Prédio do antigo Automóvel Club, que venha a recuperação!

Após anos entre ao abandono e alvo de inúmeros questionamentos sobre o seu destino, uma joia do nosso patrimônio histórico, o prédio do Automóvel Club no Centro do Rio poderá finalmente ter a sua revitalização posta em prática. Segundo publicação no O Globo, um espaço para estudo sobre Inteligência Artificial será instalado no local. O espaço já passa por ações de renovação e a previsão é que a inauguração ocorra no próximo ano.

Não é a primeira vez que se anuncia a recuperação da construção magnífica. É desejável que possa haver acesso do público para conhecer parte da história da nossa cidade. Que se realize em breve!

Urbe CaRioca

Em parceria com a prefeitura, Coppe vai instalar hub de inteligência artificial no Automóvel Club

Por Felipe Grinberg — O Globo

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Automóvel Club do Brasil receberá projeto sobre inteligência artificial (IA) – Divulgação

Em parceria com a prefeitura do Rio, o Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), da UFRJ, vai instalar no histórico Automóvel Club do Brasil, na Lapa, um projeto sobre o tema do momento: a Inteligência Artificial (IA). Um dos focos será criar ferramentas para solucionar problemas do Rio e de empresas privadas. Futura presidente da Coppe, a professora e cientista Suzana Kahn antecipa que esse novo polo terá também um espaço para formação continuada de profissionais desta área, mesmo daqueles que não têm interesse em ingressar no mundo acadêmico.

— Muitos alunos terminam a pesquisa e vão embora do país; quando ficam, tornam-se professores. Não queremos formar apenas professores. O intuito é ter um ambiente de empreendedorismo, inovação, voltado para essas áreas — diz ela. — A I.A consegue traçar alguns padrões a partir de um volume grande de dados, como monitoramento rápido e eficaz de toda a cidade. No transporte, por exemplo, na questão dos sinais. É um mundo de possibilidades que será aberto.

No coração do Centro do Rio, o Automóvel Club passa por obras de revitalização feitas pelo município, com previsão de término em 18 meses. O imóvel abrigará um grande hub (centro de distribuição) de tecnologia não só com a presença da Coppe IA, mas também de startups.

A Coppe já tem projetos com o uso da inteligência artificial a serviço da população. A pandemia acelerou a criação de sistemas como o Covidímetro, que analisava os milhões de casos de Covid-19 para indicar como estava a transmissão da doença e auxiliar nas políticas públicas.

— Meu objetivo nesta gestão é tornar o instituto mais horizontal, fazendo com que a gente tenha realmente todas essas áreas transversais mais integradas em torno de alguns eixos — completa Suzana.

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O novo centro de tecnologia é mais uma etapa de uma cidade que mira se tornar referência internacional no tema. O Rio ainda tem um longo caminho a percorrer, mas começa a criar um sistema voltado para a inovação, da academia ao terceiro setor. Recentemente, a prefeitura reduziu o Imposto sobre Serviços (ISS) para empresas do ramo no Porto Maravilha. O secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio, Chicão Bulhões, explica que elas também poderão ser beneficiadas com a Reforma Tributária, que prevê uma redução de impostos para o setor da tecnologia em centros históricos. O texto ainda será votado pelo Senado.

No hub de tecnologia do Automóvel Club, a prefeitura poderá firmar parcerias com a Coppe para desenvolver sistemas de IA que solucionem antigos problemas do carioca. Enquanto isso, lança, amanhã, um edital chamado Sandbox, para empreendedores apresentarem propostas de testes com inteligência artificial que tenham impacto na cidade. Entre os principais pontos a serem equacionados estão trânsito e saúde.

— A ideia é testar novos produtos e serviços a quatro mãos, junto com a prefeitura. Em vez de ser só reativo, uma zona cinzenta das regulações das normas, a gente quer ser proativo. O Rio quer mostrar que é um grande espaço de inovação — afirma Bulhões.

Há outras iniciativas já em andamento. Junto com o Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), que prepara um novo hub de tecnologia no Porto Maravilha, o Escritório de Dados da prefeitura desenvolve uma inteligência artificial para ajudar na previsão de chuvas no Rio. O projeto tem assistência do Google e usará um algoritmo para cruzar dados de diversas fontes e antecipar as tempestades mais localmente, nos bairros da cidade.

A inteligência artificial é aquele sistema capaz de, sozinho e em pouco tempo, analisar dados, identificar padrões e revelá-los. E é a base de ferramentas que simulam o pensamento humano e podem criar textos e imagens. Ela já faz parte do dia a dia de grande parte da população, mesmo que escondida. Para os grandes centros de pesquisa ao redor do mundo, o desafio é pensar como usar essa tecnologia no planejamento das cidades.

Nas redes sociais, são os algoritmos que recomendam um conteúdo personalizado a partir do consumo do usuário. Na educação, a IA pode ser desenvolvida para, em segundos, criar uma lista de exercícios infinita de matemática voltada a um aluno com dificuldade nas operações básicas, por exemplo.

— A meta principal da inteligência artificial é olhar o bem-estar do cidadão. Se seu centro é esse, abre-se um mundo junto — explica Luiz Satoru Ochi, engenheiro da Universidade Federal Fluminense e especialista nesse tema.

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