Véspera de Natal 2022, na Urbe CaRioca

CrôniCaRioca E. (5 anos, dois dias antes da Véspera de Natal): – Mamãe, vou fazer uma cartinha para o Papai Noel – A mãe, ocupada, assente, nem se lembra de que E. não sabe escrever. … Papai Noel é aguardado ansiosamente. Vamos cantar para que ele escute e encontre a nossa casa. “Botei meu sapatinho, na janela no quintal…”. _Nada. De novo. Quem sabe mais alto? Ele é velhinho, vai ver não escutou. “BOTEI MEU SAPATINHO, NA JANELA DO QUINTAL”! Na terceira tentativa ouve-se um sino soando. _É ele!! Chegou! Palmas, alegria! _Entre, sente-se aqui, deve estar cansado. _Obrigada, crianças, estou só um pouquinho sim. B.(9 anos): Papai Noel, como você não esquece todos os endereços e os caminhos? _ Ah, já estou acostumado, são muito anos fazendo isso, mas quem sabe mesmo são as renas, elas é que me(Leia mais)

Um Natal longe do meu Rio

CrôniCaRioca,  de Andréa Redondo, Natal/2017 Pela primeira vez nas minhas mais de seis décadas de vida, passo o Natal fora da minha cidade natal, o Rio de Janeiro. Circunstâncias me trouxeram a Londres para participar de um outro feliz evento natalino. Tal como em 2013, mais uma vez, meu presente de Natal chegou mais cedo! Aqui, em vez de shorts, biquínis e vestidinhos leves, imperam casacos, cachecóis, gorros e botas. No frio do hemisfério norte Papai Noel deve sentir-se confortável, na roupa vermelha adornada com pele branca! No Rio, só com ar condicionado! O frio não assusta londrinos e visitantes. Nas ruas comerciais de Central London, geladas para o padrão carioca, fervilha o espírito de Natal. Movida pela tradição, hábito, prazer, ou pelo encanto e obrigações que o comércio natalino provoca, a preparação para a Noite Feliz está presente em(Leia mais)

ELOGILDA, RECLAMILDA, RIO EM DEZEMBRO

CrôniCaRioca* Internet As amigas se encontraram no Centro, perto da Praça Mauá, “Oi, que saudade!”, dois beijinhos cariocas… RECLAMILDA – Falta muito até a Praça, Elô! Dezembro no Rio, no Centro, que loucura, que calor! Será que a gente aguenta? A Rio Branco toda quebrada. Quer ver mesmo a reforma da Mauá, conhecer o tal museu novo? ELOGILDA – Estamos quase chegando, Rê. Claro que aguentamos! O Rio está cada vez mais lindo, vale a pena! Nesta época é só animação, festas, presentes, Natal pertinho, água do mar igual ao Caribe, vi em fotos… E o calorzinho, que gostoso! Olha aqui, trouxe dois leques! Otimismo! Crédito: Guto Costa RECLAMILDA – Só você, Elô… No Metrô eu congelei, na rua o asfalto se derrete, 40 graus, vou ter pneumonia… Tá bem, tá bem, nada de falar sobre Linha 4, Linha 2,(Leia mais)

RIO: CRÔNICA VIVA, AGONIA, E ÊXTASE*

CrôniCaRioca Natal 2014Foto: Urbe CaRioca Com o Rio à disposição não haverá papel em branco, terror de quem escreve profissionalmente ou por gosto, dizem por aí. Se faltar inspiração, rua! A crônica está pronta, é só traduzir. De areia, pedras portuguesas, cimentado, asfalto, paralelepípedos, terra, conservado ou cheio de buracos, limpo ou sujo, somente o chão carioca já renderia muitos textos. Se olharmos para cima outros tantos. O céu azul esplendoroso neste dezembro contraria o serviço de meteorologia e não anuncia a tormenta prometida há dias. Nas árvores, as orquídeas colocadas pela mão do homem, as flores do abricó-de-macaco exuberantes… Como andará o açacu de Copacabana? Passarinhos são poucos, poderia haver mais para me acordarem bem cedinho como nos tempos da Tamandaré, minha janela ao lado da casa de Herbert Moses, um casarão cercado de árvores onde hoje fica o(Leia mais)

MEU PRESENTE DE NATAL

Ou simplesmente… QUERIDA! Internet Meu Natal chegou mais cedo, há três meses, bem dizer. O presente, um poema, que traduz o bem-querer. Muito embora sem palavras, todas elas cabem nele. Das felizes, coloridas, cabem todos os matizes. Sem palavras e sem versos, o poema não tem letras, Sem estrofes a escrita, nem por isso é vazia. Tem cabeça, tronco e membros, um semblante. Dá sorrisos, faz careta, quando dorme é poesia. Tem um nome, qual poema, este ser especial. Tão miúdo, mas enorme, tal a força que desperta. Sentimentos que afloram se sorri quando desperta. Ser pequeno dependente, ela inspira só amor.  Dependente? De mim? Ou dela dependo eu? Bem querer incomparável. Ilumina qual estrela. Amor nato, doce, puro. Natural, será o sangue? Cresça logo, cresça bem! Ame, chore, ria, viva! Cresça logo, com vagar, para tudo aproveitar… Pequenina gigantesca,(Leia mais)