Sempre o Gabarito: em breve no jardim público

E o gabarito chega ao Jardim de Alah. Área pública livre conceitual e legalmente, admitiria exceções por necessidade imperiosa. É evidente que o projeto previsto para o local não se enquadra em nenhum dos casos de ocupação parcial ou temporária a ser tolerado. Diante da cegueira proposital do sr. Prefeito e de seus asseclas, e da inexplicável decisão do TJ-RJ ao se arvorar de urbanista, cabe apenas uma palavra: desfaçatez. Urbe CaRioca Obras de revitalização do Jardim de Alah começam nesta quarta após aval do TJ-RJ Diário do Rio – Link original A decisão mantém a sentença de primeira instância e dá permissão para a concessionária Rio+Verde iniciar os trabalhos Mesmo cercada por protestos, ações judiciais e desconfiança pública, as obras de revitalização do Jardim de Alah, na divisa dos bairros de Ipanema e Leblon, começam oficialmente nesta quarta-feira (25/06).(Leia mais)

O vai-e-vem do Jardim de Alah

Quem dera o projeto se fosse para nunca mais voltar. Urbe CaRioca Justiça volta a autorizar obras do projeto de revitalização do Jardim de Alah O MP tinha recorrido da decisão que autorizou o início dos trabalhos Por Ancelmo Gois – O Globo Link original O Consórcio Rio + Verde, vencedor da licitação municipal de revitalização do Jardim de Alah, entre o Leblon e Ipanema, obteve há pouco outra vitória na Justiça. O desembargador Sergio Seabra Varella, da 4ª Câmara de Direito Público do TJ do Rio de Janeiro, negou o pedido do Ministério Público para suspender a sentença que autorizou o início das obras. É que mês passado a juíza Regina Lucia Chuquer, da 6ª Vara de Fazenda do Rio, permitiu a retomada das intervenções. O MP então resolveu recorrer da decisão – que agora foi mantida. O consórcio(Leia mais)

Jardim de Alah: considerações de Sonia Rabello

Sonia Rabelo, professora e jurista De área verde a vitrine de concreto disfarçada de revitalização O jardim, cujo projeto prevê a sua mutilação e descaracterização, revela o total desprezo do governo municipal, e de uma elite midiática, pelos jardins e bens públicos tombados. Jardim histórico é JARDIM, inclusive com suas árvores e plantas exóticas, resultado de seu projeto paisagístico histórico, pois ali não é Mata Atlântica, (óbvio ululante…). É, sim, um jardim histórico paisagístico tombado, que será mutilado, e descaracterizado! Difícil de entender ou precisa desenhar? É assim nos JARDINS públicos no mundo afora, como no Central Park, no Hyde Park, no Parque do Flamengo, no Ibirapuera, nos jardins de Pequim, de Xian, Buenos Aires, de Mendonza, de Berlim, de Viena, nos inúmeros jardins de Paris, etc., etc., etc. Estamos nas mãos da Justiça: será que ela nos dará tempo(Leia mais)

Jardim de Alah: Justiça autoriza obra em meio à polêmica sobre concessão

A recente autorização judicial para o início das obras de revitalização do Jardim de Alah, na Zona Sul do Rio de Janeiro, reacende um debate fundamental sobre o equilíbrio entre requalificação urbana, interesses comerciais e a garantia de direitos coletivos. A decisão de ignorar o pedido de paralisação do Ministério Público levanta questionamentos sobre a transparência do processo, a participação efetiva da população local e o risco de mercantilização de um espaço público emblemático. A concessão à iniciativa privada, que permitirá a exploração econômica do parque por 35 anos, exige uma análise crítica dos impactos sociais e urbanísticos que podem advir da transformação de um bem coletivo em produto de consumo. Urbe CaRioca Justiça autoriza início das obras de revitalização do Jardim de Alah Parque entre Leblon e Ipanema tem 95 mil metros quadrados. O investimento total será de R$(Leia mais)

A Canetada: mais poder que Alah

Andréa Albuquerque G. Redondo O de Alah, o do Flamengo: análise e relato Os que acompanham este blog Urbe CaRioca conhecem a minha história profissional. Arquiteta da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Durante mais de três décadas trabalhei nos setores de licenciamento de obras civis particulares, participei da elaboração de leis urbanísticas, e atuei nos órgãos de proteção do Patrimônio Cultural edificado. No início da carreira limitava-me a analisar o potencial construtivo dos terrenos e aprovar a construção de edifícios, função a mim destinada. Orientada com a firmeza de Newton Machado, Luiz Carlos Velho e Vilma Muricy, entrei no mundo das leis que regem o uso do solo. Mais adiante, com Flávio Ferreira, Sérgio Magalhães, Luiz Paulo Conde, Evelyn Furquim Werneck Lima, André Zambelli, Sonia Rabello e dezenas de outros colegas, aprendi a olhar a cidade como um(Leia mais)

