio e o Prefeito desconsiderou o parecer técnico, autorizando a demolição para em seguida recuar, após a polêmica instalada sobre a questão, e as manifestações da população contrárias ao desaparecimento do prédio.
Os empreendimentos devem servir ao empreendedor, por óbvio, mas, em primeiro lugar à cidade e à população, com respeito ao interesse público.
No caso do Rio de Janeiro, a paisagem especialíssima, nosso maior bem, não pode jamais ser desconsiderada.
ENSEADA DE BOTAFOGO, Botafogo, Rio de Janeiro Wikimedia |