Cinema Leblon. Sem letreiro. Sem filme. Foto: Urbe CaRioca, 16/11/2015 |
O Cinema Leblon, como existe desde 1951, não haverá mais. A construção protegida pela primeira Área de Proteção do Patrimônio Cultural da Zona Zul do Rio de Janeiro, a APAC – Leblon, foi “destombada” pelo Prefeito do Rio, em ação oposta a uma das promessas de campanha: manter as APACs. Um grave precedente.
É verdade que tombamento e preservação não garantem a permanência de atividades comerciais. Mas também é inegável que a manutenção das edificações permite que outras medidas colaborem para a longevidade daquelas ou de usos similares.
Coluna Gente Boa 18/11/2015
(…) As obras do novo complexo — que prevê a construção de um edifício de seis andares, três salas de cinema, livraria e restaurante — começam em janeiro.
No caso do Leblon, bairro detentor de um dos valores de m² mais caro na Cidade do Rio de Janeiro, o interesse do mercado imobiliário predominou e encontrou apoio na atual administração municipal, que desconsiderou pareceres técnicos contrários à construção de um edifício no local solicitada pelo Sinduscon-Rio.
Uma vez substituído o demolido o cinema por mais um prédio comercial como tantos existentes no bairro, o finado ponto de referência no bairro leva consigo a configuração formada pelas únicas quadras que mantém unidade volumétrica – trecho da Avenida Ataulfo de Paiva entre Ruas Carlos Góis e Cupertino Durão ladeado pelas duas esquinas adjacentes onde hoje os gabaritos de altura são baixos. É o único trecho interno do Leblon banhado com mais intensidade pela luz do Rio de Janeiro. De resto, só a orla.
Não há mais o que fazer além de lamentar a pequenez de quem deveria zelar pelo Rio, e registrar as idas e vindas de uma verdadeira chanchada urbano-carioca, possivelmente fruto de UM “BRAINSTORM” NO ESCURO.
Restam-nos as orquídeas, preservadas com carinho pelos porteiros leblonenses. Toda a saga em ordem cronológica está no final desta postagem.
Urbe CaRioca
Cinema Leblon. Inauguração. 1951. Com letreiro. Com filme. Internet |
Artigos e análises neste blog
14/05/2014 – CINEMA LEBLON, TOMARA QUE RESISTA
07/06/2014 – CINEMA LEBLON, NOVIDADES
11/06/2014 – Artigo: PERDAS CULTURAIS NO RIO: CINE ODEON, CINE LEBLON, RUA DA CARIOCA …, de Sonia Rabello
30/07/2014 – CINEMA LEBLON REABERTO E O DEDO DO ESTADO
08/08/2014 – CINEMA LEBLON, UM “BRAINSTORM” NO ESCURO
04/09/2014 – CINEMA LEBLON DESTOMBADO: JÁ PODE SER DEMOLIDO
Não adianta chorar mais sobre leite derramado…
Que chegue logo março de 2020, para vermos a cara que ele vai ter.
… Uau! Soube agora que o cinema foi desativado.
E atualmente nem deve existir mais.
Fui neste muitas vezes. O último filme que vi foi JURASSIC PARK (meados de 1993).
Depois vim morar em Porto Alegre (onde resido até nem sei quando). Fui a alguns cinemas aqui também.
O Leblon sim tem inúmeros atrativos. Confesso que prefiro IPANEMA (berço de grandes produções musicais).
Inclusive aki em POA há bairros de nomes aí do RJ (Jardim Botânico por exemplo/há até um onde ainda não conheço _ só que bem menor que o daí).
E há uma rua chamada LEBLON em um bairro denominado IPANEMA (onde minha família possui um imóvel). Alias neste bairro há ruas com nomes de alguns saí (Gávea, Leme, Copacabana: entre outros).
Rodrigo
Espero que o Grupo Severiano Ribeiro, dono do imóvel onde se localiza o antigo Cinema Leblon, consiga parceiros e uma boa proposta para reativar o cinema.
FAZ MUITA FALTA!