Foto: AMA Leblon, agosto 2016 |
No último sábado publicamos CLUBE FLAMENGO – ÁRVORES, ARENA E SANDUÍCHES sobre a intenção do Clube Flamengo de construir uma arena de basquete em parte do terreno de propriedade do Estado do Rio de Janeiro, do qual o clube tem a cessão de uso.
Além de sérios aspectos urbanísticos apontados em CLUBE FLAMENGO – UMA ARENA, UM NÓ DE TRÂNSITO, E UM BEM TOMBADO (Urbe CaRioca, 13/03/2015) a questão do corte emergiu após a divulgação pelo jornalista Ancelmo Gois no O Globo e suscitou discussões nas redes sociais, mesmo após a declaração do prefeito de que a obra estava autorizada..
O artigo de Evelyn Rosenzweig reproduzido a seguir traz esclarecimentos importantes.
NOTA: Se o conjunto arbóreo não tem serventia para o clube, e a construção da arena com 3500 lugares é questionável, este blog sugere que aquele trecho da propriedade do Estado seja resgatado pelo Governo Estadual e repassado ao Município, que, assim, poderá destiná-lo ao uso público, em uma espécie de prolongamento do Parque dos Patins, do futuro Parque Radical e do Estádio de Remo da Lagoa, com portões e fechamento similar ao do Jockey Club, vazado, ampliando a paisagem e as visadas para as montanhas que emolduram a região, inclusive o Corcovado e o Cristo Redentor.
Urbe CaRioca
Foto: AMA Leblon, agosto 2016 |
CLUBE FLAMENGO DA GÁVEA QUER DERRUBAR TRINTA ÁRVORES
Evelyn Rosenzweig
Estamos na iminência de perder quase 30 árvores plantadas há décadas dentro do Clube do Flamengo para dar lugar à construção da Arena Multiuso do Clube, patrocinada pela Rede Mc Donald’s, que em contra partida da derrubada desta flora e fauna terá uma enorme loja fastfood na Av. Borges de Medeiros.
Nem vou comentar o possível impacto no trânsito, porque, segundo a CET-RIO, não haverá problema algum, já que concedeu a licença, assim como a Secretaria de Urbanismo. A Secretaria de Meio Ambiente, contrariando a informação que me forneceu há 2 semanas, quando o secretário garantiu não concederia a licença, está fazendo um estudo técnico para promover a mudança das árvores de onde estão para outro local dentro do próprio clube. Chega ser risível. Mas é patético, porque não estão lidando com leigos.
Mas o que me surpreende mais do que a ousadia e insensibilidade do Clube e seu patrocinador é o silêncio da imprensa e da sociedade, dos moradores do bairro do Leblon.
Para sermos justos, agradecemos à coluna Gente Boa, o único espaço da mídia que noticiou o assunto, escrito pela parceira jornalista Fernanda Pontes.
Também agradecemos a solidariedade da Andréa Albuquerque G. Redondo, que repercutiu esse crime no seu blog.
Na minha ingenuidade, apesar dos meus 61 anos de idade, imaginei que os pouquíssimos sócios e moradores que pediram o apoio da AMALEBLON teriam a óbvia e natural indignação e solidariedade da maioria dos vizinhos, que normalmente se manifestam irascivelmente a qualquer poda de galho de uma árvore, que seja. Mas, não…
Estamos recebendo turistas do mundo inteiro para a realização do evento esportivo mais importante e de visibilidade do planeta, cujo mote das festas de abertura e encerramento da Olimpíada foi a importância da preservação da natureza.
Quanta incoerência!
Vamos ver qual será a reação da população quando alguém ouvir o barulho da primeira motosserra que começar a rasgar uma dessas árvores, irreversivelmente. Será de cortar o coração.
Quem, em sã consciência, em pleno século XXI, remove um conjunto arbóreo desta magnitude para execução de uma obra de interesse pontual?
Sem esquecer que este terreno é do Flamengo por cessão de uso pelo Estado do Rio de Janeiro.
Mas nós, da AMALEBLON, estamos tomando todas as providências que estão ao nosso alcance. Contratamos o escritório de especialistas em Meio Ambiente, Lima Feigelson Advogados, que estão nos representando pro bono.
Interpelamos o Clube do Flamengo e nesta próxima semana faremos uma “reclamação” na prefeitura e uma denúncia no Ministério Público.
“AMALEBLON denuncia derrubada de árvores no Clube do Flamengo no MP. As árvores marcadas para morrer têm uma fita vermelha em seu tronco.”
Qts árvores derrubadas na construção do Lagoon e do Shopping? Na construção d prédios perto do clube estas foram replantadas?