SEM ‘MÃES CARIOCAS’

CrôniCaRioca
Ontem pela manhã, buscando inspiração para a CrôniCaRioca sobre o Dia das Mães, como fiz em 2012, 2013 e 2015, encontro notícia terrível sobre mais uma morte sem sentido na nossa querida Cidade do Rio de Janeiro.

Desta vez foi uma jovem de dezessete anos que – triste ironia do destino! – dirigia-se ao Aeroporto Internacional do Galeão, o Tom Jobim, para recepcionar sua mãe que chegava de viagem!
Dolorosa ironia! Tragédia absoluta!
Ao invés de procurar boas memórias sobre a mãe amorosa e presente que – sorte e felicidade! -, me acompanhou durante quarenta anos – tão pouco! -, não pude deixar de sofrer ao imaginar aquela outra mãe recebendo a pior de todas as notícias, no lugar do abraço filial certamente aguardado.
Junto com revolta e tristeza vieram lembranças sobre tantas balas – perdidas ou certeiras – que tiraram filhos de suas mães, mães e pais de seus filhos, e de muitos outros atos irresponsáveis malignos que destroem famílias, fora das leis naturais que regem a vida e a morte, e fora das leis dos homens. Por exemplo, a irresponsabilidade do trânsito ou o descaso de gestores públicos corruptos que desviam recursos de escolas e hospitais, direitos de todo brasileiro e caminhos para um futuro melhor, com instrução e saúde, base para formação de valores, discernimento, preparo intelectual, escolhas conscientes e, principalmente, esperança.
Não. Hoje, infelizmente, é impossível conseguir alguma leveza para saudar as Mães CaRiocas e brasileiras.
Fica nesta CrôniCaRioca o desejo de algum consolo para a Mãe do Aeroporto, símbolo de uma cidade que não mais queremos.

Ficam a solidariedade de todas as pessoas de bem para com ela e para com as que hoje representa, e a vontade, mesmo utópica, de que nenhuma outra mãe tenha que passar por drama indescritível como o de ontem.
Por acaso, o Dia das Mães de 2016 coincide com o aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial.
Que possamos celebrar o Sonho da Paz e o Fim da Guerra Urbana em terras cariocas, contenda que parece não ter fim.
Andréa Redondo / Blog Urbe CaRioca
Pietà – Michelangelo Buonarroti
S. Pietro, Roma
Internet
NOTA:
Poucos minutos antes de ler a trágica notícia eu havia recebido um vídeo, um filmete de animação que relatava muitas maneiras de se morrer no Rio, devido aos inúmeros perigos permanentes a que somos expostos. Quem enviou observara que o vídeo se concentrava nos pontos negativos, enquanto o Rio tinha tantas maravilhas a oferecer! Não será divulgado neste blog nem nas redes sociais vinculadas. Mas, não podemos deixar de registrar que os exemplos são verdadeiros. E vergonhosos. E assustadores.
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