Reportagem da TV Brasil destaca que o Rio de Janeiro tem, atualmente, quase 1.700 imóveis tombados. As construções históricas podem ser compradas ou alugadas por qualquer pessoa, desde que seja preservada uma parte do traçado original.
A matéria, entretanto, ratifica que a manutenção desse patrimônio vivo é um verdadeiro desafio, já que muitos imóveis estão em condições precárias. Um dos entrevistados, o arqueólogo e incansável defensor do patrimônio cultural Cláudio Prado De Mello já teve seus textos e levantamentos publicados neste blog. Em um deles, inclusive, em novembro de 2017, apresentou um trabalho detalhado, listando, já naquela época, os principais bens históricos abandonados ou fechados no Rio de Janeiro.
Apesar da expectativa de que o esforço fosse recompensado com as providências do poder público em prol do resgate e manutenção de conjunto com tamanha importância para a memória urbana e histórica do Rio de Janeiro – Cidade e Estado, após anos, a situação encontra-se ainda mergulhada no descaso.
Embora seja tema complexo que envolve custos e, eventualmente, questões sobre a propriedade, é importante lembrar que em muitos casos modificações e adaptações podem ser aceitas, mediante a análise e anuência dos órgãos de Patrimônio Cultural responsáveis pela tutela do imóvel. Estes, por sua vez, devem conciliar as condições de utilização adequadas ao bem tombado, garantindo que tenha função, melhor caminho para a desejável preservação e consequente vitalidade dos bairros e da cidade.
Urbe CaRioca
O Rio Antigo é incrível, merece ser preservado. A história, os personagens, a cultura “habitam” esses espaços.