Jardim de Alah: Manifestação de Moradores sobre a concessão

Em 2022, moradores levaram cartazes contra a descaracterização da revitalização – Foto: Daniel Delmiro

Em continuidade à discussão sobre o lançamento de edital pela Prefeitura do Rio para a concessão do Jardim de Alah através de Parceria-Público-Privada, divulgamos a manifestação dos moradores que demonstram grande preocupação no que tange à manutenção das características originais do espaço para quem seja o vencedor da licitação – em tese para a realização de obras com vistas à revitalização da área.

Urbe CaRioca

JARDIM DE ALAH

MOVIMENTO CONTRA O ATUAL MODELO DE CONCESSÃO

O Jardim de Alah está passando por um processo de concessão com o objetivo de explorar a área comercialmente, por 35 anos. A área de intervenção direta envolve todas as praças do Jardim, da praia até a Lagoa, e inclui todas as calçadas e estacionamentos em volta, além da Escola Municipal Henrique Dodsworth.

O que é VERDADE e o que é FALSO nas informações sendo divulgadas:

Sem este modelo de concessão, o Jardim de Alah continuará abandonado! – FALSO

Existem outras possibilidades que restauram e criam projetos para movimentar o jardim com atividades de lazer e recreação. A Associação de Moradores e os amigos do Jardim de Alah, pedem que a Prefeitura do Rio reconsidere e abra um diálogo sobre outras modalidades de Parceria Público Privada (PPP). Parcerias que restauram o Jardim com áreas de lazer e eliminam os impactos negativos desta concessão para os moradores e vizinhança.

A Associação dos Moradores e Defensores do Jardim de Alah (AMDJA) não aceita uma PPP – FALSO

A AMDJA apóia parcerias para restaurar e manter o patrimônio público ambiental e cultural. Apóia licitações com diretrizes e objetivos claros, que protejam e respeitem o uso desta área pública. Somos contra ESTA licitação que permite a descaracterização da área, sem nenhuma restrição e sem apresentar estudos de impacto ambiental, sonoro e viário. Não queremos que esta área verde seja epicentro para camelôs, quiosques e shows.

Esta concessão NÃO protege as praças e NÃO se preocupa com o IMPACTO na vizinhança – VERDADE

O atual modelo de concessão, de 35 anos, permite lotear o Jardim e as calçadas em volta para lojas, quiosques, restaurantes e eventos. Não garante que o patrimônio tombado seja protegido. Permite edificações permanentes, sem definir altura máxima ou local. Permite a exploração comercial dentro das praças e nas calçadas fora das praças, sem considerar os impactos negativos para os moradores e vizinhança.

Esta concessão prevê privatizar e realocar as 122 vagas que existem em volta das praças – VERDADE

Hoje custam R$2 e ficam ao longo do Jardim. Não sabemos o valor que a empresa particular vai cobrar ou se continuará a ter vagas gratuitas para idosos, moradores, etc, e nem a localização do novo estacionamento.

Segurança só se resolve com lojas e restaurantes – FALSO

Teoria da “janela quebrada” – Quanto mais abandonado e mal preservado um local, mais criminalidade. Qualquer projeto que restaure e mantenha a área, devolva os brinquedos e atividades de lazer, retire a ponte provisória (que virou moradia), retire a ComLurb (que atrai atividades ilegais), e instale pontos de apoio, traria movimento e segurança. É a preservação e a manutenção que melhoram a segurança.

Queremos ser ouvidos!

Pedimos que o paisagismo seja preservado e que os seus usos, inclusive das calçadas, sejam compatíveis com o Jardim histórico. A restauração deveria recuperar o jardim, manter a área dos cachorros e devolver as árvores, bancos, brinquedos, áreas esportivas e incluir infraestrutura de apoio para os visitantes.

QUEREMOS TER VOZ NESTA DISCUSSÃO e FAZER PARTE DA SOLUÇÃO!

Sem a participação dos moradores, dizemos não à esta concessão!

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Comentários:

  1. Boa tarde, gente,
    Já entraram com uma ação civil pública contra esse descalabro proposto pela Prefeitura, sob o comando do prefeito Eduardo Paes?
    É um absurdo uma proposta de descaracterizar uma das áreas mais lindas da cidade.
    Nosso espaço público não pode ficar refém de iniciativas que só vão melhorar a condição privada ($$) de alguns em detrimento da população, que, diga-se de passagem, paga um IPTU dos mais caros da cidade.

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