Nesta semana foi noticiado que o Prefeito do Rio pediu ao presidente da Alerj e ao governador do Rio de Janeiro que liberassem a demolição do edifício anexo da Assembleia Legislativa, pois considera que “a presença prejudica a vista da cidade”, referindo-se aos prédios históricos vizinhos. Segundo Eduardo Paes, esse seria um presente de aniversário para a cidade, que comemora 457 anos.
O arquiteto Edison Musa apresenta outra visão, conforme texto abaixo publicado originalmente em sua rede social, onde sugere a possibilidade de “um programa para a transformação visual da edificação”.
Um bom debate.
Urbe CaRioca
Alerj e seu anexo
Por Edison Musa – Link original
Matéria de O Globo de hoje expõe a discussão sobre o que fazer com o prédio anexo da Alerj. Muitos propõem sua demolição, com o mesmo sentimento hostil de que é feio e perturba o ambiente. Simplesmente uma ideia elitista, muito distante da realidade que vivemos.
Infelizmente, o edifício em nada contribui com sua aparência dura e refratária. Mas nada que não possa ser adoçada e ajustada a um programa que, adequado à sua função, encontre abrigo entre a enorme carência que temos seja no plano cultural, educacional, assistencial, sanitário ou administrativo.
Uma simples pesquisa indicaria dezenas de candidatos que, uma vez escolhidos, nos dariam um programa para a transformação visual da edificação. Estaríamos, assim, resolvendo vários problemas, como o da sua inutilidade, poluição visual, ao mesmo tempo que contribuindo para a movimentação urbana e suas sadias consequências.
Fico horrorizado com o distanciamento de algumas das propostas apresentadas, que simplesmente desconsideram múltiplas outras possibilidades de um espaço já pronto e construído, em pleno centro histórico da cidade, que carece só da escolha de um futuro usuário, cuja função oriente sua inserção num conjunto de tanto valor.
Aliás, bela oportunidade para também se rever todo o conjunto.
Acho que temos tantas coisas super importante na lista de prioridades, o prédio tirou a beleza do outro, assim como tantos outros fizeram o mesmo, ao lado de igrejas, casarios, etc, seria sempre bom que houvesse por parte das prefeituras um estudo de impacto ambiental , mas isto teria que virar lei primeiro . É complexo e dá muita discussão .
Demolir esse prédio, podendo ser utilizado para tantos fins, é um luxo/lixo que um município como o nosso não pode se permitir. É jogar dinheiro fora. Gilson Koatz