Rua da Assembleia – mais memória que se vai

O centenário sobrado eclético, construído no século XX, localizado na Rua da Assembleia, n° 13, nas proximidades do Palácio Tiradentes, no Centro do Rio, será demolido pela Prefeitura, segundo a Veja Rio e o perfil Rio Antigo, do advogado e memorialista, Daniel Sampaio. O imóvel, de quatro andares, segundo Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH), órgão subordinado à Prefeitura do Rio de Janeiro, não estaria localizado nos limites da Área de Proteção do Ambiente Cultural (APAC), Corredor Cultural, e não seria alvo de qualquer tipo de proteção por parte do poder público. Isso, entretanto, não impede que a Prefeitura reconsidere o assunto e, em novos estudos, inclua o imóvel  na proteção do tombamento. “Que interessante explicação para justificar uma tragédia injustificável. Mais uma ofensa à nossa alma carioca, à nossa memória. Mais um apagamento. Menos um sobrado que fez parte(Leia mais)

Mais um desabamento no Rio de Janeiro

O arqueólogo e incansável defensor do patrimônio cultural, Cláudio Prado de Mello, relata o recebimento, no último sábado, dia 22 de junho,  de vinte e quatro comunicações do preservacionista Fabiano Ramos de Carvalho pelo “Brigada do Patrimônio” (21 989131561) a respeito de prédios da Praça da República ( números 75 e 73) que colapsaram. Uma parte dos mesmos já tinha caído no mês de março. Urbe CaRioca 

Presidente Vargas : por uma avenida humanizada

Durante a Era Vargas, o país atravessou um processo de mudanças, incluindo sobretudo, entre as suas pautas, incentivos à “modernização”. E, nesse contexto, levanta-se a ideia de criação da Avenida Presidente Vargas, no intuito de se promover o “progresso”, exigindo, porém, a demolição do ícones do patrimônio cultural então existente. Entre esses, diversas construções coloniais, a exemplo da Igreja São Pedro dos Clérigos, um dos primeiros prédios tombados do Rio. Na época, houve uma proposta de substituição da parte inferior das paredes da igreja por concreto e a utilização de rolos para deslocá-la para o outro lado da avenida, processo que já era feito de forma semelhante no continente europeu com rolos de aço. A sugestão, porém, não foi adiante devido à impossibilidade técnica de realização. Hoje a Avenida Presidente Vargas serve como via de passagem para milhares de veículos(Leia mais)

Movimento contrário a tirolesa ganha apoio de ONG alemã

No último dia 4 de março, a presidente da  Organização Não-Governamental World Heritage Watch, Maritta Koch-Weser encaminhou solicitações à Presidência da República e ao diretor Diretor do Centro do Património Mundial em apoio ao movimento contrário ao projeto que pretende instalar tirolesas no Pão de Açúcar. A ONG alemã dá consultoria à Unesco sobre a conservação de sítios que são considerados patrimônios culturais de todo o mundo. A entidade divulgou uma carta aberta ao presidente Lula em que manifesta preocupações de associados brasileiros sobre o projeto e fez um apelo pela interrupção do projeto. Eles citam a intervenção de “séria transgressão que afeta a paisagem mais emblemática do Brasil — Rio de Janeiro, a Baía de Guanabara e o Pão de Açúcar.’’ A World Heritage destaca que as estruturas usadas na montagem e operação da tirolesa contribuíram para a desfiguração(Leia mais)

Real e Benemérita Sociedade Portuguesa da Beneficência

Publicado originalmente na Página Olhos de Ver – Patrimônio Histórico Rio de Janeiro A página Olhos de Ver – Patrimônio Histórico Rio de Janeiro publicou um carrossel de fotos que registram parte do conjunto arquitetônico em estilo neoclássico da antiga “Real e Benemérita Sociedade Portuguesa de Beneficência”. A Sociedade Portuguesa de Beneficência foi fundada em 1840 e ao longo das décadas do século XIX os prédios que faziam parte dela foram sendo construídos e ampliados, formando um enorme complexo hospitalar que prestava assistência aos cidadãos portugueses que residiam na Cidade. Após a aquisição de todo o complexo por uma rede hospitalar privada há uma década e minucioso restauro dos edifícios históricos (ainda não na sua totalidade, pelo menos por enquanto), o hospital é hoje o maior da rede privada no Rio. Rua Santo Amaro, 80 — Glória – Alexandre Siqueira (Fotografia)

Patrimônio cultural do Rio, Relógio da Glória completa 118 anos

No último sábado, dia 15 de abril, o Relógio da Glória completou 118 anos. Instalado durante a gestão de Pereira Passos, o monumento, na Rua da Glória, na altura no número 290, fazia parte de um projeto de urbanização do bairro da Glória, que tinha como foco a iluminação pública e o saneamento básico. O relógio é um patrimônio tombado desde 1983, pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), devido a sua importância histórica. Urbe CaRioca Relógio da Glória completa 118 anos, apesar das tormentas patrimoniais do Rio Com quatro faces, os mecanismos do Relógio da Glória foram instalados pelo relojoeiro alemão Frederich Krussman Por Patrícia Lima – Diário do Rio Link original Instalado durante a gestão do prefeito Pereira Passos, em 15 de abril de 1905, o Relógio da Glória completou 118 anos, na última semana. A peça fazia(Leia mais)

A Roda-Gigante foi para o Porto. E você, Tirolesa?

