Imóveis abandonados no Centro do Rio: a irresponsabilidade atinge a todos

A Polícia Civil identificou o proprietário do casarão que desabou no mês passado, na rua Senador Pompeu, no Centro do Rio, e pretende intimá-lo para prestar depoimento na próxima semana. Os investigadores aguardavam dados repassados pela Prefeitura sobre a propriedade, que foram encaminhados pouco antes do feriado prolongado. A tragédia causou a morte de um homem que estava dentro do próprio carro, estacionado ao lado do prédio. O imóvel, que apresentava sinais de degradação há mais de uma década, constava em laudos da Prefeitura como estando em “péssimo estado de conservação”. Após o desabamento, a Secretaria Municipal de Conservação demoliu os dois andares superiores do casarão, que ainda ofereciam risco. Vale destacar que nesta quinta-feira, ocorreu uma audiência pública, realizada pela Comissão de Assuntos Urbanos da Câmara do Rio,  na qual foi apresentado uma síntese do relatório de vistorias realizadas entre(Leia mais)

Patrimônio Histórico abandonado não é novidade

O título deste post é idêntico ao do livro de Gabriel García Marquéz publicado em 1981: Crônica de uma Morte Anunciada. Ao longo de décadas não faltaram avisos, enquanto faltam providências. Não obstante ser assunto complexo que envolve direito de propriedade e dificuldade de ação por parte dos órgãos públicos devido à demanda por recursos, podemos questionar pelo menos dois aspectos. O primeiro é o descaso para com o patrimônio cultural e histórico diante de tantas escolhas equivocadas, verbas públicas desperdiçadas (refazer um sistema de BRT recentemente construído e em vias de ser novamente modificado; construir a falsa Linha 4 do Metrô, mais cara e que atende parcela menos da população, etc.). O segundo é indagar quantos desses imóveis são Próprios Municipais, Estaduais e Federais abandonados e , se não houver entre os 160, que se apresente a lista das(Leia mais)

Levantamento aponta 158 prédios em condições precárias no Centro do Rio

A situação dos prédios abandonados no Centro do Rio de Janeiro tem chamado atenção, principalmente depois de desabamentos recentes, que mostram a urgência de ações para evitar novos desmoronamentos. Um desses casos foi o colapso da estrutura interna de um imóvel na Praça da República, na noite do dia 17 de março. Outro episódio, em outubro de 2023, envolveu o desabamento parcial de um prédio na Rua do Mercado, na região do Arco do Teles, que afetou um imóvel vizinho. Matéria publicada no Diário do Rio destaca que o Censo de 2022 revelou que o Rio de Janeiro tem 388 mil domicílios particulares não ocupados, o que representa 13,32% do total de domicílios na cidade. Este dado, apesar de não especificar os números exatos para o Centro, é complementado por um levantamento da Subprefeitura do Centro, que identificou 158 imóveis(Leia mais)

Rio de Janeiro: sobre imóveis tombados

Reportagem da TV Brasil destaca que o Rio de Janeiro tem, atualmente, quase 1.700 imóveis tombados.  As construções históricas podem ser compradas ou alugadas por qualquer pessoa, desde que seja preservada uma parte do traçado original. A matéria, entretanto, ratifica  que a manutenção desse patrimônio vivo é um verdadeiro desafio, já que muitos imóveis estão em condições precárias. Um dos entrevistados, o arqueólogo e incansável defensor do patrimônio cultural Cláudio Prado De Mello já teve seus textos e levantamentos publicados neste blog. Em um deles, inclusive, em novembro de 2017, apresentou um trabalho detalhado, listando, já naquela época, os principais bens históricos abandonados ou fechados no Rio de Janeiro. Apesar da expectativa de que o esforço fosse recompensado com as providências do poder público em prol do resgate e manutenção de conjunto com tamanha importância para a memória urbana e(Leia mais)

Liquida tudo ! União faz “feirão” de imóveis com símbolos do Rio de Janeiro

Foi publicada no Valor Econômico a notícia  de que ícones da arquitetura da Cidade do Rio estarão no pacote do “feirão de imóveis” que será anunciado pela União à iniciativa privada por meio de novo sistema de vendas. Na lista das 2.263 unidades anunciadas, estão o Palácio Capanema, o edifício “A Noite” e a antiga sede da RFFSA. Sem entrar no mérito da decisão em si ou análise da listagem de bens, é importante observar-se que, no caso de bens tombados, o Decreto-Lei nº 25, de 30 de novembro de 1937 diz: Art. 11. As coisas tombadas, que pertençam à União, aos Estados ou aos Municípios, inalienáveis por natureza, só poderão ser transferidas de uma à outra das referidas entidades. Parágrafo único. Feita a transferência, dela deve o adquirente dar imediato conhecimento ao Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.(Leia mais)

Sobre o aluguel de imóveis no Rio de Janeiro

Disponibilidade de imóveis para locação atinge maior média dos últimos cinco anos em alguns bairros do Rio Alguns bairros estão com a disponibilidade de imóveis residenciais para alugar bem acima da média considerada normal, que é de 8 a 10% do total de imóveis voltados para locação. A taxa de vacância média do município em abril foi de 19,5%, a mais alta desde o início da pandemia, quando estava em 14%. Puxam a taxa para cima, os bairros Centro, com 37,5% dos imóveis vazios; Leblon, que só vem aumentando o estoque e já chega a 26,3%; Copacabana, com 19,6% dos imóveis livres; e Botafogo, com 20, 2%. Na Grande Tijuca, é a Tijuca que está 100% acima do normal, e taxa de 20%; Grajaú, alcança taxa de 18,6%; e Maracanã, 15,4%. De acordo com o gerente de imóveis da APSA,(Leia mais)