Por Maria da Gloria Teixeira Rodrigues de Castro
Como podem os Teleféricos da cidade do Rio de Janeiro estarem parados há quase seis anos, com obras que custaram mais de R$ 300 milhões aos cofres da cidade, e que transportavam milhares de pessoas diariamente nos morros do Alemão e da Providência ?
Símbolos da reocupação do estado nas comunidades do Rio de Janeiro, os teleféricos do Alemão, na Zona Norte (inaugurado em 2011), e do Morro da Providência, no Centro (inaugurado em 2014), estão parados há quase seis anos e sem previsão de voltarem a funcionar.
O governo do estado e a Prefeitura do Rio investiram mais de R$ 300 milhões na construção destes teleféricos, que foram feitos para facilitar a vida dos moradores dessas regiões, e este transporte passou a ser a forma mais econômica, mais rápida e menos desgastante para acessar os pontos mais altos dessas comunidades. Os antigos usuários reclamam do descaso do poder público com relação a eles. É inadmissível que estes modais de transporte tenha ficado entregues à própria sorte, sem manutenção, e sem funcionamento por tanto tempo.
Em qualquer cidade civilizada pelo mundo, quando se investe tanto dinheiro para o funcionamento de um modal de transporte, ele é fruto de constantes trabalhos de conservação e de renovação, pois é óbvio que tudo na vida precisa de manutenção constante.
Os moradores do Morro do Alemão e do Morro da Providência deveriam acessar o Conselho de Direitos Humanos da ONU, e apresentar uma reclamação formal quanto a tamanho descaso com relação aos direitos à cidadania deles. O Conselho de Direitos Humanos é um órgão criado pelos Estados-membros das Nações Unidas, e que tem o intuito de ampliar a proteção dos direitos humanos no mundo.