O vai-e-vem do Jardim de Alah

Quem dera o projeto se fosse para nunca mais voltar. Urbe CaRioca Justiça volta a autorizar obras do projeto de revitalização do Jardim de Alah O MP tinha recorrido da decisão que autorizou o início dos trabalhos Por Ancelmo Gois – O Globo Link original O Consórcio Rio + Verde, vencedor da licitação municipal de revitalização do Jardim de Alah, entre o Leblon e Ipanema, obteve há pouco outra vitória na Justiça. O desembargador Sergio Seabra Varella, da 4ª Câmara de Direito Público do TJ do Rio de Janeiro, negou o pedido do Ministério Público para suspender a sentença que autorizou o início das obras. É que mês passado a juíza Regina Lucia Chuquer, da 6ª Vara de Fazenda do Rio, permitiu a retomada das intervenções. O MP então resolveu recorrer da decisão – que agora foi mantida. O consórcio(Leia mais)

Jardim de Alah: considerações de Sonia Rabello

Sonia Rabelo, professora e jurista De área verde a vitrine de concreto disfarçada de revitalização O jardim, cujo projeto prevê a sua mutilação e descaracterização, revela o total desprezo do governo municipal, e de uma elite midiática, pelos jardins e bens públicos tombados. Jardim histórico é JARDIM, inclusive com suas árvores e plantas exóticas, resultado de seu projeto paisagístico histórico, pois ali não é Mata Atlântica, (óbvio ululante…). É, sim, um jardim histórico paisagístico tombado, que será mutilado, e descaracterizado! Difícil de entender ou precisa desenhar? É assim nos JARDINS públicos no mundo afora, como no Central Park, no Hyde Park, no Parque do Flamengo, no Ibirapuera, nos jardins de Pequim, de Xian, Buenos Aires, de Mendonza, de Berlim, de Viena, nos inúmeros jardins de Paris, etc., etc., etc. Estamos nas mãos da Justiça: será que ela nos dará tempo(Leia mais)

Jardim de Alah: Justiça autoriza obra em meio à polêmica sobre concessão

A recente autorização judicial para o início das obras de revitalização do Jardim de Alah, na Zona Sul do Rio de Janeiro, reacende um debate fundamental sobre o equilíbrio entre requalificação urbana, interesses comerciais e a garantia de direitos coletivos. A decisão de ignorar o pedido de paralisação do Ministério Público levanta questionamentos sobre a transparência do processo, a participação efetiva da população local e o risco de mercantilização de um espaço público emblemático. A concessão à iniciativa privada, que permitirá a exploração econômica do parque por 35 anos, exige uma análise crítica dos impactos sociais e urbanísticos que podem advir da transformação de um bem coletivo em produto de consumo. Urbe CaRioca Justiça autoriza início das obras de revitalização do Jardim de Alah Parque entre Leblon e Ipanema tem 95 mil metros quadrados. O investimento total será de R$(Leia mais)

Mata (?) Maravilha, mais um lançamento…, de Roberto Anderson

Neste artigo, publicado originalmente no Diário do Rio, o arquiteto Roberto Anderson comenta sobre o projeto “Mata Maravilha” que envolveria o conjunto de imóveis do Moinho Fluminense e vários outros ao redor, incluindo até mesmo o edifício do 13° Batalhão da Polícia Militar, que é tombado, e galpões do Porto do Rio, ou seja, da alçada de outras instâncias de poder. “Para tornar tudo mais palatável, as torres são apresentadas como verdes, ou seja, com fachadas tomadas por vegetação e arborização. Haveria o plantio de 50 mil árvores de grande porte, o que representaria uma árvore a cada 5 m2, um evidente exagero. Na verdade, uma impossibilidade. (…) O tempo dirá se o Mata Maravilha verdejará ou se logo será substituído por uma nova imagem bombástica”, destaca. Urbe CaRioca Mata (?) Maravilha, mais um lançamento… Roberto Anderson – Diário do(Leia mais)

A Canetada: mais poder que Alah

Andréa Albuquerque G. Redondo O de Alah, o do Flamengo: análise e relato Os que acompanham este blog Urbe CaRioca conhecem a minha história profissional. Arquiteta da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Durante mais de três décadas trabalhei nos setores de licenciamento de obras civis particulares, participei da elaboração de leis urbanísticas, e atuei nos órgãos de proteção do Patrimônio Cultural edificado. No início da carreira limitava-me a analisar o potencial construtivo dos terrenos e aprovar a construção de edifícios, função a mim destinada. Orientada com a firmeza de Newton Machado, Luiz Carlos Velho e Vilma Muricy, entrei no mundo das leis que regem o uso do solo. Mais adiante, com Flávio Ferreira, Sérgio Magalhães, Luiz Paulo Conde, Evelyn Furquim Werneck Lima, André Zambelli, Sonia Rabello e dezenas de outros colegas, aprendi a olhar a cidade como um(Leia mais)

