Como era a Praia Vermelha, na Urca

O grupo Rio Antigo sempre brinda seus leitores com imagens maravilhosas de um Rio de Janeiro que não existe mais. Algumas despertam nostalgia sobre o que não conhecemos. Outras mostram que houve acertos em algumas modificações.

A pesquisa de Conceição Araújo, membro do grupo, traz imagens de um tempo em que a Praia Vermelha não era visível para a população, mas apenas para os frequentadores do prédio onde funcionou o Terceiro Batalhão de Infantaria do Ministério da Guerra.

Do ponto de vista da paisagem e do acesso, a cidade ganhou um magnífico local para o lazer e a contemplação, aos pés do Morro da Urca e do Pão de Açúcar. No entanto, aparentemente a demolição não ocorreu para obter-se tais benefícios, mas, devido a um evento político.

Este Regimento tornou-se conhecido em 1935 porque nele ocorreu a Intentona Comunista, durante o Governo de Getúlio Vargas. O prédio foi bombardeado pelas tropas do Governo, a revolta foi sufocada e depois o prédio veio a ser demolido, sobrevivendo-lhe apenas os bastiões laterais, que abrigam hoje o Círculo Militar e a Escola Gabriela Mistral. (Fonte: Site marcillio.com.br)

As imagens e o texto reproduzidos da Revista Municipal de Engenharia são do ano de 1938.

Projeto de ajardinamento da Praça Major Ribeiro Pinheiro (terrenos da Praia Vermelha)

A Revista Municipal de Engenharia apresenta alguns aspectos dos Serviços que a Secretaria Geral de Viação, Trabalho e Obras Públicas Públicas vêm executando nos terrenos da Praia Vermelha, em cumprimento ao projeto de ajardinamento da Praia Major Ribeiro Pinheiro.

Tais serviços, que resultaram de um entendimento havido com o Ministério da Guerra, culminaram com a demolição do 3° Regimento de Infantaria, e se acham em franco desenvolvimento, como bem demonstram as fotografias anexas tomadas antes das obras de desmonte e em sua fase atual.

Colaborando com tal vulto, o Ministério da Guerra já deu início à construção da séde do Estado Maior e da Escola Técnica do Exército.”

Revista Municipal de Engenharia, julho de 1938.

 

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