Pobre Jardim de Alah

Ontem publicamos o texto de André Decourt – Não só 130 árvores – sobre as construções que a Prefeitura aprovou para serem erguidas no Jardim de Alah, uma área pública, praça, espaço destinado a que população o usufrua. André menciona o artigo de Cora Rónai – Muito barulho para pouca árvore -, publicado no jornal O Globo do mesmo dia. Ao conhecer a opinião da respeitada jornalista, de imediato indaguei-me sobre qual seria a visão caso as construções fossem feitas na beira da Lagoa Rodrigo de Freitas, que lhe é tão cara, próximas do prédio onde mora, pois tombado o jardim também é. No caderno Opinião da mesma edição está o artigo de Franco Nascimento – Apenas Jardim de Alah – carregado de ironia e lugares comuns, tomados exclusivamente pela esperança de que que se resolva a questão social antiga(Leia mais)

Uma incógnita Urbano CaRioca

As notícias sobre o fechamento do Colégio São Paulo, situado em área nobre do bairro de Ipanema, e o esperado interesse do mercado imobiliário sobre a área, provocam uma reflexão sobre o que substituirá a instituição tradicional que fechará as portas em breve. Não é possível pressupor o volume que será construído no local, porque a legislação urbana do Rio de Janeiro hoje é um mistério. Aos gabaritos previstos para os bairros acrescentam-se andares a mais, diminui-se a área livre do terreno e áreas de garagens são transformadas em novas unidades. Tudo ocorreu com base no aumento de potencial construtivo em toda a cidade, fruto do propalado Reviver Centro, e das perniciosas Mais-Valia e Mais-Valerá. Vizinhos do imóvel onde funciona o quase finado Colégio São Paulo, fiquem atentos. Espaços aéreos, luz, céu e mar à vista, podem estar com os(Leia mais)

Vendo o Rio: Urbanismo, Mercado Imobiliário e Gabaritos – O caso do Vasco

Nos próximos dias poderá ser aprovado por Suas Excelências, os vereadores do Rio de Janeiro, o Projeto de Lei Complementar – PLC nº 142/2023, que “Institui a operação urbana consorciada do estádio de São Januário no bairro Vasco da Gama, estabelece diretrizes urbanísticas para a área de abrangência delimitada na operação, permite a transferência do direito de construir, permite a construção elevada sobre o embasamento da sede náutica da lagoa, institui conselho consultivo e dá outras providências”, de autoria do Poder Executivo. Nesta análise vamos nos ater apenas ao PLC nº 142, lembrando que também está em tramitação a proposta para a construção de um autódromo em Guaratiba nas mesmas condições, ambos na vigência do novo Plano Diretor, a Lei Complementar nº 270 de 16/01/2024. Trata-se de uma aberração. De modo simplista, a proposta da Operação Urbana Consorciada – OUC*(Leia mais)

Plano Diretor – a alegria do mercado imobiliário

Gregos e troianos felizes: mercado também festeja os novos parâmetros do Plano Diretor Berenice Seara – Tempo Real Link original Que a Câmara de Vereadores e a Prefeitura do Rio comemoraram a maior revisão já feita no Plano Diretor da cidade, todo mundo já sabia. Mas os representantes da indústria da construção civil e do mercado imobiliário — sempre tão sensíveis às regras impostas pelo poder público — parecem estar tão satisfeitos quanto o “outro lado”. Um daqueles raros momentos em que os gregos e os troianos ganharam a guerra. Na última quinta-feira (2), o Fórum Plano Diretor do Rio de Janeiro, promovido pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Rio de Janeiro (Sinduscon-Rio) e pela Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-RJ), foi só alegria. Foi homenagem para todos os lados, inclusive ao prefeito Eduardo Paes(Leia mais)

Reviver Centro: Mercado Imobiliário em polvorosa por mais benesses

Com muita vergonha de mais uma barbaridade urbano-carioca, este blog  divulga a notícia publicada no jornal O Globo, da lavra do ótimo jornalista Luiz Ernesto Magalhães, que há décadas acompanha variadas questões sobre a Cidade do Rio de Janeiro, sobretudo aquelas ligadas à legislação urbana e aos códigos de obras vigentes – e em constante modificação. Conforme temos repetido, o Programa Reviver Centro, não obstante algumas poucas licenças de obras concedidas, tem “revivido” principalmente o bairro de Ipanema ao liberar a construção de edifícios não afastados das divisas com altura superior a 12 metros, restrição imposta pela Lei Orgânica do Município que somente poderia ser revista após um estudo completo sobre o bairro e a  elaboração de um Projeto de Estruturação Urbana – PEU para o mesmo. Por conceito estabelecido, os PEUs são leis abrangentes que consideram as características específicas(Leia mais)

Sobre o aluguel de imóveis no Rio de Janeiro

Disponibilidade de imóveis para locação atinge maior média dos últimos cinco anos em alguns bairros do Rio Alguns bairros estão com a disponibilidade de imóveis residenciais para alugar bem acima da média considerada normal, que é de 8 a 10% do total de imóveis voltados para locação. A taxa de vacância média do município em abril foi de 19,5%, a mais alta desde o início da pandemia, quando estava em 14%. Puxam a taxa para cima, os bairros Centro, com 37,5% dos imóveis vazios; Leblon, que só vem aumentando o estoque e já chega a 26,3%; Copacabana, com 19,6% dos imóveis livres; e Botafogo, com 20, 2%. Na Grande Tijuca, é a Tijuca que está 100% acima do normal, e taxa de 20%; Grajaú, alcança taxa de 18,6%; e Maracanã, 15,4%. De acordo com o gerente de imóveis da APSA,(Leia mais)