Imóveis abandonados no Centro do Rio: a irresponsabilidade atinge a todos

A Polícia Civil identificou o proprietário do casarão que desabou no mês passado, na rua Senador Pompeu, no Centro do Rio, e pretende intimá-lo para prestar depoimento na próxima semana. Os investigadores aguardavam dados repassados pela Prefeitura sobre a propriedade, que foram encaminhados pouco antes do feriado prolongado.

A tragédia causou a morte de um homem que estava dentro do próprio carro, estacionado ao lado do prédio. O imóvel, que apresentava sinais de degradação há mais de uma década, constava em laudos da Prefeitura como estando em “péssimo estado de conservação”. Após o desabamento, a Secretaria Municipal de Conservação demoliu os dois andares superiores do casarão, que ainda ofereciam risco.

Vale destacar que nesta quinta-feira, ocorreu uma audiência pública, realizada pela Comissão de Assuntos Urbanos da Câmara do Rio,  na qual foi apresentado uma síntese do relatório de vistorias realizadas entre junho de 2021 e outubro de 2023. Ao todo, foram inspecionados 783 imóveis públicos: 107 estavam vazios, 109 subutilizados e 112 já haviam sido demolidos ou nem sequer foram localizados.  É vergonhoso que o próprio poder público deixe seus imóveis ‘ao Deus dará’. Mas, se um prédio particular desaba e causa morte, a Câmara de Vereadores age. A irresponsabilidade atinge a todos.

Urbe CaRioca

Dono de casarão que desabou próximo à Central do Brasil é identificado, e deve prestar depoimento

Laudos da Prefeitura já apontavam a estrutura como crítica há mais de dez anos

Por Victor Serra – Diário do Rio

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A Polícia Civil já identificou o proprietário do casarão histórico que desabou no fim de março na Rua Senador Pompeu, nas imediações da Central do Brasil. O delegado responsável pela investigação confirmou à rádio CBN que o dono será intimado para depor na próxima semana. Segundo ele, os investigadores aguardavam dados repassados pela Prefeitura sobre a titularidade do imóvel — os documentos foram enviados pouco antes do feriado prolongado.

O imóvel, de três andares e térreo comercial, era do início do século XX e estava em péssimo estado de conservação. O desabamento causou a morte de um homem que estava dentro do próprio carro, estacionado ao lado do prédio. Laudos da Prefeitura já apontavam a estrutura como crítica há mais de dez anos. Após o colapso, os dois andares superiores, que ainda ofereciam risco, foram demolidos pela Secretaria Municipal de Conservação.

O desabamento acendeu o alerta para a situação de prédios antigos e abandonados na região central da cidade. Nesta quinta-feira, a Câmara do Rio realizou uma audiência pública para discutir o tema. Organizada pela Comissão Permanente de Assuntos Urbanos, presidida pelo vereador Pedro Duarte, a sessão reuniu autoridades e especialistas para debater as condições estruturais de imóveis em estado crítico no Rio.

Durante a audiência, foi apresentada uma síntese do relatório de vistorias realizadas entre junho de 2021 e outubro de 2023. Ao todo, foram inspecionados 783 imóveis públicos: 107 estavam vazios, 109 subutilizados e 112 já haviam sido demolidos ou nem sequer foram localizados.

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