Em 23/05/2013 o arquiteto e professor Roberto Anderson Magalhães publicou o artigo que reproduzimos a seguir (para ler na íntegra, link aqui e ao final do texto).
Com clareza e objetividade o autor apresenta as diferenças entre o projeto original para a reforma do Maracanã e respectiva área de entorno – objeto de proposta da Prefeitura para reurbanização e paisagismo – e a proposta atual do governo estadual, que prevê a demolição de dois equipamentos esportivos: o Estádio de Atletismo Célio de Barros e o Parque Aquático Júlio Delamare. Além de considerações sobre a ambiência do estádio – ainda um bem cultural tombado apesar de haver sofrido descaracterização quase total – dados técnicos apontam que a manutenção desses equipamentos não prejudicaria a acessibilidade ou a saída de público.
Entre questionamentos gerais e guerras de liminares, vê-se, mais uma vez, desperdício de dinheiro público e a face do que temos chamado de Vendo o Rio, em várias análises e alguns ‘poeminhas’ neste blog sobre a Política de Urbanismo que vem sendo adotada no Estado e no Município do Rio de Janeiro.
As imagens inseridas ilustram o mesmo post que está em
Boa leitura.
URBE CARIOCA
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ALTERNATIVAS À DEMOLIÇÃO DE ESTÁDIOS ESPORTIVOS NO ENTORNO DO MARACANÃ
Roberto Anderson Magalhães
Este estudo pretende analisar as alternativas de criação de espaços para a circulação de pedestres no entorno do Estádio Mário Filho – Maracanã, avaliando a necessidade de demolição dos equipamentos de atletismo e de natação existentes nas imediações do estádio, conforme indicado pelo projeto do Governo do Estado do Rio de Janeiro em licitação de concessão desse equipamento à iniciativa privada.
O projeto original
Ao iniciar o longo processo de reforma do Maracanã, o Governo do Estado do Rio de Janeiro, através do Escritório de Gerenciamento de Projetos do Governo, órgão da Secretaria de Estado da Casa Civil, contratou a empresa Steer Davies Gleave (http://www.steerdaviesgleave.com/) para que esta fizesse um estudo do fluxo de pedestres na área no entorno daquele estádio. O documento preliminar desse estudo (draft), em anexo, indicava a carência de espaços para pedestres no entorno do Maracanã (Fig. 1) e a necessidade de acréscimo de áreas de circulação para os mesmos. A empresa então propôs a ocupação de área do Ministério da Agricultura, junto à Rua Mata Machado. Ela propôs também o avanço da área destinada aos pedestres junto aos dois portais principais sobre áreas de trânsito de veículos, por meio de um inteligente redesenho do entorno.
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Fig. 1 – Atuais áreas de circulação de pedestres no entorno do Estádio do Maracanã |
Fig. 2 – Proposta de áreas de circulação de pedestres – Steer Davies Gleave |