Nas últimas semanas, o projeto para implantação de mais um cabo aéreo entre o Pão de Açúcar e o morro da Urca no Rio de Janeiro – e instalação da chamada “Tirolesa” – tem sido alvo de inúmeras manifestações públicas de diversos grupos e representações refletindo a discordância com as intervenções. Conforme opinião de vários segmentos da sociedade carioca, a proposta – que já está em instalação – é um atentado à paisagem que trará alteração da visibilidade das instalações construídas no topo do morro, novas reduções no perfil rochoso com possíveis danos, e interferência nas vias de escalada tradicionais do local há décadas, no ambiente de uma unidade de proteção integral. Tudo isso em um dos cartões postais mais famosos do mundo, o Pão de Açúcar, tombado pelo Instituto Nacional de Patrimônio Histórico e Artístico desde 1973, e desde(Leia mais)

Obra de instalação de tirolesa no Pão de Açúcar é alvo de protestos no Rio

Após divulgarmos a questão dos projetos para o Pão de Açúcar, em “Pão de Açúcar: A Tirolesa e outros males” e “Nota da FAM-RIO sobre a Tirolesa e outros Projetos no Monumento Mundial – o Pão de Açúcar”,  abaixo estão registros da manifestação ocorrida neste domingo, dia 26 de março, reunindo moradores, urbanistas, arquitetos, representações civis, associações e ambientalistas contra implantação de um cabo aéreo entre o Pão de Açúcar e o morro da Urca no Rio de Janeiro – e instalação da chamada “Tirolesa”, protagonizando o mais recente absurdo urbano-carioca em pauta, em um “brinquedo” fora de propósito e fora de lugar. Urbe CaRioca Obra de instalação de tirolesa no Pão de Açúcar é alvo de protestos Publicado originalmente pela Agência Brasil Por Fabiana Sampaio – Repórter Rádio Nacional Rio de Janeiro Edição: Raquel Mariano / Alessandra Esteves A(Leia mais)

Nota da FAM-RIO sobre a Tirolesa e outros Projetos no Monumento Mundial – o Pão de Açúcar

Nota da Federação das Associações de Moradores do Rio de Janeiro – FAM-RIO sobre a Tirolesa e outros Projetos no Monumento Mundial – o Pão de Açúcar  Em 26 de março de 2023 A FAM-RIO apresentou ao COMITÊ GESTOR DO RIO PAISAGEM CULTURAL DO PATRIMÔNIO MUNDIAL, reunido na última sexta-feira, dia 24 de março no Rio de Janeiro, o seu veemente questionamento sobre o licenciamento de obras da chamada de “Tirolesa” no Monumento Mundial Pão de Açucar, enviando vídeo em que mostrava o maciço sendo violado e furado.  O Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) esclareceu que houve o licenciamento da obra da Tirolesa por parte do órgão, agora questionada e sendo reexaminada, mas não houve o licenciamento, ainda, de qualquer outro projeto. Comprometeu-se a direção do IPHAN que qualquer projeto de impacto na área do Patrimônio Mundial(Leia mais)

Obra da tirolesa entre o Pão de Açúcar e o Morro da Urca preocupa arquitetos e ambientalistas

Os absurdos urbano-cariocas prosseguem. Não bastando a concessão eterna para exploração de um dos maiores ícones do Brasil – é carioca – o pedido de expansão das construções deve ser engavetado para sempre. Ou, será “o bode na sala” para justificar a Tirolesa sem pé nem cabeça, fora de lugar para dizer o mínimo. Não se trata apenas de aprovações pelos órgãos de Patrimônio Cultural e outros de proteção da paisagem. Há que analisar a conveniência. É do que a cidade precisa? É o que a cidade quer? O papel dos governantes é carrear recursos da iniciativa privada que deseja investir no Rio de Janeiro conforme prioridades para a cidade e sua população e não simplesmente abraçar ideias mirabolantes e, muitas vezes, prejudiciais. Vide a permissão, em curso, para usufruir o Jardim de Alah. Urbe CaRioca   Empresa responsável pela(Leia mais)

Sob o risco de desabar, prédio da escola de teatro mais antiga da América Latina é interditado

A Defesa Civil interditou nesta semana o imóvel da Escola de Teatro Martins Penna, a mais antiga da América Latina, devido a problemas com cupins, ratos, mofo, rachaduras, entre outros; alunos cobram do Governo, da Faetec e Iphan – o imóvel é tombado desde 1930 – reformas e comprometimento com a história do edifício que tem mais de um século. O imóvel sofre com com o abandono e o prédio corre risco de desabar. Os estudantes iniciaram um movimento para cobrar reformas na instituição centenária, e já existe, inclusive uma petição online exigindo providências pelo poder público. Mais uma retrato do descaso com o patrimônio, com a educação, com a cultura e com o futuro das novas gerações. Urbe CaRioca Alunos da escola de teatro Martins Penna ficam sem aula após interdição de casarão Estudantes apresentaram diversos problemas de estrutura(Leia mais)

Atentado estético contra o Pavilhão da Vista Chinesa, por Marcos Sá

Por Marcos Sá, arquiteto Inacreditável o que acontece por aqui com o patrimônio edificado. O pavilhão da Vista Chinesa, obra do Prefeito Pereira Passos de 1903, construído em argamassa armada simulando o bambu, tinha sido restaurado há alguns anos atrás com um trabalho primoroso executado na reconstituição da pintura que finalizava com perfeição o trabalho original da edificação, simulando as cores e os padrões de um bambu natural, com coloração amarela e alguns veios verdes. Um trabalho artesanal muito delicado, minucioso. Chego hoje lá e me deparo com esse horror! Inacreditável que repintaram todo o pavilhão com uma tinta cinza (as fotos mostram mal devido à luminosidade) e em esmate brilhante! Um crime contra o trabalho tão meticuloso anterior e um atentado estético ! Quem terá sido o autor desse ato de vandalismo travestido de manutenção? Alguém tem de ser(Leia mais)