ATUALIZAÇÃO EM 11/11/2016
Comentário do arqueólogo Claudio Prado de Mello:
A coisa mais preocupante que temos no caso das obras no terreno do Banco Central é o PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO contido naquela região. Numa ocasião em que a empresa de Engenharia Engefort foi conduzida a dispensar a empresa de Arqueologia contratada e procurar outra, fizemos uma Visita Técnica ao local e vimos fatos bem preocupantes. Um deles foi a existência de um PIER, construído em blocos de pedra e de tal forma preservado que se fosse em outro lugar o projeto seria drasticamente alterado, pois a construção e fabulosa e merecia ser preservada. Mas na época nos informaram que naquele exato local do PIER, seria o local do COFRE subterrâneo do banco. Outra empresa foi escolhida, assumiu o trabalho, e não sabemos mais nada sobre a majestosa construção. Além disso, o local era repleto de itens arqueológicos a cada centímetro que se abria no solo; mais ainda, nas proximidades fica o famoso LAZARETO, que era o local aonde os Africanos que chegavam pelo Cais do Valongo eram levados para serem tratados. Os que já chegavam mortos – ou quase mortos – eram levados para o Cemitério dos Pretos Novos. Mas… Alguém sabe dizer se detonaram o fantástico PIER ou ele ainda esta lá?
A coisa mais preocupante que temos no caso das obras no terreno do Banco Central é o PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO contido naquela região. Numa ocasião em que a empresa de Engenharia Engefort foi conduzida a dispensar a empresa de Arqueologia contratada e procurar outra, fizemos uma Visita Técnica ao local e vimos fatos bem preocupantes. Um deles foi a existência de um PIER, construído em blocos de pedra e de tal forma preservado que se fosse em outro lugar o projeto seria drasticamente alterado, pois a construção e fabulosa e merecia ser preservada. Mas na época nos informaram que naquele exato local do PIER, seria o local do COFRE subterrâneo do banco. Outra empresa foi escolhida, assumiu o trabalho, e não sabemos mais nada sobre a majestosa construção. Além disso, o local era repleto de itens arqueológicos a cada centímetro que se abria no solo; mais ainda, nas proximidades fica o famoso LAZARETO, que era o local aonde os Africanos que chegavam pelo Cais do Valongo eram levados para serem tratados. Os que já chegavam mortos – ou quase mortos – eram levados para o Cemitério dos Pretos Novos. Mas… Alguém sabe dizer se detonaram o fantástico PIER ou ele ainda esta lá?
No dia 05 de junho de 2012 – este Urbe CaRiocarecém-criado – publicamos GABARITOS, SEMPRE ELES – A VEZ DO BANCO CENTRAL, post que teve muito boa repercussão.
O caso do estranho aumento de gabarito de altura para construir no terreno que fica no bairro da Gamboa, parte da Área de Proteção do Patrimônio Cultural conhecida por Projeto SAGAS, também foi tema de vários artigos no site de Sonia Rabello – A Sociedade em busca do seu Direito.
A postagem neste blog começava com os seguintes parágrafos:
As mudanças nas leis urbanísticas, aceleradas desde o início de 2009 e sempre para aumentar índices construtivos – v. O FUTURO DO RIO, OU… RIO DO FUTURO, seguem em ritmo frenético e sem descanso neste ano eleitoral.
Ainda sob o impacto do polêmico caso do Batalhão da PM na antiga Rua dos Barbonos, atual Rua Evaristo da Veiga, a Câmara de Vereadores aprovou aumento do gabarito de altura para construir no terreno do Banco Central, bairro da Gamboa, Zona Portuária do Rio de Janeiro. Volta ao Executivo, autor de mais uma proposta destinada a um único imóvel, ou ao seu titular, para necessária sanção.
Na época da publicação comentários de leitores davam conta de que, pelo menos, um grupo de moradores da vizinhança era contrário à construção do prédio bem mais alto, fora do padrão inicialmente estabelecido para o bairro e que, então, havia sido modificado – a maior – pela segunda vez!
As obras foram paralisadas e o tema não voltou mais à grande imprensa.
Agora, passados quatro anos, um leitor deste blog – que não se identificou – traz uma informação e faz uma pergunta.
“As obras recomeçaram e estão aumentando o prédio. Será que os moradores podem fazer algo? Talvez um abaixo assinado? Alguém pode me orientar?”
Ao leitor só podemos dizer que se a licença de obras foi concedida conforme a estranha lei aprovada por Prefeito e Vereadores, e tenha sido prorrogada dentro dos prazos regulamentares, pouco há o que fazer.
De qualquer modo, vale lembrar que daqui a menos de dois meses a cidade terá um novo Prefeito. Quem sabe esse ficará sensível às preocupações dos moradores em relação ao “Elefante na Gamboa” e possa rever o assunto?
Sugestões: (1) Procurar a Secretaria Municipal de Urbanismo e verificar se a licença de obras está válida. (2) Procurar a equipe de transição de governo e expor o assunto.
Urbe CaRioca