Pobre Jardim de Alah

Ontem publicamos o texto de André Decourt – Não só 130 árvores – sobre as construções que a Prefeitura aprovou para serem erguidas no Jardim de Alah, uma área pública, praça, espaço destinado a que população o usufrua. André menciona o artigo de Cora Rónai – Muito barulho para pouca árvore -, publicado no jornal O Globo do mesmo dia. Ao conhecer a opinião da respeitada jornalista, de imediato indaguei-me sobre qual seria a visão caso as construções fossem feitas na beira da Lagoa Rodrigo de Freitas, que lhe é tão cara, próximas do prédio onde mora, pois tombado o jardim também é. No caderno Opinião da mesma edição está o artigo de Franco Nascimento – Apenas Jardim de Alah – carregado de ironia e lugares comuns, tomados exclusivamente pela esperança de que que se resolva a questão social antiga(Leia mais)

Ruínas do Solar Visconde de São Lourenço, na Lapa, colocam moradores em risco

A lista do imóveis tombados e preservados (preservados apenas no nome), abandonados e em ruínas, é enorme. O artigo publicado no Diário do Rio e reproduzido a seguir, mostra apenas um exemplo. O debate da questão envolvendo o Solar Visconde de São Lourenço pelos defensores do patrimônio cultural é de longa data, refletindo, mais uma vez, o total descaso do poder público em relação aos bens tombados na Cidade do Rio. Confiram, ao final desta matéria, uma série de links que pontuam a história, a riqueza e o abandono deste bem. Urbe CaRioca Ruínas de antigo casarão do século 18 colocam moradores da Lapa em risco O prédio, tombado pelo Iphan há mais de 80 anos, sofre com a total falta de manutenção. Esta semana, parte de sua estrutura desabou, colocando em risco a segurança de quem passa pela região(Leia mais)

Morro Dois Irmãos, estranhas asas

Há alguns meses notamos a presença de elementos estranhos no contorno no belíssimo Morro Dois Irmãos, interferência na paisagem vista dos bairros Lagoa, Leblon e Gávea. Na ocasião não encontramos referências a respeito na grande mídia, e acreditamos tratar-se de proteção provisória durante a realização de algum tipo de obra. Para desagradável surpresa, soubemos que os elementos nascidos na encosta com desenho semelhante a asas (do ângulo mostrado nas fotos acima) são permanentes, obra realizada pelo Governo Estadual, conforme explica a reportagem do último dia 27 de junho do jornalista Ítalo Nogueira, publicada na Folha online. Causam espécie o descaso para com a paisagem natural do Rio de Janeiro, o maior bem da cidade, com o patrimônio cultural protegido pelo instituto do tombamento em nível federal, a resposta da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico da Prefeitura isentando-se de(Leia mais)

Conheça as escolas municipais do Rio tombadas pelo IRPH

O Diário do Rio fez um levantamento das 44 escolas municipais tombadas pela Prefeitura do Rio. A maioria delas está localizada no Centro, na Grande Tijuca e na Zona Sul, destacando-se não apenas pela qualidade do ensino, mas também por arquiteturas deslumbrantes e a variação de estilos ecléticos, neoclássicos e neocoloniais. Urbe CaRioca Tesouros: Conheça as escolas municipais do Rio que são tombadas pelo IRPH Por Victor Serra – Diário do Rio Link original O Rio de Janeiro é uma cidade repleta de história e cultura, e parte dessa riqueza pode ser encontrada em suas escolas municipais. Com uma arquitetura deslumbrante, que varia entre estilos ecléticos, neoclássicos e neocoloniais, essas instituições educacionais se destacam não apenas pela qualidade do ensino, mas também pela beleza de seus prédios. O Instituto Rio Patrimônio da Humanidade tem um papel fundamental na preservação desses(Leia mais)

Por que a mutilação do Pão de Açúcar continua?, de Sonia Rabello

Neste artigo, publicado originalmente no site “A Sociedade em Busca do seu Direito”, a professora e jurista Sonia Rabello , destaca a continuidade, firme e impávida, da obra da Tirolesa do Pão de Açúcar, apesar de amplamente contestada por inúmeros movimentos sociais, como associações de moradores, especialistas, entidades profissionais e até por entidades internacionais de preservação. “Quem poderia, de fato e de direito, deter a continuidade da mutilação no Monumento?”, questiona.