Calçada da Avenida Atlântica, Leme e Copacabana, Rio de Janeiro Picasa Web Albuns |
Antiga Rua da Ajuda, início do século XX. Proximidades do Teatro Municipal, Centro, Rio de Janeiro É possível observar as calçadas revestidas com grandes pedras de granito |
Há muitas vantagens no calçamento de pedras portuguesas. Entre elas, o fato de ser revestimento permeável, qualidade necessária para a absorção parcial das águas de chuva nesse Rio tropical de tantas enchentes e alagamentos, cada vez mais presentes função das mudanças climáticas, diz-se.
Outro aspecto importante é a facilidade da retirada e colocação para mudanças e consertos na confusa rede de instalações subterrânea. As diferenças de coloração que surgem nos trechos refeitos logo desaparecem com a ação do tempo, garantindo a uniformidade do conjunto das calçadas.
Praça Carlos Alberto, Porto, Portugal Blog Porto Sentido |
Calçada de Pedra Portuguesa, Lisboa Blog Portal da Cidadania |
Para isso, entretanto, há uma condição fundamental. O serviço deve ser bem-feito. Infelizmente, não é o que ocorre na Cidade do Rio de Janeiro. Em Portugal, ao contrário, as calçadas são lisinhas, as pedras encaixadas à perfeição, quase não há espaço para rejunte entre elas.
Praça do Rossio, Lisboa, Portugal www.cristovao1.wordpress.com |
O site CALCETEIRO descreve as principais “malhas” de calçada:
Existem diferentes “malhas” – técnicas de assentamento da pedra. As mais conhecidos e utilizadas são:
Monumento ao Calceteiro, Lisboa Foto: Dias dos Reis Fonte: www.calçadaportuguesa.blogspot.com.br |
Entretanto, nenhuma calçada de pedra portuguesa foi realizada antes de novembro de 1905, quando a primeira de todas foi inaugurada na avenida Central (desde 1912 avenida Rio Branco), próximo à atual praça Mauá.
O texto integral está em AS CALÇADAS EM MOSAICO DE PEDRAS PORTUGUESAS DO RIO DE JANEIRO publicado no Jornal Copacabana.
Cinelândia, Centro, Rio de Janeiro Foto:Cora Rónai, Maio 2009. |
Ao exigir a conservação das calçadas, nada mais lógico do que municipalidade executar as que são de sua responsabilidade à perfeição, e conservá-las.
Aos demais, explicar como fazê-lo antes de notificar o cidadão exigindo reparos.
Sr. Sérgio, um Calceteiro CaRioca, Leblon, Maio 2012 Acervo Urbe Carioca |
O Blog propõe-se a colaborar com a segunda premissa. Aos proprietários e síndicos, os caminhos a serem trilhados em busca de uma calçada bonita e regular, sem os buracos, murundus e depressões que causam tantos tombos e machucados aos pedestres cariocas estão nos textos indicados abaixo, que reúnem história e opiniões sobre as famosas pedras portuguesas e seus mosaicos.
6. Portal de Cidadania – Vamos manter e preservar as calçadas de pedras portuguesas. Maio, 2009.
7. Cantando Pedra – Cora Rónai, O Globo. Maio, 2009.
8. Do blog Curiosidades Cariocas – História e Estórias do Rio de Janeiro – PedrasPortuguesas. Outubro, 2008.
Boa noite!
Tão lindas as calçadas calçadas de pedras portuguesas… No entanto, esse exagero de se colocá-las em todo lugar só revela o que ninguém tem coragem de reconhecer: não se gosta de criança, aqui, por mais absurdo que pareça, e eu mesmo comprovei isso. Eu trouxe da França, em uma viagem com minha filha então pequena, dois patinetes, um para ela e um de adulto para mim, com suspensões. O que não me impediu de fazer umas duas ou três quedas, justamente pela péssima manutenção das calçadas com lusas pedras. Efetivamente, o número de crianças de patins e patinete é ínfimo. Esse tipo de calçamento deveria ser colocado apenas ao redor de prédios e praças do Rio antigo, utilizando-se materiais mais modernos para o bem-estar e para a segurança do cidadão e contribuinte nos demais logradouros.
Oi amigo, moro em Brasília e estou procurando aquelas pedras grandes que são utilizadas em calçadas no rio de janeiro. Pode me dar uma dica onde encontrar? Obrigado
Prezado Carlos Renato, obrigada pelo contato. Se você se refere às pedras grandes antigas usadas desde o período colonial, a sugestão que posso dar é entrar em contato com a Prefeitura e perguntar se a municipalidade guarda as belas pedras quando realiza obras de reforma e reurbanização. Infelizmente, temo que não o tenham feito, e, sim, destruído as pedras para usar de outra forma, em pedaços menores. Quanto a pedras usadas em obras mais recentes, a busca deve ser feita nas marmorarias especializadas, que, por certo, candidataram-se em processos licitatórios e venceram, esperamos!
Ab.
Caro Flávio,
Obrigada pelo comentário. Sim, a polêmica está também em Lisboa, infelizmente. Felizmente, porém, há defensores dos mosaicos lá onde estão as nossas raízes. Tomara que sejam ouvidos!
O problema é a falta de manutenção e os custos. Mas, parece que se o primeiro for bem feito, o segundo diminuirá. Ab.
Lisboa está neste momento discutindo a manutenção das calçadas de pedras portuguesas. A Prefeitura tem um projeto de eliminar a maioiria das calçadas em pedra, as que não têm desenhos artísticos, alegando o risco de quedas (as de lá são muito mais lisas) e, óbvio, custo de manutenção. Uma das alegações contra a Prefeitura é que, com manutenção mais bem feita, as calçadas já provaram que duram pelo menos 200 anos…
Obrigada, Antonio Augusto. Quem sabe o Blog ajuda a termos calçadas melhores na cidade?
Um abraço.
Andréa
Cara Débora,
Obrigada. Sim, acho que se fosse mais divulgado os resultados seriam bons. Menos buracos, mais beleza!
Um abraço.
Andréa
Muitn bom Andra
Maravilhoso! Viva nossas calçadas de pedra portuguesa! Se entendi bem, o que deve acontecer para elas permanecerem bonitas e seguras é simplesmente a prefeitura orientar os responsáveis sobre como fazê-lo, certo?
Maravilhoso! Viva as calçadas portuguesas!